Vale das Sombras

O DESERTO

**AVISO**

Meus amores, tudo bem com vocês?

Passando aqui para avisar que esse capitulo INTEIRO é só... bem vcs sabem :) Boa leitura!

Xoxo,

~~X~~

Ele dirigiu por um longo tempo até chegarmos a uma região isolada do deserto. As formações rochosas altas se erguiam ao nosso redor, parecendo gigantes petrificados em meio à paisagem estéril. O céu noturno estava deslumbrante, repleto de estrelas cintilantes, e a lua cheia brilhava no topo, iluminando o lugar com uma luz prateada. A sensação de isolamento era opressiva, mas também excitante, e eu mal podia conter a emoção e a expectativa que tomavam conta do meu corpo.

Quando ele finalmente estacionou o carro e desceu, meu coração bateu ainda mais forte. Eu sabia que não havia mais como voltar atrás. Ele se aproximou do meu lado do carro e abriu a porta, aguardando que eu saísse. Eu o encarei, nervosa, ainda sentada no banco, e perguntei com um tom inquisitório:

"O que planeja fazer?"

"Você quer que eu descreva?" Ele perguntou provocativamente, levantando uma sobrancelha enquanto eu o encarava, minhas pernas estremeceram e eu desviei o olhar "O gato comeu sua língua, tenente" ele provocou.

"Você é um depravado" murmurei e saí do carro, cruzando os braços em torno do meu corpo para me aquecer.. Ele riu e passou por mim, abrindo a porta traseira da picape, esticando o braço para pegar sua jaqueta de couro. Eu pude ver seus músculos se movendo sob a camisa, e meu coração acelerou em resposta.

"Você precisa de ajuda para subir?" Ele perguntou, fechando a porta e apontando para a parte traseira da picape. Eu engoli em seco, sentindo meu estômago se agitar com a tensão.

"Não", eu disse bruscamente, me movendo em direção à traseira da picape. Eu coloquei um pé sobre a roda para me dar impulso e subi para dentro da caçamba. Eu podia sentir seus olhos em mim, e minha mente corria com pensamentos sobre o que iria acontecer a seguir.

Pouco tempo depois, com um baque surdo, ele pulou na traseira da picape. Eu me encolhi no canto oposto, observando-o cautelosamente enquanto ele se ajoelhava. Ele jogou sua jaqueta com um movimento despreocupado em um canto, e então virou-se para mim. "Como eu disse antes..." Ele começou, puxando a barra da camisa para cima. A luz prateada da lua o iluminava, destacando a textura de seus músculos em detalhes. As cicatrizes de batalha, uma delas notavelmente marcada em sua costela, as tatuagens ousadas espalhadas pelo braço e pelo peito. Ele jogou a camisa de lado e olhou em minha direção, passando a mão pelos cabelos, jogando-os para trás. "Não tem volta a partir daqui", acrescentou com um tom sombrio.

"Eu não pretendo voltar ou ir a lugar algum, Simon", murmurei, encarando-o com uma determinação que eu mal sabia de onde vinha. Ele riu com um sorriso malicioso nos lábios.

"Nós dois sabemos que, mesmo se você quisesse, você não conseguiria ir muito longe", ele falou, alcançando meu pé e desamarrando meu tênis com habilidade. Sua voz era baixa e suave, mas havia um desafio oculto em suas palavras.

"Isso é um desafio?", provoquei, sentindo meu coração acelerar. Minha mente estava em turbilhão, enquanto eu me perguntava o que ele estava planejando e ao mesmo tempo, ansiava pelo que estava por vir.

"Não", ele murmurou com um olhar ardente "Por mais que a ideia de te caçar por esse deserto seja tentadora", acrescentou com um sorriso malicioso nos lábios.

"Você é louco", eu ri incrédula com o que acabara de escutar. Agora descalça, eu me coloquei de joelhos de frente para ele, enquanto ele me observava atentamente. Eu me sentia vulnerável, mas não queria mostrar isso. Seus olhos intensos me provocavam.