— Lá está o portão norte.
— Sim, Elohim. E lá está também o sentinela guardando a entrada.
— Calma Kadosh, lembre-se do plano: eu nobre, vocês sob minha guarda, entrada liberada.
— Vejamos senhor Rabum sabe tudo, vejamos. — Completa Kadosh com ar de desconfiança e ironia.
O trio se aproxima do portão e o soldado logo os manda parar e se identificar.
— Parem! Quem são vocês?
— Eu sou Elohim, Kurs da casta dos Rabuns, sucessor da primeira cadeira do Conselhos dos Seis.
— Um nobre, aqui? E eles quem são?
— Eles são meus servos protegidos, Kadosh uma simples Baraggal artesã da casta dos Zamāru e Yeshua uma Laraak da casta dos Maru, meus serviçais apenas.
— Elohim, seu miserável! simples e serviçal?
— Silêncio! Não atrapalha Kadosh.
— O que o senhor disse?
— Nada soldado, estou falando com minha serviçal. Por favor, deixe-me passar, você já está tomando muito do meu tempo, não seja impertinente.
— Está bem, pode passar. Esses nobres desocupados só nos atormentam.
— O que disse soldado?
— Eu disse: nobre abençoado que seu saber nos sustentam...
— Ahh... Sim! Graças a nós.
O soldado sentinela abre o portão e os três passam sem mais problemas e rapidamente chegam aos fundos do prédio da Grande Biblioteca.
— Chegamos! — Elohim não disfarça a sua empolgação — Vamos lá Yeshua, prepare-se para abrir o portal de teletransporte.
— Mas você sabe que eu preciso visualizar o local de destino, e eu nunca estive dentro deste prédio.
— Sim, eu sei. Por isso pedi para Ninti alinhar as nossas mentes, assim você terá acesso as minhas memórias de tudo o que vi lá dentro. Nós entraremos na ante sala da Seção Ômega e a nossa querida Kadosh fará as chaves da porta de acesso.
— Mas você terá acesso a minha mente, eu a sua e nós a dela, estaremos sincronizados, ou seja, teremos acesso a todas as memórias uns dos outros, isso não te assusta?
— E por que me assustaria? Eu sou o que sou e nada tenho a temer ou esconder. Por acaso você tem?
— Claro que não, Elohim. Vamos lá, peça pra ela fazer a conexão e vamos sincronizar logo.
— Eu e Ninti já estamos sincronizados desde que saímos da casa dela. Eu posso senti-la dentro da minha mente. Agora é sua vez. Kadosh, você também tem que sincronizar.
— Eu? Nada disso! Não quero ninguém na minha mente e não quero entrar na mente de ninguém. Você sabe muito bem que isso é irreversível. Uma vez sincronizados o laço nunca se desfaz. E outra... deixa pra lá.
— E sei disso Kadosh. E não é maravilhoso estar dentro da mente mais brilhante de B'reishit? E que terei de me adaptar a sua mente.
— O que você quer dizer com isso, Elohim?
— Nada Kadosh, apenas relaxa e deixa sincronizar. Você aceitou o plano, não vai dar pra trás agora.
— Está bem. Vamos logo com isso. Mas um aviso: nada de comentários posteriores à sincronização.
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ELOHIM - O despertar de um Deus
FantasíaMANUSCRITO ORIGINAL SEM REESCRITA DE ELOHIM - O despertar de um Deus - A origem de Elohim é a primeira parte de uma trilogia de ficção fantástica que tratará de explicar a origem de Deus, do Universo e de tudo que conhecemos. Nessas poucas linhas nã...