Gosto profundamente dos fins de semanas, são os melhores dias pra fazer as melhores coisas nesta cidade infestada de tédio.
Porque simplesmente tenho que ir aos lugares mais chatos para passar o tempo fora na semana laboral e quando chega sábado ou domingo é diferente.
E sem dúvidas que Big BARdi é um dos meus lugares favoritos aqui em Iowa.
O lugar perfeito pra quem quer ser descolado e legal e passar tempo de qualidade com sua namorada.
Eu e Camila sempre viemos aqui, porque é de longe o meu bar para tomar uma cerveja e ouvir música Rap e Rock. E porque foi aqui onde eu a beijei pela primeira vez e a pedi em namoro, bem, na verdade, foi ela quem me pediu em namoro tecnicamente, já que eu era lento e covarde demais para a conquistar e pedir um beijo se quer.— Você deve me odiar, não é? Falo olhando para ela.
— Porque o farias?
— Estou sempre te trazendo para o mais barato lugar da cidade, onde só há bebidas e música barulhenta.
— Eu gosto! Ela se ri. — Mesmo sendo meio clandestino.
— Não há tantos lugares bons assim por aqui. Falo em defesa.
— Isso porque você nunca deixou te levar para um outro sítio.
— É que seus lugares de eleição são chiques demais e eu não tenho condições... de pagar um maçã se quer nestes sítios.
— E eu já disse que eu faria questão de pagar. — Eu sempre poderia o fazer de boa.
— Não, de modo nenhum! Falo um tanto envergonhado.
— Mas porque? Camila se espanta.
— Eu não ia me sentir confortável de modo nenhum.— Por eu ser uma mulher?
— Não é isso... Minto, sem olhar para ela.
— Tem certeza? Ela me olha com aqueles olhos pretos redondos.
— Sim, não liga. — Aproveita este lugar apenas.— Eu já estou viciada neste lugar e olha que nem é tão romântico assim. Camila diz ao olhar o cardápio.
— Definitivamente não é. Reparo a minha volta.
— Mas eu gosto. Ela cochicha como se fosse um segredo. — Eu acho que é diferente, exótico para uma garota como eu.
— Percebo. — Não está em seu nível de modo nenhum.
— Não é isso que eu quis dizer...
Ela faz uma expressão aborrecida. Camila se defende calmamente.
— Sei. — Olha pelo lado bom... O seu pai nunca te encontraria aqui.
— Ah, sim! Ela gargalha. — Seria o último lugar por onde ele viria.
— Eu sei, é vantajoso para nós. Dou um riso fechado.
— E sobre isso mesmo... Acho que tenho que dizer que eles já estão sabendo sobre nós.
— Sério? Me pego surpreso.
— Sim. Eu contei. Camila confessa para mim. Convicta.
— Porque fez isso? E agora?
— Se acalma. Ela pede ao pegar em minha mão. — Eles estão sabendo e não há crise nisso.
— Eles brigaram como você?
— De jeito nenhum. — Não há motivos para isso. Sou adulta.
— Isso é verdade mesmo?
Analiso a expressão da Mila.— Eles não brigaram comigo por estar com alguém, eles apenas ficaram curiosos e querem te conhecer.
— Mas me conhecer de um jeito formal?
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Quem Sou Eu?
Phiêu lưuAlexandre é típico jovem eufórico com problemas sócias e emocionais. Mas tudo o que ele sabe sobre si mesmo é que é apenas um órfã de mãe, rebelde incompreendido, e agressivamente espadachim. Até a altura em que ele se vê obrigado a entrar na academ...