-Pov Cole-
🗓️30/09/2020 • 11:26 am
Depois de sair de casa com certa agressividade, dirigi sozinho até a clínica Mikaelson's Memories.(se eu pus outro nome anteriormente, me perdoem!)
Minha mãe está internada lá a 8 anos... Desde que teve um surto psicótico por causa do meu pai que traiu ela bem na sua frente - literalmente, ele a traiu em sua frente, por que ela o desobedeceu, então ele contratou uma prostituta de luxo, prendeu minha mãe na cama e a fez assistir enquanto transava com ela - e nunca mais se recuperou. Os médicos dizem que ela sofreu um trauma muito grande e isso afetou a parte racional do cérebro dela.
E depois de 3 semanas, meu pai morreu e isso piorou a situação dela, pelo fato dela não o ver mais e nem saber notícias dele. Acho que por isso, eu jurei a mim mesmo que nunca iria amar ninguém... Por que vi o que amar meu pai escroto, machista, babaca e totalmente imoral fez com a minha mãe. E prometi a mim mesmo que nunca iria sofrer assim. Apesar de saber que sou parecido com ele... Por que ele foi o homem que me criou e apesar de odiá-lo, eu nunca tive outra pessoa para me ensinar a ser bom e cresci assim. Por sorte da Camila, nossa mãe sempre foi boa conosco e ensinou a ela a ser gentil... Mas eu não tinha esse privilégio, já que meu pai não me deixava ficar muito perto da minha mãe... Só podia ficar perto dela e da Cami quando ele estava fora.Ao chegar na clínica, deixei meu carro no estacionamento, entrei pela porta da frente do edifício e logo a enfermeira que cuidava dela, a mesma estava ofegante e meio nervosa e eu ouvi os gritos da minha mãe ao longo do corredor.
- Hoje é um daqueles dias. - ela disse e olhou para porta do quarto da minha mãe. A clínica Mikaelson era quase que um SPA mental... Havia lugar pra lazer, jogos, TV, música, cuidados com o corpo e tudo mais... Mas também tinha sua ala de cuidados médicos, para analisar os casos de cada paciente e isso era o que me deixava seguro para manter a minha mãe lá, apesar de ser extremamente caro! Mas eu nunca liguei pra isso.
Fui com a enfermeira dela até seu quarto e vi ela andando de um lado pro outro enquanto balbuciava coisas sem sentido e ao me ver, ela deu um sorriso aliviado.- James... Você voltou, meu amor! - ela sorriu.
Apesar do meu nome do meio ser James, que era o nome do meu pai, ela não sabia que era eu... Ela achava que eu era meu pai. Pelas fotos antigas, eu era a cara dele quando eles se conheceram.
Minha mãe correu até mim e me abraçou de forma amorosa... Em sua mente derrubada, eu era o James, marido dela... O homem que ela ama e que ela não sabe que está morto a anos... Que a traiu em sua frente e é o culpado dela estar assim.- É, mã...Hayley! Sou eu, eu... Vim te ver. - disse deixando ela seguir seu devaneio e fiz carinho em seus cabelos escuros com fios brancos misturados e emaranhados. - Queria saber por que você tentou se afogar na sua banheira... Sabe que isso não se faz. - tentei tirar proveito da situação, para que ela voltasse a lucidez.
- Eu... Eu sei, onde estão meus modos, não é?
Mas é que... Eu... Eu me lembrei daquela noite. - ela quase vomitou as palavras.
- E-eu... Me lembrei de quando fui descuidada... De quando eu mereci ser punida e você... Você me deu a punição que eu merecia. Que eu merecia...
Que eu merecia? - ela começou a rir muito estranho... Logo ela me soltou e depois começou a andar pelo quarto rindo com a mão entre seus lábios e quando cheguei perto dela, ela gritou. - Sai! Sai de perto de mim!! - ela gritou e começou a chorar. Eu tentei acalmá-la, dizendo que eu era o seu filho, mas ela começou a chorar de desespero enquanto se encolhia em seus braços de pé.
As enfermeiras me pediram para que eu saísse, para lhe darem a medicação para dormir para ver se ela ficava mais calma... Eu não queria, mas resolvi ir.Fiquei no corredor esperando alguma resposta das enfermeiras lá de dentro e quando saíram, agarrei a morena com a qual já tive um caso pelo braço e a puxei pra mais perto de mim para que ela me dissesse o por que daquele episódio.
- Tem mais de 1 ano e meio que ela não surta assim... O que aconteceu, Natalie? - perguntei de forma discreta, afinal ninguém lá sabia o que houve entre nós dois e nunca saberiam.
- Ontem... Ela tava vendo a TV e apareceu a reportagem de aniversário de acidentes... Entre eles, o avião do seu pai. Fomos forçados a contar pra ela que seu pai está morto e ela... Bom, ela desligou da realidade. - passei a mão em meus cabelos negros e suspirei pesado. Eu sabia que esse dia iria chegar, mas pensava que teria mais tempo pra preparar ela pra notícia.
