Ana Lis.
Sentindo minha pele febril, desci as escadas sem pressa alguma e completamente apática para ir à faculdade. Usava uma roupa leve e sapatilhas confortáveis, não queria nada que me incomodasse.
Meus joelhos ameaçavam ceder à medida que eu dava os passos, sentia meu corpo sofrendo a dor da maldade humana. E de sobra, meu pescoço ganhou um hematoma causado pelos dedos de Adriel.
— Bem, só precisava da sua assinatura.
Parei no meio do corredor quando ouvi a voz firme e um tanto familiar, era um som grave que eu reconheceria de longe, sem confundir.
No instante em que entrei em alerta, dobrei os joelhos e fiquei agachada no canto da parede alta que poderia esconder até cinquenta Ana Lis.
— Ok, nos vemos daqui à meia hora.
Adriel estende o braço para um aperto de mão.
— Até lá.
Igor sai rapidamente em direção a porta. Soltei um gemido baixo e o ar dos pulmões.
Meu orientador não me disse que Igor trabalhava justo na empresa dos Lobos. Isso mudaria tudo, eu jamais teria colocado o Sr. Róger à frente dessa negociação sem antes cuidar de todos os detalhes.
Minhas pernas que antes estavam fracas, agora não tinham mais forças para suportar meu peso e me tirar daquela situação delicada.
Logo ouvi passadas fortes e inteligentes que se aproximavam deixando a temperatura do ambiente fria, o ar comprimido e meu coração agitado.
Porque ele simplesmente não foi embora com Igor?
"Certo! Ele não iria perder a oportunidade de me humilhar um pouco mais."
— O que está fazendo aí, Ana?
Apertei os olhos com força e colei a cabeça na parede, ainda de cócoras na metade da escadaria, como um coelho acuado esperando a oportunidade de correr para longe.
Tudo que eu queria era que um alçapão abrisse debaixo dos meus pés e eu fosse engolida, queria desaparecer.
— Estava ouvindo a conversa dos outros?
Senti um tom divertido em sua pergunta, confirmando minha suspeita de que ele realmente queria me ver derrotada.
Inspirei o ar frio como a neve e o encarei sem sangue no rosto. Eu podia sentir minha vitalidade fugir pelos poros.
— Eu… eu fiquei tonta.
Pus a mão sobre a cabeça enquanto resmungava para aprimorar o teatro que acabava de criar.
— Ana?
O tom da voz denotava preocupação.
— Está girando, acho que vou...
Tombei estrategicamente para o lado direito e suprimi a vontade de fazer careta, por conta da leve dor causada pelo atrito da minha cabeça contra o concreto.
— Deus!
Antes de fechar os olhos, vi os de Adriel arregalarem evidenciando o medo. Até eu estava acreditando naquele falso desmaio que inventei de última hora.
— Ana Lis, fala comigo!
Tentei não tremer as pálpebras para ficar o mais real possível e não estragar toda a cena que criei para não ser descoberta.
— O que houve, Sr. Adriel?
Pobre Magáh, surgiu assustada. Não quis deixá-la preocupada, porém, queria brincar um pouco mais com a sanidade do meu marido.
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A última virgem e o CEO cafajeste
Romance#1° contrato, entre 1,17 #1° Paixão ardente. #1° barriga de aluguel Após uma reunião desagradável com seus pais, Adriel Lobo precisa urgentemente de uma esposa, para lhe representar perante a sociedade. As mulheres que ele se envolvia era apenas p...