CAPÍTULO 3

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GINNY WRIGHT

Silverstone, Inglaterra.

Quinta-feira.

A tia Sally fechou o porta-malas no mesmo momento em que peguei minhas malas e as da Barbie também. Minha melhor amiga estava na porta da casa da sua tia, tocando a campainha freneticamente até que ela atendesse.

Eu e Barbie sozinhas em uma cidade que fica a cinquenta quilômetros de Londres. O que pode acontecer de surpreendente? Estamos indo só para ver alguns carros e é isso.

— Pare de fazer isso, Barbara! Sua tia não vai gostar — a Sra. Hollister advertiu.

— Mas ela está demorando para atender! — disse Barbie, tocando mais uma vez a campainha.

— Você sabe como ela é enrolada, deve estar fazendo alguma coisa — Sally concluiu, dando um leve tapa na mão da minha amiga.

Esperamos mais alguns minutos e a porta se abriu, revelando uma mulher jovem e loira com metade do cabelo liso e outro ondulado, eu acho que ela estava se arrumando para sair. Lembro-me da Barbie dizendo que a sua tia devia ter uns 30 anos, mas ela não parece ter essa idade, a não ser que ela faça procedimentos estéticos.

— Tia Diana! Achei que não estivesse em casa — Barbie a abraçou.

— Foi você que estava apertando essa campainha sem parar, não foi? Já falei para você não fazer isso — a tal tia Diana brigou.

— Tia Di, essa é a Ginny, minha melhor amiga — Barbie me apresentou.

— A famosa Ginny, então? É um prazer conhecê-la — a mulher disse. — Vamos entrar, meninas, eu estava me arrumando para ir ao mercado.

— Eu só vim deixar as meninas, tenho que voltar para casa e ir na apresentação de esgrima do Harry — a Sra. Hollister ajeitou sua bolsa no braço. — Se cuidem, meninas!

— Elas estão em boas mãos, Sally — Diana disse.

— Sim, elas estão, mas e você? — Sally gargalhou, deixando sua irmã confusa.

A mãe da Barbie entrou no carro e se mandou em seguida, a tia Diana nos ajudou com as malas e as pôs para dentro de casa. A casa dela era bem bonita, a maioria dos objetos eram azuis e brancos, ela deveria gostar bastante dessas cores.

— Você me disse que sua tia tinha 30 anos, Barbie — cochichei para minha amiga.

— Ela tem uns 25 na verdade, mas é solteirona igual as tias de 40 — Barbie comentou. — A minha mãe já te falou o que você vai fazer, tia?

— Eu deveria cobrar por ser motorista particular das duas, viu? — Diana brincou. — Mas sim, Barbie, ela falou. Amanhã vamos acordar bem cedo e vou deixá-las na porta do circuito, mas tomem cuidado!

— De sexta-feira não costuma encher tanto — a loira deu de ombros. — Mas vamos tomar cuidado, já recebemos umas quinze frases dessas só hoje.

— Então, Ginny, é a sua primeira vez aqui? — a tia da Barbie perguntou, sentando-se no sofá. Eu e Barbie fizemos o mesmo e logo um gato tricolor apareceu, subindo no meu colo. — Oh, este é o Atlas, ele adora conhecer gente nova.

— A Ginny também tem gato! Três, na verdade — Barbara comentou.

— A Barbie disse que a senhora...

— Não me chame de senhora, por favor, sem formalidades! Eu só tenho 25 anos — a mais velha dispensou o comentário com um aceno de mão. — Você também gosta de Fórmula 1 como a Barbie?

KING OF MY HEART | Ollie Bearman ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora