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Sentir os lábios de Gül nos meus foi simplesmente a melhor sensação que eu já senti, e o seu sorriso após o beijo foi outra coisa que me fez pensar: caralho, que sorte eu tenho por ter ela.
Sei que não deveria estar tão baqueado por causa de um beijo, mas qual é estamos falando da Gül, a menina que querendo ou não me chamou atenção desde o momento em que eu a vi na festa de aniversário da minha irmã.
Ela ainda é amiga da minha irmã, eu nunca fiquei com amigas da minha irmã.
Eu espero que não me arrepender desse beijo, porque eu sei que vou querer muito mais do que um beijo. E não vai demorar muito para isso acontecer.
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As borboletas que eu tenho na minha barriga nunca tinham ficado tão agitadas como ontem, quando eu beijei Gökan e isso chega a ser até cômico se não fosse trágico.
Não posso me apaixonar por ele, por conta de vários motivos mas infelizmente os meus sentimentos não são racionais.
O sentimento de ninguém é aliás.
- Minha linda, vi que você chegou tarde ontem. O que aconteceu? - Minha tia pergunta, entrando na sala de estar.
- Ah, eu fui em um encontro ontem. Na verdade não foi bem um encontro e sim...
- Rolou algo a mais que uma simples conversa? - Sem nenhum rodeio ela pergunta, pegando um pedaço de pão disponível na mesa de café da manhã.
- Sim, rolou. - Com um pouco de vergonha eu digo, e ela sorri de lado apreciando o seu pão com geleia de morango.
- Então meu amor, isso foi um encontro sim. - Animada ela diz. - Mas iai, você tá namorando e esqueceu de me falar? Que vergonha Gül, eu pensava que entre nós duas não existisse segredos.
Quase me engasgo com a minha torrada, e bebo um pouco de água para que ela desça melhor, na esperança de não morrer entalada com esse comentário da minha tia na cabeça.
- Tia, não é bem assim. - Foi só um beijo, e por conta desse simples ato eu sei que não vou ser pedida em casamento. Isso é demais até pra mim. - Eu não espero uma serenata dele, e nenhum pedido de namoro ou algo do tipo. - Ela franze o cenho, me encarando fixamente.
