CAPÍTULO 17

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GINNY WRIGHT

Londres, Inglaterra

Fevereiro.

14 de fevereiro, na realidade.

O Dia dos Namorados.

Há alguns meses atrás eu poderia dizer que passaria o Dia dos Namorados sozinha como sempre e, na realidade, é que continua a mesma coisa. A única coisa que muda é que eu tenho um namorado.

Um namorado que está no Bahrein neste exato momento.

Então, com ou sem Oliver, eu continuaria passando o Dia dos Namorados sozinha. Ollie estava no Bahrein para os testes de pré-temporada e, para o meu azar, caiu justo nesse dia.

Como todo bom e velho 14 de fevereiro, conhecido como Dia de São Valentim, ou, entre os jovens, Dia dos Namorados, era comum que quando eu chegasse na escola, o lugar estaria completamente enfeitado para comemorar a data. Não só haveria a decoração, como muitas pessoas recebendo vários cartõezinhos em formato de coração com palavras bonitas e mil "eu te amo" escrito e dito no dia.

Falando em "eu te amo", essas três únicas palavras andam me perturbando nas últimas semanas, desde que voltei de Maranello. Não é uma perturbação do tipo ruim, é uma perturbação que não sai da minha cabeça nem se eu quisesse. Depois de uma discussão muito calorosa entre eu e Oliver, ele acabou soltando um "eu te amo" e aquilo me deixou tão nervosa que fiquei tagarelando sem parar, e ele me calou com um beijo, achei isso muito ousado da parte dele.

Ollie me amava pelo o que eu era, aquilo fez o meu dia.

Lembrar toda manhã que Oliver Bearman me ama era simplesmente gratificante. E não é porque eu lembrava assim que acordasse, é porque ele me manda mensagem todo dia dizendo que me ama. De cinco mensagens no dia, três eram um "te amo" e eu nem estou reclamando.

Oliver Bearman me ama e é o meu namorado. Tem coisa melhor para mim? Claro que sim, passar o Dia dos Namorados com ele seria maravilhoso.

Barbie surtou quando contei o que aconteceu em Maranello. Surtou muito. Ela gritou, comemorou e só faltou soltar fogos de artifício. Porém ela também sentiu raiva por causa da maluca que se dizia ex-namorada de Oliver.

— Feliz Dia de São Valentim, Ginny — Barbie desejou, entrando na sala de aula.

Nós costumamos vir juntas para a escola, mas hoje foi diferente. Ela estava atrasada, disse que sairia mais cedo de casa porque iria a algum lugar.

Percebi que Barbie carregava uma caixa cor-de-rosa com um laço branco de enfeite. A loira me estendeu a caixinha com um sorriso gentil no rosto.

— É para mim? — questionei, surpresa.

— Sim — afirmou. — Não é porque você tem um namorado que eu não posso te dar um presente.

— Você nunca me deu um presente de São Valentim, Barbie.

— Mas esse ano é diferente. Você tem um namorado e tá passando sozinha, então a minha missão é ser sua namorada por um dia — Barbie deixou a caixa em cima da mesa e deu a volta para se sentar na cadeira do meu lado.

— O que te faz pensar que o Ollie não vai me dar nada? — arqueei uma sobrancelha, curiosa.

— De repente ele nem está no país? Ginny, você já foi mais inteligente — Hollister cruzou os braços. — Se ele te mandasse um presente do Bahrein, as flores chegariam murchas, os chocolates derretidos e o ursinho de pelúcia todo sujo e amassado.

— Você sabia que dá para encomendar um presente daqui, não é?

— Como você tem tanta certeza de que ele vai fazer isso?

KING OF MY HEART | Ollie Bearman ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora