KING OF MY HEART | Ollie Bearman ✓

CAPÍTULO 2

GINNY WRIGHT

Londres, Inglaterra.

Em meados de junho, eu ainda continuava trabalhando no lugar da minha irmã, cobrindo o seu turno à noite. Normalmente eu trabalhava no café da família, mas só à tarde, agora com uma hora extra, acho que meus pais vão me dar uma gorjeta a mais por isso.

Eu estava na cozinha preparando alguns doces com meu pai, deveria ser umas três horas da tarde, e para ser sincera era a melhor parte do meu dia. Eu adoro cozinhar, especialmente doces e preparar cafés criativos, meu pai sempre ficava na parte dos salgados e distribuía pratos na bancada. Gwen e Garrett eram os garçons, minha mãe fazia um pouco de tudo e minha avó sempre ficava no caixa. Às vezes a Barbie aparecia aqui para ajudar, ela participava à vontade – na verdade, o que ela queria em troca eram as tortinhas de frutas vermelhas que eu fazia.

Meu pai tocou o sino da bancada, avisando que tinha alguns pedidos prontos e que Garrett deveria distribuí-los. A Gwen também fazia isso, mas ela estava ocupada com a faculdade e sempre foi focada nos estudos.

— Os cookies já estão prontos, Ginny? — papai perguntou.

— Quase, precisam de mais três minutinhos — me abaixei para ver o forno, os cookies pareciam moles ainda. — Precisa de mais alguma coisa?

— Não sei, pergunte a sua mãe — ele indicou. — Ou a sua avó, ela sempre fica de olho na reposição.

— O senhor pode dar uma olhadinha por enquanto só para eu perguntar para a vovó? — perguntei ao meu pai.

— Claro, mas volte logo porque você sabe como isso aqui é capaz de lotar em segundos — alertou, tocando no meu ombro.

Kenny Wright é simplesmente o melhor pai do mundo.

Meu pai fazia de tudo pela nossa família, ele é filho da minha avó Jude e proteger a família a todo custo com certeza estava na parte do DNA dele vindo dela. Papai se responsabilizava pela cozinha desde que me conheço por gente, minha avó sempre dizia que ele gostava de ficar lá com meu avô e foi ali que aprendeu a gostar de cozinhar e, sinceramente, ele faz os melhores lanches.

Não estou falando isso porque ele é o meu pai, estou falando porque os lanches são realmente magníficos.

Direcionei as portas da cozinha que levam ao salão e avistei minha avó anotando um pedido de um homem, que parecia beirar aos 40, usando um terno, gravata e uns óculos escuros apoiado na cabeça; ele tinha os cabelos grisalhos e curtos.

— Oh, Ginny, que bom que está aqui! Faça esse pedido, por favor, para viagem — minha avó Jude arrancou o papel anotado do bloquinho de notas e me entregou. — Fica 30 libras, Sr. Bearman.

— Venho desde pequeno aqui e a senhora ainda cobra quase os mesmos valores, por isso é a minha cafeteira favorita! Além de sempre manter as receitas tradicionais, esse lugar é fantástico, Sra. Wright — o homem disse, sorrindo para a vovó e entregou-lhe duas notas. — Espero que meus garotos também gostem daqui, tenho certeza de que o mais velho adora! Sempre pede as tortinhas de morango e os biscoitos amanteigados com geleia de morango.

— É a minha neta mais nova que fica encarregada disso! — Jude animou-se.

Parei de prestar atenção na conversa, não sei até onde ela iria, e comecei a separar o pedido dele. A minha especialidade é fazer doces, como vocês sabem, e com certeza o que mais saem são as tortinhas de morango e os biscoitos, além dos cookies e dos cupcakes de red velvet. Na verdade, a maioria dos doces são bastante vendidos, devo ter mãos mágicas para fazer sobremesas tão boas a ponto de se esgotarem rapidamente.