Capítulo 15

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Ana Lis.

Naquela tarde que Adriel saiu para o trabalho, juntei poucas peças de roupas e fui para a faculdade. Chamei Lívia e ela trouxe seu irmão, que também está cursando no mesmo prédio, o jovem que Adriel viu e tive que mentir, ao alegar que ele é meu assistente.

Na verdade, meu verdadeiro assistente não estava para me ajudar com o programa que estou criando. Porém, essa não era a única tarefa que fui fazer na faculdade.

Considerando que para hackear um sistema, ele não me tem serventia. Portanto, fiz o primeiro passo, sozinha.

Quando invadi o sistema das empresas, Lobo'M&G, descobri algo que me deixou chocada e, agora, mais do que nunca, preciso encontrar o novo acordo que assinei.

Tenho que saber o que mais o Sr. Filippo, está nos escondendo.

Ganhar a confiança do meu marido agora, talvez seja uma boa estratégia a meu favor.

— Mas o que...

Reclamou ao ver a marca vermelha de batom, que fiz no colarinho da sua camisa branca.

— Não se preocupe, limpo isso depois.

Ao sorrir, ele me olhou indiferente. Suas expressões eram uma perfeita desordem, enquanto ele me encarava confuso.

— Vamos fingir que estamos apaixonados, que estamos nos dando muito bem no casamento.

Seus traços faciais, ficaram ainda mais confusos, Adriel abriu a boca para dizer algo, mas aí eu o puxei para me acompanhar.

Quando entramos na casa, imediatamente atraímos os olhares de todos que estavam ali, bebendo e conversando sorridentes. Havia vários parentes que, de certa forma, são apenas números a mais na família Duarte.

— Que surpresa boa!

O patriarca veio ao nosso encontro, com um sorriso de ponta a ponta.

— Isso é para você. — Adriel entregou a garrafa de uísque ao meu pai.

— Dalmore, cinquenta anos? Oh, céus!

Filippo arregalou os olhos erguendo a garrafa de bebida, como se fosse algo de outro mundo. O conhecendo bem, posso garantir que ele realmente adorou o presente que ganhou do genro.

— Adriel. — sorri para ele — Vou falar com minha mãe, se importa?

O encarei com ternura fazendo meu pai me olhar curiosamente, mas meu marido também sorriu para mim.

Tão falso quanto eu!

A ideia era achar meu primo Tomás em meio às pessoas, mas minha mãe quando me viu passar pela sala 'gourmet', parou-me para um abraço.

A apertei com força contra meu corpo, ela não fazia ideia de como eu estava sentindo falta dos seus cuidados.

— Como você está? Por que não veio mais nos domingos?

Fez as perguntas enquanto me examinava de baixo a cima, como se estivesse procurando algum hematoma em meu corpo.

— Está tudo bem mamãe, não se preocupe.

Tive vontade de me acomodar em seu colo e falar tudo que estava acontecendo, mas esse problema era meu. Por este motivo, eu não quis deixá-la preocupada, ou lhe causar problemas com o papai.

— Olha... creio que o Sr. Lobo está lhe fazendo muito bem.

Carmélia faz seu comentário vindo ao nosso encontro. Havia uma ponta de desprezo em suas palavras e um olhar carregado de inveja.

A última virgem e o CEO cafajeste Onde histórias criam vida. Descubra agora