Estar trabalhando diariamente na oficina do meu pai é pior que ser obrigado a ouvir música folclórica e ao mesmo tempo ver vídeos de zoofilia em nível extremo.
Estou realmente aqui ajudando por que ainda estou dependendo financeiramente do lucro que este negócio dá.
E por que tenho um fascínio por motorizadas de estilo moto GP.
Mas não é como se eu fosse um grande fã por tudo o que vejo e concerto aqui dentro.
Somos apenas três pessoas trabalhando neste lugar, eu, meu pai e um ajudante, chamado Gil, que também é o seu sócio e novo cunhado. O que faz dele meu quase tio e irmão da minha antiga professora do médio. Ele parece meu avô de tão velho que é.
Gil é legal. E tudo o que sei sobre mecânica aprendi com ele e com o meu pai também.
Então, estar aqui as vezes chega a ser útil e edificante, mas não deixa de ser torturador, pós sinto que estou perdendo as melhores horas da minha juventude dando tudo em uma oficina que não é minha e que não me diz em nada.
Não é o meu sonho, meu objetivo, nem o meu passatempo favorito.
Após investir três horas de hoje ajudando a concentrar o motor de um Porsche GT3 do novo riquinho da minha cidade, tiro uma pausa para o almoço.
Sento na porta da oficina, com a minha marmita de macarrão com molho de tomate e almôndegas.
E fico olhando distraído para o carro concertado. E admirando o design perfeito do carro.
Enquanto o meu pai liga para o proprietário, para vir pegar o seu carro.
— Um dia você também pode pegar um destes. Gil diz para mim, ao surgir por trás.
— Esse Porsche? Quase me engasgo com um pedaço de carne.
— Sim, esse veloz e luxuoso caro...
— Ambos sabemos que não vou ter um destes.
Falo de forma pessimista.
— Se você continuar trabalhando muito certamente vai pegar um deles ou melhor que este.
— Não vou. Abano a cabeça. — Eu não vou pegar...
— Porquê? Ele me encara surpreso. — Não acreditas no seu próprio potencial?
— Trabalhando aqui e vivendo uma vida de pobre? Nem que eu poupasse por 50 anos.
— Bem, então, você precisa sonhar grande e correr atrás do que dá dinheiro antes dos 50.
— Está me mandando roubar ou me prostituir? Falo rindo.
Mas a minha expressão não é totalmente engraçada.
Estou aborrecido demais com tudo isso.
— O quê?! Gil gagueja abanando a cabeça. — Eu... só estou dizendo que você deve achar algo bom e que dê rendimentos.
— Um emprego como bancário ou se tornar ministro?
— Não. — Você é jovem, certamente é bom em alguma coisa.
— Tipo? Encaro ele com a boca cheia de comida.
E fixo em seu queixo quadrado.
— Basquetebol? Futebol ou até Música?
— Não. Péssimo demais...
— Karaté ou Natação? Xadrez?
— Gosto de uma briga. — Mas não sou bom pensando e não sei mergulhar.
— Então no que você é bom?
— Fazer sexo. — Literalmente. Falo burlesco.
— Estou falando sério, Alex!
— Eu sei, Gil. Dou um riso na cara dele vejo ele se afastar.
— Bem, você pode apostar em ser um garoto de programa...
Ele diz num tom de piada.
— Achas que não tentei? Mas não estou afim de foder com velhas ou com homens. Dou uma gargalhada estridente.
— Alex... Você precisa encontrar algo melhor que isso aqui.
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Quem Sou Eu?
AdventureAlexandre é típico jovem eufórico com problemas sócias e emocionais. Mas tudo o que ele sabe sobre si mesmo é que é apenas um órfã de mãe, rebelde incompreendido, e agressivamente espadachim. Até a altura em que ele se vê obrigado a entrar na academ...
