Escolhidos Por Eywa - Neteyam

#12

Takere tentava ao máximo disfarçar seu rosto corado, mas parecia impossível.

Kiri finalmente depois de um tempo em silêncio resolveu o quebrar.

– por que falaram o meu nome? – diz a garota franzido o cenho.

– quê? Nós não falamos o seu nome em momento algum, tá ficando escutando coisas Kiri? – diz Takere sem olhar para a garota.

– eu não estou ouvindo coisas! Não fala isso de mim. – diz cruzando os braços e virando o rosto para o lado oposto do garoto.

– não? Então me explica o porquê de você ficar ouvindo a conversa dos outros escondida e ainda escutando o quê não foi dito. – diz Takere dando uma leve cotovelada na garota que o olhou irritada.

– eu não estava escutando, eu só tava passando e escutei o meu nome, ok? – diz cerrando os olhos para o garoto.

– ok então senhora certinha. – diz levantando os braços em forma de rendimento.

– ok mesmo. Agora me responde.

– meu Eywa, como você é insistente mulher – diz Takere jogando a cabeça para trás enquanto suspirava fundo – eu Kiwi e não Kiri, entendeu? – diz olhando pra garota com um olhar entediado.

– kiwi? – pergunta Kiri.

– sim ué, aquela fruta lá do povo do céu, sabe? Que tinha no laboratório quando nós fomos da outra vez.

– ah! Eu sei qual é – diz Kiri animada mas ainda desconfiada – que assunto estranho. – diz voltando a observar a paisagem verde.

O silêncio reinou novamente o local que os dois Navi's adolescentes se encontravam, mas dessa vez quem o quebrou foi Takere.

– eu acho que o seu irmão tá muito próximo da minha irmã, não gosto disso. - diz Takere revirando os olhos.

Por mais que ele falava pra Noari ficar com Neteyam, ele não gostava nem um pouco da ideia.

Kiri por outro lado nem ligava, mas amava falar sobre só pra irritar seu amigo.

A mesma se virou para Takere sorrindo e mexendo as sobrancelhas.

– onw tá com ciuminhos da irmãzinha é Kekere? – diz zombando da cara de seu amigo que a olhava irritado.

– cala a boca sua idiota! Eu não tenho ciúmes daquela estranha. - diz tombando a cabeça para o lado de forma irritada.

– aí que drama hein – diz Kiri revirando os olhos – você parece aqueles pais enciumados que não deixam a filha respirar nem o próprio ar que outro garoto respira. Acorda Takere. Ela é mais
velha e sabe se cuidar, eu hein.

– eu não te perguntei nada, ela ainda é nova pra essas coisas. – diz cruzando os braços.

– nova é? Então você é o quê? Um bebê? – diz sorrindo de lado.

– ora Kiri, vai se ferrar. Não é isso que eu quis dizer. – diz Takere cerrando os olhos para garota.

Kiri gargalhava do mesmo.

Ninguém se sabe quando foi que Takere e Kiri viraram amigos, mas qualquer um que visse os dois, achariam que eles seriam dois melhores amigos ou um casal jovem. Isso vai do ponto de vista do indivíduo.

Por incrível que pareça, os dois tem os mesmos costumes iguais, Kiri e Takere amam descobrir coisas novas e aprecia-las juntos.

Kiri não se sente mais estranha por gostar de apreciar tudo sozinha, agora ela tem Takere que é simplesmente uma segunda versão da garota, tirando a parte da paciência, Takere é bem mais impaciente que Kiri, porém Kiri não liga, ao contrário de não gostar, ela ama. Ela ama irritar o garoto a ponto de fazê-lo querer arrancar seus próprios cabelos. Para ela isso que é diversão.

– Kekere – diz Kiri quase sussurrando o garoto que a olhou e perguntou oque ela queria – me acha estranha? – diz sem olhar para o garoto.

– estranha? Por que isso do nada? – pergunta Takere confuso com a pergunta da garota.

– ah nada, esquece – diz Kiri abraçando suas pernas.

– você não é estranha. – diz sem olhar para a garota.

– você acha? – diz surpresa enquanto olhava ao garoto.

– eu não acho. – diz olhando de volta para a garota – eu estou afirmando que você não é estranha. – diz e lança um de seus largos sorrisos para a garota.

– ah valeu Kekere – diz Kiri desviando o olhar para a paisagem novamente.

– eu não sei descrever oque seria algo estranho, mas com certeza você não estará incluída em uma lista de estranhezas. – diz enquanto se levanta – vem – diz dando a mão para que a garota pudesse se levantar com sua ajuda.

– o quê? – diz desconfiada.

– vamo logo. Eu achei uma coisa que você vai amar. – diz e a garota o segura firme.

– espero que você realmente me mostre algo que eu goste. – diz Kiri jogando os cabelos para trás com a única mão disponível.

– cala a boca e anda. – diz Takere puxando a mesma em uma direção que só ele entenderia.