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Aviso: sangue, violência
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Debato-me com o que devo fazer em primeiro lugar. Vejo as pessoas começarem a esconder-se pela arena de jogo, algumas delas pegam nas armas que nos foram disponibilizadas para se defenderem e outras apenas correm o mais rápido com conseguem para sítios mais abrigados.

Vou até à mesa com armas e observo-as, tentando perceber qual pode ser mais útil para este jogo.

Apenas restam três armas brancas: um machado, um martelo e uma faca. Excluo de imediato o martelo da minha lista de opções, ele pode causar dor mas não consegue fazer um ferimento tão grave que impeça o animal que me atacar de se mexer. Olho entre o machado e a faca pensando o mais rápido possível nos prós e contras de cada arma.

Pego no machado ponderando se o seu peso é demasiado para eu aguentar o jogo todo. Percebo que este é exatamente a arma ideal para este jogo, tirando as armas de fogo como é óbvio.

Um pequeno sorriso esboça-se na minha cara, graças à decisão que acabei de tomar.

Começo a correr pelo parque de diversões em busca do esconderijo perfeito para apanhar algum predador desprevenido. Deparo-me com umas grandes árvores, os seus galhos são compridos e as suas copas cobertas de folhas.

Espeto o machado o mais a cima que consigo no tronco de uma das árvores e trepo pelos seus ramos, instalando-me num deles.

Aqui de cima é possível ver os divertimentos que se movem de um lado para o outro, as luzes que irradiam por todo o lado e os jogadores a correrem de um lado para o outro em puro pânico.

Algo bate na minha cabeça quase fazendo com que eu perca o equilíbrio e caia da árvore. Agarro-me ao tronco da árvore e tento perceber o quê que me está a atacar.

Olho para baixo e não vejo nada, para os lados e também continua tudo normal, finalmente olho para cima e vejo uma águia a planar mesmo por cima de mim. Parece que está parada no ar o que significa que avistou a sua presa e está pronta para atacar.

O seu voo começa a baixar e de repente ela está a realizar um voo picado na minha direção. Pego no machado o mais rápido que consigo e começo a fazer movimentos no ar numa tentativa falhada de assustar a águia.

Esta continua a aproximar-se cada vez mais de mim. Paro de fazer movimentos bruscos e deixo que ela se chegue perto.

Quando ela me está quase a atingir, acerto com o machado nela. Não consigo controlar a força que uso e acerto também no tronco da árvore em que estou. A asa ensanguentada da águia e o meu machado ficam presos ao tronco da árvore.

Uma ave normal começaria a fazer uns barulhos devido à dor, pedindo ajuda ou implorando que acabassem com a sua miséria, mas esta continua a mexer o seu bico e o resto do seu corpo, que não está ferido, tentando apanhar-me.

Agarro no seu corpo e tiro o meu machado da árvore. Fecho os olhos, não querendo assistir a este momento doloroso e dou uma última vez com o machado no corpo da águia.

Atiro o pássaro morto para o mais longe de mim que consigo e desço da árvore, não querendo ter o risco de voltar a ser atacada por outra ave mortífera.

Caminho pelo parque de diversões e tento manter-me o mais longe possível dos gritos das pessoas ou dos rugidos dos animais.

Deparo-me com um divertimento a imitar um navio. As suas luzes são vermelhas e amareladas, e este anda para a frente e para trás.

Ouço uma espécie de gritos mas estes gritos não são de pânico e sim de diversão. Niragi está sentado numa das cadeiras do barco e dispara contra os animais que vai vendo enquanto diz "Uuuh" sempre que acerta num.

The deal  - Niragi [Sem continuação]Onde histórias criam vida. Descubra agora