- E ela tá sedada agora? - eu perguntei e ela acenou com a cabeça. - Eu vou entrar pra ver ela. - afirmei e entrei. Apesar de não poder, ninguém me impediria de ver minha mãe.
Adentrei no quarto e vi ela adormecida. Agarrada a um porta retrato do meu pai com ela(mídia do cap)... Em um dos poucos dias que eles eram felizes. Acho que conseguia contar em meus dedos de ambas as mãos quantas vezes eu vi os dois sorrindo pelo mesmo motivo e ele sendo bom.Me lembro de uma noite em que era aniversário do meu pai... Eu tinha 13 anos. Minha mãe nos levou ao parque de diversões e nós todos fomos à roda gigante. Meu pai e minha mãe estavam segurando um sorvete, eu um milkshake e Cami um algodão bicolor... Estávamos todos juntos no vagão da roda enquanto ela girava e meu pai quando foi olhar pela janela, acabou deixando o topo do sorvete dele cair lá embaixo... Minha mãe logo que de imediato dividiu o sorvete dela com ele e passou um pouco em seu nariz. Todos nós rimos, incluindo meu pai e aquela é uma das memórias mais agradáveis que tenho em família.
Fiquei zelando pelo sono da minha mãe o dia todo enquanto resolvia as cosias da empresa pelo celular sem fazer barulho. A ajudei a se alimentar quando ela acordou meio desnorteada, mas ela já tinha um pouco de ciencia que era eu. Afinal, ela me chamou pelo nome quando acordou e sorriu pra mim. Eu ficava tão feliz quando ela me reconhecia e dava aquele sorriso que eu via todas as noites antes de dormir... Era a única coisa que aquecia meu coração de pedra que de formou ao longo da minha vida.Eu pedi um hotel a poucas quadras da clínica e dormi lá. Pedi ao KJ para trazer roupas pra mim e só isso. Ele nunca dizia nem a Camila sobre meus assuntos se eu não pedisse e eu queria que ela soubesse do episódio da mamãe... Ela sempre ficava tão abalada e eu não conseguia lidar com mais essa agora.
Quando minha mãe ficou melhor no dia seguinte, eu passei a tarde com ela conversando sobre a morte do meu pai e ela me entendeu e compreendeu tudo... Sem mais episódios de fuga.
Passeamos um pouco pelo jardim para ela ficar melhor e também almocei junto dela... Deixei os chocolates dela favoritos dentro de seu quarto escondidos onde só ela podia achar. Ela adorava aquelas chocolates e era uma das poucas coisas que podíamos fazer juntos sem a condição dela impedir.Apesar do que possam achar, minha mãe não é louca! Ela simplesmente tem episódios de fuga que ela não controla e ela tem pela ciencia disso e por isso escolhe ficar aqui. Eu não a internei contra sua vontade... Ela mesmo me pediu, apesar de nunca ter sabido até agora que meu pai estava morto a tanto tempo.
Depois de um tempo, cheguei ao meu prédio e entrei no elevador, colocando meu código no painel e dando acesso ao meu andar. Quando cheguei, não vi ninguém em casa... Provavelmente KJ foi fazer o pedido de casamento que tinha me falado pra Camila e Lili devia estar trancada em seu quarto. Eu então me dirigi até o meu e enquanto subia, fui tirando minha jaqueta e a camisa... Queria ir direto para o banho, quando entrei no quarto, deixei minha camisa e a jaqueta no canto onde a empregada sempre recolhe a roupa suja e antes de entrar no banheiro do meu quarto, percebi a luz do closet acesa. Ela só acendia com movimento, então achei estranho... Me aproximei devagar sem fazer barulho e vi a loira mexendo em meus relógios e sorri vendo aquilo. Logo a olhei enquanto mexia e recolocava os relógios no lugar e sorri dizendo realmente em tom alto para assustá-la.
- Gostou de alguma coisa, Pauline? - disse sorrindo e vi o susto que ela tomou. Foi tão grande que ela deixou meu relógio cair no chão, o que não me incomodou, já que todo closet era de carpete e não deixava nada quebrar caso caísse. Apenas se eu realmente tacasse no chão com toda força.
Fui me aproximando da pequena em passos lentos e percebi ela olhar para o meu corpo e não desviar seu olhar de mim. - Se gostou de algo, pode pedir que eu te dou. Ou compro um igual pra você. - disse rouco, de um jeito sedutor e totalmente envolvente, de forma que eu sabia que ela iria se estremecer dos pés a cabeça. E tenho certeza que ela ficou assim, já que não tirava sua atenção dos meus olhos e sua respiração estava falha.Continua... (POV Lili)
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𝐂omprαdα 𝐏elo 𝐂hefe
FanficLili Pauline Reinhart. Uma menina linda e estudiosa, porém fechada que tirou férias em Paris antes de começar a trabalhar numa empresa de moda em Londres, mas que acaba sendo sequestrada e vendida num leilão de mulheres para um empresário. Que por a...