Subterrâneo

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Quando voltamos pro prédio da bonten, depois de praticamente levar o loja de anime inteira comigo, percebi o quanto o prédio em que era "minha prisão" era tão bonito e alto. Olhei por poucos minutos pela janela do carro, e era realmente gigante… E agora minha casa. 

Mikey falou que não era só aquele quarto que era meu, mas o andar inteiro, oque que dizer que eu tinha um apartamento de rico. Sai de um apartamento pequeno, mofado e com paredes finas, pra um com parede de vidro, onde eu posso ver tudo… e do lado de fora ninguém pode ver. 

Era muito luxo pra alguém que nunca teve nada na vida, oque me deixa meio perdido, mas enfim… Terei que me acostumar agora. 

Precisei de ajuda pra levar aquele tanto de sacolas, cheia de coisas que eu sempre quis… E nunca pude ter. Vou dizer, eu tava tão feliz, que eu poderia morrer hoje e não iria me importar nem um pouco. 

– Tá em casa. – Mikey botou a mão na minha, fazendo cafuné no meu cabelo. – Temos que sai pra trabalho agora, então o Kamino vai cuidar de você. 

– Okay! – Dei um sorriso, puxando as sacolas pesadas comigo pro quarto. – Vou organizar isso tudo por enquanto. Bom trabalho! 

– Obrigado. – Eles acenaram, voltando pro elevador, me deixando sozinho com o grandalhão. 

Eu sabia que o "cuidar" era "vigiar pra ver se você não foge", mas eu não me importava também. E o grandalhão parecia tranquilo. Careca, terno todo preto, rosto inexpressivo de quem já fez coisas ruins e não se arrepende, bem melhor do que o sorriso de entidade de Ran e Rindou, ou olhos mortos de Mikey. 

– De dia eles trabalham, e a noite o trabalho dobra. – Suspiro, resmungando baixinho, ao tira manga por das sacolas, botando nas pateleiras brancas recém posta no quarto. 

Como? 

Mikey sempre pensa em tudo… 

Em cada detalhe. 

– E agora… Meu sonho está realizado. – Abracei a prateleira, quase chorando. – Eu sempre via pessoas na internet com uma prateleira cheia assim… E meu sonho era ter uma, e tive que ser um cachorrinho pra ganhar… – Funguei. – Demorou, mas aconteceu. 

Me afastei, depois de limpa uma lágrima imaginaria. – Agora vamos… Pra um monte de roupa e sapatos. – Suspirei, puxando aquelas sacolas caras, que eu só via em filmes. 

Oque mais doeu… Foi pendura aqueles vestidos. A vontade que me deu, foi jogar eles pela janela. Mas a questão é? Qual janela? Essa porra é um prédio totalmente fechado, que tem ventilação e arcodicionado, e não precisa de algo chamado janela. 

Estalei as costas, me sentindo um velho de 80 anos, quando eu só tinha meus belos 22 anos. 

O sol já tinha caído, e as luzes brilhantes dd Shibuya brilhavam pela parede de vidro, deixando o quarto com sua escuridão… Não tão escura. 

Como eu vim para aqui? 



[...] 



Okey! Oque agora era minha casa, era realmente muito grande. Como sai do cartão vermelho, para ir pro amarelo, onde eu podia andar livremente por esse apartamento, eu fui me aventura. 

O gigante Kamino estava perto do elevador, parado e com uma expressão cansada… Parecia que ele precisava de um sorvete com biscoito. 

– Você come sorvete? – Perguntei com um sorrisinho. 

– Não como doces. – Pelo menos tentei.

Fui pra sala, e lá tinha um sofá cinza muito, muito grande, que eu iria só ficar parecendo um poodle em cima dele. Na parede, tem uma televisão gigante, que quando liguei… Tinha cores tão vivas que pareciam aqueles desenhos feitos com lápis de cor da faber-castell! 

O Azar BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora