Quero ir embora.

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POV

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POV. ENID SINCLAIR

Após sair da educação física, comecei a andar em direção ao vestiário, me sentindo mal ao ter que ir para o masculino, Por que eu tive que nascer assim?

- Oi bebezinho! - Fui empurrada contra meu armário. - Já chorou no colo da mamãe hoje?

- Me deixa em paz, Xavier. - Falo sentindo um nó se formar em minha garganta.

- "me deixa em paz" aberraçãozinha. - Me viro pra ele, sentindo meus olhos marejados. - Não cruze meu caminho novamente, caso contrário... Hum - Se afasta.

Meu peito subia e descia com rapidez. Peguei meu celular ligando para minha mãe.

- M-mamãe?

- Sim, filha? O que houve?

- E-eu... Eu quero ir embora... - Ela bufa do outro lado da linha.

- Enid, eu estou super ocupada agora, não posso ir tirar você daí, okay? Espere até a hora de ir embora. - Desligou. Um soluço escapou de meus lábios.

- Okay Ninid, você consegue...

POV. WEDNESDAY ADDAMS.

08:26

- Sério Tyler, você não pode sair distribuindo meu número assim, você não sabe nada da garota! - Falo, passando um pano úmido na mesa. Acabamos de abrir.

- Sério? Addams, ela é tão... Tão fofinha! Eu não resisti!

- Apenas... Não faça isso novamente, da próxima vez eu juro que... Enid? - A garota entrou na cafeteria, com a mochila dela nas costas, e com o rosto banhado em lágrimas.

- Wednesday! - A garota se chocou contra meu corpo, soluçando entre o choro. Ela agarrou meu uniforme, arregalo os olhos.

- Ei, o que houve? - Puxo o rosto da garota, surpresa ao ver a bochecha dela machucada. - Enid, o que aconteceu? De onde você está vindo? - A fiz sentar. - Tyler, pega água com açúcar, por favor.

- E-eu estava... Estava na escolinha, e... E... - Voltou a chorar. Suspirei pesadamente a abraçando de mal jeito.

- Aqui a água.

- Obrigada amigo. - Dou a água para Enid, que secou o copo em segundos. - Consegue me dizer agora?

- Ele... Me bateu... Por eu se-ser uma... - fez um pequeno bico, fazendo meu coração se despedaçar. - Aberração... - Sussurrou a última parte, para que somente eu ouvisse.

- Aberração? Por que você seria isso, hum? Ao meu ver, você é uma garota incrível, só pelo pouquíssimo que sei sobre você...

- Enid é uma aberraçãozinha... - Disse, voltando a chorar. A fiz levantar e a abracei com força.

- Nunca mais repita isso, okay? - Assentiu. - Ótimo, me dê o número da sua mãe... - Ela me olhou com um semblante... Triste(?).

- Tu-tudo bem... - Pegou o celular, mostrando o número da mãe dela pra mim, rapidamente o digitei em meu celular, e liguei para a mãe da garota, que não atendia de jeito algum. - Ela não atende, não é?

- É... Ela está trabalhando? - A garota confirma com a cabeça. - Tudo bem, olha, fica quietinha aí, enquanto eu arrumo tudo, pode ser? E então eu te dou um café com leite. - Falo com um pequeno sorriso nos lábios.

- Você tem um lindo sorriso. - corei Imediatamente. Sincera demais.

- Okay... - Me afato sentindo meu coração acelerado. - Calma Wednesday...

Termino de arrumar a cafeteria, em pouco tempo os clientes chegaram. Por um momento acabei me esquecendo de Enid, olhei para a garota, que brincava com as mãos em cima da mesa, a bochecha ainda machucada, ainda com lágrimas no rosto.

- Tyler? - Chamo o garoto. - Prepara o melhor café com leite da sua vida, eu já volto! - Sem deixar ele falar algo, saio da cafeteria, indo até uma farmácia que tinha ao lado, comprei uma mamadeira. Se esse é o jeitinho especial dela, irei respeitar.

Voltei para a cafeteria, e fui direto para a cozinha, lavando a mamadeira e fervendo o bico. Logo ela já estava "limpa", fui até Tyler;

- Está pronto? - pergunto ao garoto.

- Aqui está, mas é pra quem? - Levanto a mamadeira na direção do garoto, que abre a boca surpreso. - Ai que fofa!

- Cala a boca! - Ele ri, reviro os olhos. - Coloca ai pra mim, vou trazer ela pra cá, para que fique mais confortável em ser ela mesma. - Fui até a garota, que de início se assustou com minha presença. - Vem comigo...

- Pra onde, Wed? - um apelido, belo por sinal.

- Eu tenho um presente... Pra você. - A sentei onde normalmente eu fico na hora do almoço, onde os clientes não tinham visão. Peguei a mamadeira e entreguei para a garota, que arregalou os olhos em felicidade.

- Obigada! - Sorri me sentindo um pouquinho mais alegre naquele dia. Ela encostou na poltrona, e levou a mamadeira até a boca.

- Fique a vontade para dormir, tudo bem? Essa poltrona é super confortável, eu vou continuar tentando falar com a sua mamãe. - A garota apenas faz um jóia com o dedo, se ajeitando na poltrona e fechando os olhos, ainda com a mamadeira na boca.

Durante aquela manhã, eu fiquei tentando ligar para a mãe da garota, ela não atendia de jeito nenhum, o que me preocupou um pouco. Enid dormia tranquilamente, encolhida na poltrona.

Agora é minha hora de almoço, com receio me aproximei da garota, me agachei, a chacoalhando levemente.

- Ti foi? - ela abriu lentamente os olhos, me sinto uma pessoa horrível por tê-la acordado.

- Você... Você está com fome? É que agora é minha hora de almoço...

- Naum... Obigada. - Me levantei, pressionando os lábios. - Eu vou pra casa...

- Quer que eu te acompanhe? - Negou com a cabeça, coçando os olhos com as costas da mão.

- Enid sabe sozinha... - Okay, claramente ela não consegue decidir o jeito que se refere a si mesma.

- Não, eu vou te acompanhar. Assim já compro meu almoço. - Relutante, ela assentiu. Pegou a mochila dela e me entregou a mamadeira. - É sua...

- Mesmo?! - Os olhos da garota ganharam brilho imediatamente. - Obigada! - Me abraçou. Senti meu coração se aquecer, o abraço dela é bom.

- Vamos... Mas primeiro! - Pego um guardanapo, molhando levemente, e passo na bochecha da garota, e no canto da boca, onde tinha café com leite seco. - Agora sim. Venha!

Enid e eu saímos da cafeteria, ela andava dando pulinhos, tão fofa!. Em poucos minutos, estávamos na porta da casa dela, ela vasculhou a bolsa e pegou uma chave.

- Pronto, está entregue... - Falo, vendo ela abrir a porta.

- Obigada por cuidar de mim. - Me abraça. Um sorriso acaba escapando em meus lábios. - E desculpa caso eu tenha atrapalhado... - A voz dela embargou nesse momento, antes que eu pudesse dizer algo, ela entrou correndo.

- Não atrapalhou... - Murmuro sozinha. Suspiro voltando a andar, comprei algo para comer e logo já estava na cafeteria novamente.

Meu celular vibrou, olhei para a tela, era uma mensagem da minha mãe.

"Wednesday, preciso que você venha em casa rapido, é extremamente urgente, aconteceu uma coisa com seu irmão"

- O que?

Until i found you (Wenclair) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora