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Se somos mesmo fortes, por que não suportamos grandes batalhas?
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6 anos depois...
"Pedimos que todos os passageiros do voo para Istambul, Turquia peguem todas as suas malas antes de saírem do aeroporto. Obrigada pela atenção!"
Escuto uma das funcionários do aeroporto falando, e rapidamente corro para pegar as minhas malas.
Não vejo a hora de chegar em casa, amo Paris e toda a sua movimentação. Porém eu preciso de férias, e também preciso resolver muitas coisas que ficaram pendentes aqui em Istambul.
Quando estou saindo do aeroporto avisto Alina, que particularmente não mudou nada. Continua com o mesmo rosto jovial, e vivo de sempre.
- Ah, minha amiga. - Corre para me abraçar, e eu aceito o seu carinho de bom grado. - Quanto tempo em? Poxa, sei que ser modelo é corrido, mas não ter tempo para a amiga aqui magoa ela. - Se eu não conhecesse Alina bem, cairia nesse seu drama facilmente.
- Você nem teve tempo de sentir a minha falta, sei que ser advogada não é fácil. - Diferente de mim Alina realmente gostava do curso de advocacia, e se formou nele. Inclusive hoje em dia tem seu próprio escritório, que é muito conhecido aqui em Istambul.
- Não mesmo amiga, mas hoje eu decidi dar um " tempo ", porque sabia que você ia chegar de viagem e não podia te deixar voltar pra casa de uber ou algo do tipo. - Um sorriso nasce em meus lábios, pois isso me faz lembrar a época que eramos mais novas e íamos para a faculdade juntas.
- Isso me faz lembrar que a seis anos atrás você era protetora, e continua sendo. - Ela sorri também, mas não consegue chegar aos seus olhos. - A Selin...
- Não, nunca mais falou comigo. - Infelizmente nossa amizade ficou abalada depois dos últimos acontecimentos, e ela deixou de falar até com a Alina.
Que sinceramente, não tem nada haver com o que aconteceu anos atrás. Ela nem sabia do meu envolvimento com o seu irmão.
Inclusive a um bom tempo que eu nãotenho se quer, notícias dele.
Evito ver jornais, porque não sei se gostaria de saber como anda sua vida pessoal. Da última vez que eu tentei entrar em contato com, ele uma mulher me atendeu e disse que se eu tivesse pelo menos um pingo de vergonha na cara não ligaria mais pra ele. Porque arruinei sua vida.
Não entendi o que ela quis dizer com isso, mas quando eu descobri por acaso em uma ligação com Alina que ele foi preso assim que saiu do aeroporto, a seis anos atrás quando se despediu de mim, eu comecei a assimilar tudo.
