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ROSÉ

Eu corria pela floresta sem me importar com os galhos nas árvores que faziam arranhões por meu corpo.

Os ruídos da noite me mantinham nervosa, eu corria apavorada depositando toda minha rapidez nesta corrida.

Uma voz de desejo me perseguia, até o momento que não pude mais correr, um lago gigante estava em minha frente, me impedindo de implorar por minha vida.

Eu olhei para todos os lados, analisando quem me atormentava, porém falhei quando senti algo em meu pescoço e sentindo o baque no chão.

[...]


Acordei percebendo ainda estar deitada na beira do lago, senti uma forte dor de caeça e logo percebi sangue escorrendo meu pescoço.

Sequei o sangue com o fino tecido d  minha blusa, me levantei e em seguida peguei caminho até minha casa.

Eu não morava longe desta floresta, e mal percebi que por aqui era perturbador. À luz do luar me guiava até o caminho de casa.

Passei pela porta seguindo até à sala, cheiro de sangue fresco invadiu minhas narinas, absorvendo minha atenção até Lisa, sentada no sofá.

— Uau, o que aconteceu com você? – indaga

Ignorei sua pergunta e segui até meu quarto, me olhei em frente ao espelho e percebi o mal estado que eu me encontrava.

Meu pescoço estava dolorido, e isso fez me lembrar das vagas lembranças que tive pela floresta.

Me despi e entrei no banheiro, tomei um banho frio e saí me servindo com roupas confortáveis. Deitei sobre minha cama apagando tão rápido, que mal escutei os gritos pelo lado de fora de minha janela.

Os Ruídos Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora