É mais uma noite comum para a minha desgraçada vida juvenil.
Saindo da maior aventura dos meus últimos tempos, fazendo as piores coisas com gente desconhecida.
Bebendo, fumando e participando das melhores brigas do gueto.
Gastando as minhas economias e fazendo coisas que um namorado fiel não faria de modo nenhum.
Mas é só mais uma noite comum de sábado, para mim, iguais as minhas anteriores, nós últimos 3 anos.
Não posso voltar para casa, porque estou alcoolizado demais para encarar o meu pai. A probabilidade dele brigar comigo é de 100%. Então, esqueça, não irei para lá, não para ouvir as mesmas reclamações de sempre.
Minhas pernas estão bambas e a minha visão turva, o que me faz cambalear pela calçada escura das ruelas de Vani.
Mas há sempre essa adrenalina de ser um rapaz livre e irresponsável quando não há punições sociais ou críticas opressoras contra tudo o que eu acredito ser bom para ser feito.
Estou a uns centímetros da porta da casa do meu melhor amigo.
Sei que não deveria, mas ele é a única pessoa para quem posso ir e chatear com a minha presença.
Já são quase 4 horas da noite.
As luzes estão apagadas e acredito que todos estejam dormindo a está hora. Mas o segurança da casa está em pé na lateral esquerda do quintal.
E fico camuflado entre os arbustos do quintal de sua casa.
Minha jaqueta esverdeada me faz parecer menos visível, assim que o homem negro, de uns 2 metros de altura, a percebe que alguém está rondando a casa após os latidos do Pitbull enfurecido.
Ele sai até a entrada da casa e fica olhando para a rua na pretensão de ver alguém. Mas ele não me vê.
Estou escondido demais para ser notado, quando me dou conta que o cão está farejando o meu odor de intruso, sinto na necessidade veloz de correr até a garagem da casa.
E o faço, rapidamente, sem fazer qualquer barulho.
E me escondo entre o Ferrari e o Volvo dos pais do Arthur.
E a partir desta garagem, tenho acesso ao interior da casa, pela porta que se encontra aberta, que direciona a vasta marquise.
Entro sorrateiramente até outros compartimentos da casa, e fico me questionando o quão craque eu posso ser, caso eu escolha ser um ladrão de casas luxuosas.
Sei exatamente onde fica o quarto do Arthur, não é a primeira vez que entro aqui. Porém, é a primeira vez que entro sem o consentimento dele.
Subo as escadas e passo apenas duas portas até chegar ao quarto dele, e me certifico de olhar a volta quando entro no quarto, não ser pego entrando de repente.
Ele está dormindo, como prévia.
Eu simplesmente poderia ligar para pedir para dormir uma noite, mas o Arthur não me deixaria chegar até aqui, e por outra, não é a mesma coisa quando a travessura em suas ações, eu consigo ver o quão longe eu cheguei por fazer algo tão digno de escândalo da parte do meu amigo.
Mas acho que ele não se importa tanto assim.— Arthur! Chamei por ele, sussurrando.
Cutuquei ele, até ouvir uma brevê resposta.
— Pai, é você? Arthur respondeu para mim, com seus olhos semi abertos. — É você?
— Óbvio que não. Falo um pouco alto quando me encosto na cama.
— Mas que merda é essa? Ele grita após me ver devidamente. — Quem é você?
— Sou eu...
Tento falar, mas sou golpeado com um murro no ombro.— Caralho, seu ladrão! Ele me empurra até o chão.
E
— Ei, calma... Sou eu o Alexandre!
Falo rapidamente assim que ele parte para cima de mim, no maior nível defensivo.— O quê? Ele grita ao tentar ver o meu rosto no escuro.
— Fale baixo, sou eu, Alex. Me afasto dele lentamente.
— Espera... É você mesmo?
Arthur se levanta e acende a luz para me observar melhor.— Sim, Arthur! Falo fônico.
— Você está louco? Eu ia morrer de susto. — Como você conseguiu entrar aqui?
— É uma história longa. Ignoro totalmente ele e me deito na cama.
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Quem Sou Eu?
AventureAlexandre é típico jovem eufórico com problemas sócias e emocionais. Mas tudo o que ele sabe sobre si mesmo é que é apenas um órfã de mãe, rebelde incompreendido, e agressivamente espadachim. Até a altura em que ele se vê obrigado a entrar na academ...