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|| BEM VINDA A OUTER BANKS

FLASHBACK Boston, Massachusetts

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FLASHBACK
Boston, Massachusetts.
Ano de 2010.

A criança de apenas quatro anos sentia o gosto metálico do sangue na boca, um sinal cruel da dor que pulsava em seu pequeno corpo, pendurada apenas pelo cinto de segurança. Seus olhos, grandes e assombrados, vagavam em busca de algo familiar, mas tudo parecia distorcido e confuso. O pânico a envolvia enquanto ela se esforçava para mover a cabeça, apenas para se deparar com o pequeno Sr. Coelho, seu amado brinquedo, jogado para fora da janela, testemunha silenciosa da tragédia.

Quando seus olhos se fixaram no banco da frente, um frio na barriga a atingiu. Sua mãe estava ali, imóvel. O pensamento cortante de que ela poderia estar apenas dormindo não a confortava. O rádio, danificado na colisão, ainda tentava tocar uma melodia, lutando contra os ecos do caos. Era "Just the Way You Are", e enquanto a música flutuava no ar, a criança tentava compreender as palavras que falavam sobre beleza e amor. Mas tudo o que ela sentia era uma solidão imensa.

O som da sirene da ambulância se aproximava, crescendo em intensidade, e com ele, a sensação de desespero. A pequena queria ficar acordada, não queria que sua mãe a encontrasse dormindo, como se isso pudesse ser interpretado como fraqueza. Mas o cansaço a envolvia como um manto pesado; seus olhos se tornavam mais difíceis de manter abertos a cada segundo.

Um último olhar para o lado confirmou que seu coelho de pelúcia ainda estava ali, como um símbolo de esperança em meio ao desespero. Com um suspiro profundo, ela fechou os olhos, desejando que, ao acordar, tudo estaria bem: sua mãe ao seu lado, o coelho em seus braços.

Quando finalmente acordou, não era mais o aconchego familiar de casa que encontrou. O coelho estava ali, ao lado da cama de hospital, mas a luz da esperança logo se apagou ao perceber que sua mãe não estava. O vazio se instalou em seu peito, um eco ensurdecedor de uma ausência que nunca conseguiria preencher.

Nos minutos que se seguiram, a incerteza se transformou em um pesadelo silencioso. As horas passaram como dias, e as semanas se tornaram uma eternidade. A pequena, uma criança perdida em um mundo que parecia ter desmoronado, nunca mais encontrou sua mãe, uma ausência que moldaria sua vida para sempre.

DIAS ATUAIS
Outer Banks.

Sophie havia passado anos em um internato em Londres, onde cada dia era um misto de desafios e aprendizados. Mas a saudade da família sempre a acompanhava. Agora, por influência do pai, ela estava prestes a passar seu último ano letivo em Outer Banks, uma ilha na Carolina do Norte que prometia um novo começo. A ideia de estar perto da irmã mais nova, Alison, a enchia de esperança e alegria.

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