XIII

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Capítulo 13: Decisões e promessas.


É 𝖾𝗇𝗀𝗋𝖺𝖼̧𝖺𝖽𝗈 porque até cinco dias atrás Harry e eu não trocávamos uma única palavra, agora estamos trancados dentro do vestiário juntos.

Obrigado, Ciel. Você é o melhor!

—— Ciel, abra a porta, por favor! Isso não é engraçado. — Harry exclama perto da porta e eu tento segurar uma risada, mas não consigo.

—— Eu amo aquela criança — Digo rindo e Harry me encara. —— Eu faria isso facilmente quando criança. Ciel se parece um pouco comigo.

—— Meu filho jamais faria isso, não entendo de onde veio essa ideia. — Harry diz baixinho tentando entender.

—— Ele é apenas uma criança — Eu justifico encolhendo os ombros. —— Ele deve pensar que vou te ajudar a resolver seus problemas de adulto.

Eu ouço a risada de Harry ecoando pelo vestiário.

—— Mal sabe ele que você é a causa dos meus problemas. — Ele diz de uma vez, cruzando os braços.

—— Eu? O que eu fiz? — Pergunto confuso e Harry ri como se fosse a melhor piada que ele já ouviu.

—— Não aja como se não soubesse. — Ele me olha, seus olhos estão perdidos e ao mesmo tempo tão irritados.

—— Se estou te perguntando é porque não sei, né. — Zombo e vejo Harry bufar.

—— Você é insuportavelmente irritante, Tomlinson. — Ele declara, por fim.

—— Tomlinson? — Coloco a mão no peito fingindo drama. —— Eu preferia quando você me chamava de jogador. Parecia mais sexy.

—— Deus, me tire daqui. — Ele revira os olhos.

—— De qualquer maneira, eu não vou poder te ajudar, afinal somos apenas conhecidos — Recordo da entrevista de Harry e ele olha para mim. —— O que você quer dizer com “conhecidos”? Tipo, conhecidos que transam chapados? Se sim, não ficarei tão triste.

Eu solto uma risadinha irônica e Harry me fuzila com o olhar.

—— O que você queria que eu dissesse? — Ele pergunta irritado. —— Que éramos amantes? Oh, já sei, casados seria melhor, talvez?

—— Casados com certeza seria melhor — Provoco e vejo ele ficar ainda mais irritado. —— Não gostou? Então poderia ter sido amantes.

—— Vai se ferrar, Louis!

Resolvo deixar as provocações de lado e descobrir por que Harry está me evitando. Não me lembro de ter feito nada para machucá-lo. Eu me lembraria, não é?

—— Vamos conversar. — Proponho me sentando no chão. Harry olha para mim com uma expressão de tédio.

—— Não tenho nada para falar com você. — Ele diz com desdém e eu engulo em seco.

—— Por que você saiu da minha casa daquele jeito? Por que não atende minhas ligações? — Pergunto sem rodeios, Harry fecha os olhos e respira fundo.

—— Acho que Alicia pode responder às suas perguntas. — Ele responde com ironia e todas as peças se encaixam. Claro, Alicia. Harry leu as mensagens.

—— Você leu as mensagens, não leu? — Harry me ignora. —— Se você tivesse me contado e me deixado explicar não estaríamos nessa situação agora.

𝗅𝗂𝗄𝖾 𝗂𝗍'𝗌 𝖺 𝗀𝖺𝗆𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora