KING OF MY HEART | Ollie Bearman ✓

CAPÍTULO 19

GINNY WRIGHT

Monte Carlo, Mônaco.

Surreal.

Essa é a sensação que tive quando pisei em Mônaco pela primeira vez, na semana seguinte a Imola.

É igualzinho ao filme Monte Carlo da Selena Gomez. Tudo é exatamente como no filme e eu me sentia nele, a diferença era que eu não sou a Selena Gomez e ela não tem um namorado piloto como eu.

Um namorado piloto que vai acabar deixando minha boca dormente de tanto me beijar no quarto de hotel.

É sexta-feira, tínhamos voltado das ruas há duas horas, passamos o dia inteiro no Paddock e depois fomos turistar um pouco. Quando voltamos ao hotel, onde tínhamos concordado que iríamos dormir e acordar só quando o despertador tocasse, Oliver pareceu trocar de ideia rapidamente e disse que faríamos um programa de casal naquela noite.

Barbie estava conosco em Monte Carlo, no quarto ao lado, que deveria ser dividido comigo se meu namorado não fosse grudento igual chiclete. Não estou reclamando de Ollie, eu só estava achando aquela "Sessão de Amassos", como ele intitulou, muito... Exagerada, talvez?

Oliver estava quase que incontrolável, eu diria que estava louco. Ele distribuía beijos carinhosos e quentes, dava abraços apertados e confortáveis o tempo todo e ainda dizia palavras bonitinhas. Eu não tinha escapatória, nem se eu quisesse fugir, ele tava por cima e me cercava com seus braços enquanto me beijava de forma intensa.

— Espera um pouco — falei ao me separar dele. Seus olhos me encaravam com uma certa luxúria, estavam nublados e escuros comparados às outras vezes em que admirei. — O que é que tem nessa água de Mônaco?

— O quê? — Ollie juntou as sobrancelhas, confuso. — Que tipo de pergunta é essa, Ginny?

— O tipo de pergunta que me faz pensar o porquê de você estar tão animadinho — toquei o dedo indicador na ponta do seu nariz. — Me fala, por que está assim?

— Porque eu te amo e estamos em Mônaco, minha ursinha — Bearman riu e me deu um beijo estalado na mandíbula. — Tem coisa melhor que isso?

— Sim — empurrei meu namorado para o lado e me sentei no colchão. — Você está há, tipo, uns quinze minutos em cima de mim, me beijando e passando sua mão pelo meu corpo todo.

— Não está gostando? Eu pensei que a gente... — o piloto coçou a nuca, envergonhado. — Ah, sei lá, eu só pensei que a gente poderia aproveitar um pouco um do outro. Eu estou amando passar duas semanas com você em outros países, e queria te amar agora se você deixasse.

— Eu estou deixando e gostando também, mas você não acha que está exagerando só um pouquinho, Ollie? — questionei, segurando a sua mão. — Minha boca vai ficar dormente se você continuar me beijando desse jeito.

Oliver sorriu travesso.

— De que jeito? — ele se aproximou lentamente.

— De um jeito meio agressivo, sabe? Você tem outras intenções por acaso? — o olhei, receosa.

— Apenas te amar, ursinha, apenas isso — levantou as mãos em redenção. — Eu só vou fazer o que você quiser fazer.

— Ah, é? — falei em um tom convencido. — Qualquer coisa?

— Qualquer coisa.

Um sorriso vitorioso e armador surgiu na minha boca. Eu tinha algumas ideias que, talvez, não o agradassem tanto.

— Por que está me olhando desse jeito? — Oliver perguntou, apreensivo.

— Sabe o que poderíamos fazer? — ele balançou a cabeça em negação. — Conversar.