Capitulo 8

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Eu tinha passado os últimos 3 dias cabisbaixa, meus pais raramente ficavam em casa e meu irmão sempre mantia testando suas habilidades na luta com espadas - Ele é fanático em espadas e livros de ação mas eu, nem tão o oposto, fico com romance e poesias - ou apenas vagando pelos os cantos do reino.
Poucas vezes Nina veio me ver em meu quarto, não a julgo por isso, sempre está ocupada cuidando do castelo. Mas passei lendo, lendo romances clichês sobre amor a primeira vista. Eu estava lendo um romance proibido; ler aquelas palavras me deixavam estranhas, as sensações que as palavras da autora me causavam eram excruciantes... Parecia que o que ela escrevia não era apenas o que a personagem sentia, mas sim o que ela mesma sentia por alguém. No momento lembrei de Seonghwa quando ela descreveu seus sentimentos pela garota que ela conhecia um tempo, assim como ela eu senti o mesmo ao ver aquele homem tão bonito e elegante como Park Seonghwa... Ele consegue ser delicado, educado e atencioso. Ler romance safista pode ser considerado uma palhaçada para meu pai, mas realmente não me importo, nem sei como consegui esse livro, mas a história das duas personagens é linda, o quanto elas lutaram por um amor proibido... Conseguiram ser felizes no final de tudo.

Pensar nisso era estranho e ao mesmo tempo irresistível para meu cérebro, pensar se isso seria possível na vida real, se manter em risco por amor, mas acho que valeu a pena no caso das duas, ficaram felizes em sua casinha perto de um lago. Eu dou um sorriso ao imaginar a cena, pensando que um dia eu poderia amar alguém assim como Emma amou Daiane, e ser amada assim como Sanghae amou Emilly. Eu simplesmente amo meus livros, todos eles me causam um conforto gigantesco. Eu sou uma sonhadora no fim das contas, sempre quis viver um romance como os dos livros... Mas espero que não seja como de Sanghae e Emilly, a história deles é triste... Sanghae acaba morrendo no final, é morto pelo o pai de sua amada. "Nada é nossa culpa" deveria ser proibido para pessoas sensíveis assim como eu, nunca chorei tanto lendo um livro de 500 páginas.

Levanto-me de meu baú perto da cama reclamando de dor nas nádegas e caminho até minha pequena estante onde guardo meus poucos livros. Fico olhando para encontrar algum deles que eu estivesse no clima para ler, mas sou surpreendida por batidas na porta quando escolho um, me deixando um pouco confusa porque meus pais não estão no castelo. Eu deixo o livro que ainda peguei no mesmo lugar e caminho devagar até a porta, a abrindo para ver de quem se tratava.

- O que você quer? - Eu digo para meu irmão que revira os olhos e entra

- Também amo você, irmã. - Diz com um sorriso

- Atrapalhou minha leitura. - Reviro os olhos e cruzo os braços

Não nos odiamos, nos tratamentos assim como uma brincadeira entre ambos por causa de um livro que lemos juntos onde o casal de irmãos príncipes se odiavam friamente.

- Desculpe-me, majestade... - Sua reverência me fez suspirar e caminhar até a estante

- Sem brincadeiras, meu caro... - Eu pego o livro e abro - Fale o que deseja antes que eu jogue este livro em sua cabeça.

- Uma carta para a princesa Ayla de Aunaroch. - Ele estende uma carta com o papel cor de leite e um selo de cera marrom clarinho

- Dê-me isso! - Eu puxo de sua mão e abro esperançosa que seja de Park Seonghwa, mas meu desgosto é notável quando vejo "Reino Darkness" na capa

Eu olho para meu irmão sem interesse e ele ri como uma breve piada como se já soubesse de quem se tratava

- Seu noivo lhe mandou uma carta, não é? - Ele diz escondendo o sarcasmo

- Engraçadinho. - Eu abro e me sento na cama começando a ler - Mas que homem mais desinteressante.

- O que ele diz? - Ele se aproxima e eu estendo a carta mais para o lado para que ele consiga ler comigo - Querida princesa Ayla, queria lhe convidar para conhecer Darkness. O dia e o horário pode ser escolhidos por vossa majestade ou por seus adoráveis pais.

- Posso considerar o "Adoráveis pais" o pior deste desimportante papel? - Eu pergunto lançando um olhar para meu irmão

- Com toda certeza. - Ele diz rindo e pega a carta - O que faço com isso? - Ele me olha com uma sobrancelha erguida, esperando que eu lhe dê um bom trabalho

- Jogue na lareira ou use para outras coisas. - Ele riu entendendo o que quis dizer

- Não é uma boa idéia... Imagine se ele diz a nossos pais que lhe mandou uma carta? - Ele diz um pouco sério

- Mas ele mandou para mim e não para nossos pais, posso fazer o que quiser com esse pedaço de... - Seu olhar de repreensão com o que eu poderia falar me fez parar - Com essa pequena obra desinteressante.

- Está bem... Queimarei. - Ele faz uma pequena reverência como se eu tivesse ordenado

- Estará me fazendo um grande favor, irmãozinho. - Eu dou um sorrisinho sarcástico e ele pisca saindo do quarto

- Continue a sua leitura, rainha de Darkness. - Eu desvio o olhar com um sorriso desacreditado

- Não se esqueça de ler o livro que recomendei. - Eu digo e ele faz uma cara de preguiça

- Sabes que não gosto de romance. - Ele bufa

- Nem erótico? - Falo com um sorriso malicioso por saber os livros que ele guarda em seu quarto. Ele coloca o indicar no queixo e pensa um pouco

- Irei pensar, se for aquela escritora horrível que gosta, jogarei o livro na fornalha! - Ele aponta e sai

Eu corro rindo até a porta e o vejo ainda caminhando para sair do corredor

- Mas fantasia é tão de seu agrado...! - Eu digo e ele levanta a mão para que eu pare de falar

- Que calúnia, Ayla! - Ele diz tapando os ouvidos sem se virar e eu ri. Entrei em meu quarto e fechei a porta logo depois

Ele realmente lia fantasia, mas eu brincar com ele por causa disso é mais uma de nossas coisas de irmãos porque ele estava lendo um livro de fantasia extremamente tosco.
Passei o resto da tarde lendo um outro romance, mas dessa vez não era nada sobre amor proibido, a conversa sobre fantasia me fez querer ler um pouco sobre, não me impressiona que o livro era sobre cortes rivais, mas a escrita da autora era perfeita.

 𝐀 𝐅𝐎𝐑𝐁𝐈𝐃𝐃𝐄𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄 (Park Seonghwa - ATEEZ) REESCREVENDO Onde histórias criam vida. Descubra agora