Capítulo 9 Eu quero, eu posso.

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A confusão foi desfeita, Kadosh, Yeshua e Ninti estavam seguros até então. Eles entraram de volta na casa e sentaram para conversar sobre o acontecido. Elohim, curioso, queria logo saber onde a dupla tinha ido, já que guardou bem a informação de que o teletransporte foi interdimensional. Era comum o teletransporte para outras localidades, e até para outros mundos de forma clandestina, mas para outros universos, era só lendas.

— Para onde vocês foram? — quis saber Elohim — Como vocês deixaram rastros de viagem interdimensional?

— Eu sei lá de onde esses soldados tiraram essa história, Elohim. — desconversou Yeshua — Você sabe que eu não tenho essa habilidade.

— Humm... eu sei mesmo? Ou você não me contou tudo? Vamos lá, tem alguma coisa que você não está me contando. Diga?

— Eu não estou escondendo nada de você!

— Deixe o menino em paz, Elohim, — interfere Ninti — ele passou por muita coisa por um dia só.

— Isso mesmo, se toca Elohim! Quase fomos presos e como sempre você está aí, só pensando em você.

— Kadosh, hoje você realmente está implicante comigo e eu nem fiz nada! Eu só quero esclarecer os fatos, só isso!

— Kadosh e Elohim, párem com isso! Vocês sempre foram bons amigos e nunca se estranharam assim. — Ninti chama a atenção dos tensos amigos — Kadosh,melhor você ir embora e descansar sua mente que está bem perturbada, eu posso sentir. Elohim, você também precisa ir.

— Não! Eu não concluí o assunto que vim tratar, e outra, Kadosh não pode ir embora sem mim e nem eu sem eles. Esqueceu que, como nobre, eu pedi a guarda deles. Agora precisam ficar comigo até que eu desfaça a solicitação formalmente junto ao Conselho dos Seis. Se saírem sem mim podem ser presos. Aqueles soldados devem estar lá fora à espreita.

— O quê?! Como assim? Vamos ter que ser sua babá? — reclama Kadosh indignada.

— Babá não, meus protegidos. E sim, meio que vocês estão a meus serviços. E eu preciso sim desses serviços.

— Como assim? O que você quer dizer com "precisa dos nossos serviços"? — Perguntou Yeshua um pouco preocupado.

— Bom, já que você tocou nesse assunto, vou ser direito, é o seguinte: Eu preciso do seu talento de teletransporte para invadir a Seção Ômega da Grande Biblioteca e preciso do talento da Kadosh para construir as chaves dos selos que lacram os livros.

— É o que? Invadir a Grande Biblioteca? Você ficou maluco, Elohim? — grita Kadosh indignada.

— Isso só pode ser brincadeira né? Você não está falando sério. Isso é loucura!

— Não é loucura não Yeshua. Estou apenas reivindicando o que é meu por direito. Todo o conhecimento. Fala pra eles Ninti. Ninti?

A telepata estava parada de costas para o trio olhando para o seu jardim. Seu semblante era de conformidade, como se já soubesse do desfecho daquela conversa, mas ao mesmo tempo percebia-se preocupação, pois o plano de Elohim é extremamente ousado e se der algo errado, pode custar a vida de Yeshua e Kadosh. Então ela faz a sua colocação.

— Não tem como dissuadi-lo dessa ideia, não é mesmo Elohim? Você quando coloca uma coisa na cabeça, vai até o final, não importando as consequências.

— Não é bem assim Ninti...

— Calado Rabum! Eu não terminei. Ouça apenas.

— Estão bem, calei!

ELOHIM - O despertar de um DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora