rock me - [kate x yelena]

Sucker

ainda tem alguém aqui?

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pov Kate

Eu estava escrevendo algo pro Sparks Fly, só que não estava no meu quarto. Nem usando minhas roupas. Mal estava usando roupas na verdade, só calcinha e alguma camiseta aleatória. Sendo totalmente honesta, eu nem me lembro como vim parar aqui. Só... estava. Estava em um quarto escrevendo em um computador o jornal. Observação valiosa: nem o quarto, nem o computador e, acredito eu, que nem as roupas são minhas.

- Ei, você. Pare já com isso. - uma voz mandou, parecendo calma e próxima. - Te trouxe água. De nada.

- Uau, você é muito gentil, obrigada. - eu disse, brincando. Não sei nem com quem estou falando ou o que estou falando. Acho que estou bêbada. Bebi um gole d'água e voltei a escrever, mas um beijinho na minha bochecha e alguns salpicando pelo meu pescoço me fizeram parar. - Tá legal, agora você pare com isso.

- Eu não. - a voz mansa disse, revezando entre a lateral do meu rosto e pescoço. - O computador é meu, estou te proibindo de usá-lo.

- Muita maturidade. - debochei, dando uma risadinha ao sentir um sorriso contra meu pescoço, sem parar com os beijos. - Sério, amor, preciso terminar isso.

Não sei por quê ou para quem eu disse amor, mas pareceu certo. Nem parecia que era eu falando ali.

- Você termina depois. - ronronou no meu ouvido. - Vamos voltar pra cama, fazer de novo do jeitinho que você gosta, - deixou um beijinho acima da minha orelha. - ficar juntinhas mais um pouco e mais tarde você faz isso. - uma boca se colou na minha rapidamente, dando um selinho demorado. - Vamos lá, gatinha, não me faça ajoelhar debaixo dessa mesa pra te dar prazer.

- Você é tão idiota! - exclamei, ouvindo a brincadeira em na voz. Me virei e beijei a boca macia de novo. Um beijo de verdade agora, mas não durou tanto.

- Você adora. - a voz murmurou contra a minha boca, voltando a beijar.

- Sim. - concordei, puxando o corpo pela cintura até estar no meu colo. - Quero te ver, amor.

- Só precisa parar de beijar e abrir os olhos pra isso, Kate Bishop. - a voz disse, arrastada.

Como se minha cabeça tivesse dado um estalo, me afastei e abri os olhos. Yelena estava no meu colo. Só de sutiã e calcinha, ambos pretos. Seu cabelo loiro e comprido estava levemente bagunçado e tinha alguns, muitos, chupões na região do pescoço e da clavícula. Aparentemente, meu eu bêbado não ligou muito pro fato de ser ela bem ali, na verdade, tudo o que aconteceu foi mais um beijo e:

- Eu te amo.

Boom! Nunca acordei tão rápido e assustada na vida. Esfreguei os olhos e olhei ao redor, era meu quarto. Vazio. Totalmente vazio. Só eu ali. Ótimo, um sonho. Tudo que eu precisava agora.

Não, tudo o que eu preciso agora é ligar pro querido e amado Peter Parker. Procurei meu celular sobre a mesa de cabeceira e o encontrei após muita luta. Liguei a tela e a iluminação quase me cegou. De acordo com o aparelho, são três e trinta e seis da manhã, sexta feira. Ignorei o horário inconveniente e liguei para Parker. Coloquei o celular no vivo a voz e esperei.

- Alô? - a voz sonolenta de Peter soou pelo quarto.

- Eu estou apaixonada!

- Ahn?

- Eu estou apaixonada. - repeti. A chamada ficou quieta. - Vamos, Parker, diga algo!

Ouvi um bocejo.

- Você me ligou... Às três, praticamente quatro, da manhã só pra contar o óbvio? - ele questionou, entre bocejos. - Você já me disse isso umas, o que? Trinta vezes na última semana?