CAPÍTULO 7

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GINNY WRIGHT

Londres, Inglaterra.

Dada às seis horas da tarde, pendurei meu avental em um canto da cozinha assim como Barbie, jogamos as toucas descartáveis fora e saímos de lá com nossas mochilas. Mais cedo teve aula e viemos direto para cá, mal tivemos tempo para trocar de roupa já que a cafeteria estava tão cheia na hora que chegamos.

Olhei ao redor do salão e a mesa 6 estava vazia, não me preocupei muito com isso. Minha avó estava no caixa, totalmente distraída enquanto não havia ninguém por perto. Até ela me encarar e levantar as sobrancelhas. Ela olhou para baixo do caixa e sua mão segurava um guardanapo.

— Ginny! Pode vir aqui? — minha avó perguntou.

— O que a senhora precisa? — me aproximei dela, apoiando meu corpo no balcão.

— Um rapaz bonito e bem alto me pediu para te entregar isso — ela mostrou o guardanapo dobrado e empurrou para mim. — Ele não falou o nome dele, mas disse que você saberia de quem é.

— Uuuh, um admirador secreto? — Barbie perguntou, curiosa, atrás de mim. — De duas, uma: ou é uma brincadeirinha ridícula do Louis MacKenzie ou é um admirador secreto mesmo.

— Eu não tenho admiradores secretos, Barbie. Você sabe que nenhum menino se interessa por mim naquela escola — falei, olhando para o guardanapo ainda dobrado. — Obrigada, vovó! Já estamos indo, te vejo em casa.

— Imagina, querida — Jude sorriu e piscou um olho. — Tomem cuidado na rua! Olhem para os dois lados antes de atravessar e esperem o farol ficar verde para vocês seguirem...

— Sim, nós já sabemos de tudo isso! Pode deixar! — falei alto enquanto andávamos para a saída do Wright's.

— Até mais, dona Jude! — Barbie berrou.

Abri a porta e segurei para que Barbie pudesse passar antes de mim, enquanto fazemos o mesmo caminho de sempre para ir pra casa, desdobrei o guardanapo. Tinha algumas palavras escritas e, conhecendo o MacKenzie, aquela com certeza não era a letra feia dele. Era uma outra letra e um rabisco embaixo, que logo reconheci e lembrei de quem era.

"Para Srta. Wright,

Estarei do outro lado da rua te esperando, na frente da livraria "Storybrooke".

Com carinho, OB."

Parei de andar e deixei que Barbara continuasse tagarelando por aí, olhei para trás e a livraria ainda estava aberta e sempre há um banco na frente dela. A Storybrooke era minha livraria favorita de Londres, ela ficava na frente do Wright's e foi lá que tive o meu primeiro contato com os livros. Eu deveria ter uns seis anos quando me interessei pela leitura.

Eu não poderia deixar a Barbie para lá, andei alguns metros e a puxei pelo punho, voltando nosso caminho e atravessando a rua. Ela ficou quieta por míseros segundos e disse:

— Por que estamos voltando?

— Preciso ver uma coisa na Storybrooke — continuei puxando ela, que logo se soltou. — Só me prometa que não irá surtar.

— O que você está aprontando, Ginny? — Barbie questionou.

— Me promete, Barbie — parei por alguns segundos e olhei para ela, levantando um dedinho. — Por favor.

— Tá, desde que não seja algum absurdo — Hollister entrelaçou seu dedo com o meu. — O que tem na Storybrooke? Tina te mandou mensagem dizendo que chegou livros novos?

KING OF MY HEART | Ollie Bearman ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora