Capítulo 1🏳️‍🌈

33 5 5
                                    


É mais uma noite comum para a minha desgraçada vida juvenil.
Saindo da maior aventura dos meus últimos tempos, fazendo as piores coisas com gente desconhecida.
Bebendo, fumando e participando das melhores brigas do gueto.
Gastando as minhas economias e fazendo coisas que um namorado fiel não faria de modo nenhum.
Mas é só mais uma noite comum de sábado, para mim, iguais as minhas anteriores, nós últimos 3 anos.
Não posso voltar para casa, porque estou alcoolizado demais para encarar o meu pai. A probabilidade dele brigar comigo é de 100%. Então, esqueça, não irei para lá, não para ouvir as mesmas reclamações de sempre.
Minhas pernas estão bambas e a minha visão turva, o que me faz cambalear pela calçada escura das ruelas de Vani. 
Mas há sempre essa adrenalina de ser um rapaz livre e irresponsável quando não há punições sociais ou críticas opressoras contra tudo o que eu acredito ser bom para ser feito.
Estou a uns centímetros da porta da casa do meu melhor amigo.
Sei que não deveria, mas ele é a única pessoa para quem posso ir e chatear com a minha presença.
Já são quase 4 horas da noite.
As luzes estão apagadas e acredito que todos estejam dormindo a está hora. Mas o segurança da casa está em pé na lateral esquerda do quintal.
E fico camuflado entre os arbustos do quintal de sua casa.
Minha jaqueta esverdeada me faz parecer menos visível, assim que o homem negro, de uns 2 metros de altura, a percebe que alguém está rondando a casa após os latidos do Pitbull enfurecido.
Ele sai até a entrada da casa e fica olhando para a rua na pretensão de ver alguém. Mas ele não me vê.
Estou escondido demais para ser notado, quando me dou conta que o cão está farejando o meu odor de intruso, sinto na necessidade veloz de correr até a garagem da casa.
E o faço, rapidamente, sem fazer qualquer barulho.
E me escondo entre o Ferrari e o Volvo dos pais do Arthur.
E a partir desta garagem, tenho acesso ao interior da casa, pela porta que se encontra aberta, que  direciona a vasta marquise.
Entro sorrateiramente até outros compartimentos da casa, e fico me questionando o quão craque eu posso ser, caso eu escolha ser um ladrão de casas luxuosas.
Sei exatamente onde fica o quarto do Arthur, não é a primeira vez que entro aqui. Porém, é a primeira vez que entro sem o consentimento dele.
Subo as escadas e passo apenas duas portas até chegar ao quarto dele, e me certifico de olhar a volta quando entro no quarto, não ser pego entrando de repente.
Ele está dormindo, como prévia.
Eu simplesmente poderia ligar para pedir para dormir uma noite, mas o Arthur não me deixaria chegar até aqui, e por outra, não é a mesma coisa quando a travessura em suas ações, eu consigo ver o quão longe eu cheguei por fazer algo tão digno de escândalo da parte do meu amigo.
Mas acho que ele não se importa tanto assim.

— Arthur! Chamei por ele, sussurrando.

Cutuquei ele, até ouvir uma brevê resposta.

— Pai, é você? Arthur respondeu para mim, com seus olhos semi abertos. — É você?

— Óbvio que não. Falo um pouco alto quando me encosto na cama.

— Mas que merda é essa? Ele grita após me ver devidamente. — Quem é você?

— Sou eu...
Tento falar, mas sou golpeado com um murro no ombro.

— Caralho, seu ladrão! Ele me empurra até o chão.
E
— Ei, calma... Sou eu o Alexandre!
Falo rapidamente assim que ele parte para cima de mim, no maior nível defensivo.

— O quê? Ele grita ao tentar ver o meu rosto no escuro.

— Fale baixo, sou eu, Alex. Me afasto dele lentamente.

— Espera... É você mesmo?
Arthur se levanta e acende a luz para me observar melhor.

— Sim, Arthur! Falo fônico.

— Você está louco? Eu ia morrer de susto. — Como você conseguiu  entrar aqui?

— É uma história longa. Ignoro totalmente ele e me deito na cama.

Quem Sou Eu?Onde histórias criam vida. Descubra agora