ROSÉ
Olhei para a porta e Dahyun havia esquecido ela entre aberta, eu já estava presa entre estas quatro paredes à duas noites.
Após sair, fechei à porta para que ninguém percebe-se minha falta no cômodo. Desci às escadas delicadamente pois ela aparentava ser escorregadia, eu realmente não acreditava aonde eu estava.
O lugar tinha à aparência de um castelo, e nada ali parecia real. Pisquei meu olho várias vezes ao perceber portas e mais portas espalhadas pelo lugar.
Eu não fazia ideia de qual me levaria à uma emboscada ou à uma saída. Escutei vozes vindo de uma sala, varri meus olhos pelo local e percebi que vinham de um cômodo que ficava atrás da escadaria.
Do cômodo exalava uma luz forte indicando duas sombras, caminhei até lá fazendo silêncio total.
Coloquei minha cabeça na porta e vi dois belos homens altos conversando algo. Era impossível ouvir suas palavras já que a sala era enorme e eles estavam distantes da porta.
Um dos homens me chamou a atenção, ele teria cabelos escuros e parecia ser um pouco mais alto do que o cara que estava sentado no lado direito. Algo me dava à impressão de que ele parecia famíliar em minha vista.
Escutei outro barulho vindo da escadaria, alguém estava subindo por cima de mim. Os homens dentro da sala pareciam não se importar com o barulho, porém, eu sim.
Eu havia esquecido de que era para ter me mandado assim que pus meus pés para fora do quarto.
Escutei uma voz gritar por meu nome, e foi quando percebi estar encrencada. Procurei por onde correr e não sabia que caminho seguir.
A voz que me gritava chamou a atenção dos homens rapidamente, eu sabia que não tinha muito tempo para pensar e não tinha como correr.
Dahyun desceu às escadas fazendo movimentos farejadores com seu nariz.
— Sinto seu cheiro, não se esconda! – gritou novamente
Minha única saída era tentar correr para à porta que ficava de frente para à escadaria. E fudidamente Dahyun estava ali.
— Perdida?! – a voz atrás de mim sooava como um deboche
Pulei de susto e não me atrevi à me virar para trás.
Não foi preciso um movimento se quer para um dos homens puxar meu braço fortemente até Dahyun.
Ele passa por ela não dando à mínima e subindo às escadas comigo enquanto ainda apertava meu braço frágil.
Sua mão era grossa o bastante e forte, tenho quase certeza de que ele iria quebrar meu osso.
— Pare de fazer isso! – gritei — Isto me machuca.
Ele não parou, continuou andando comigo até um outro quarto. Desta vez era um diferente mas também ainda tinha semelhanças com o outro.
— Você ficará aqui. E se ousar sair às consequências mudaram. – disse soltando meus braços
— Eu apenas queria sair daqui, por qual motivo terei de ficar presa em um cômodo sem motivo algum?! – indago furiosa
— Sou eu quem tem controle sobre você, portanto, deve me obedecer.
Ele se aproximou de mim enquanto eu caminhava para trás, seus olhos azuis penetrantes me fizeram soluçar de medo.
— Espero não ter que te avisar sobre isso novamente.
Ele apenas se retirou do quarto me dando à ouvir mesmo de longe, o som da maçaneta se trancando.
Minha cabeça doía, mas ao mesmo tempo, eu escutava algumas vozes e não pareciam ser da minha cabeça, se pareciam com a voz do homem que acabou de me dar um enorme bronca.
— Ela não pode sair deste quarto sem alguém com ela. Isto está claro?
— Sim, senhor.
Outra dor de cabeça me fez apagar pelo chão.
•
Acordei com uma voz suave chamando por meu nome, senti dores espalhadas pelo meu corpo e um vento frio me congelar.
— Se sente melhor? – perguntou Dahyun
Eu não sabia do que ela estava falando então acenei como sim.
Um senhor estava em meu lado com uma maleta preta e um jaleco, aparência de um médico.
— O que aconteceu? – indago
O velho homem me olhou e logo direcionou seu olhar à Dahyun.
— Isto vai ser preciso. – disse
Ele finalmente abriu sua maleta sem me permitir ver o que tinha ali, tirou uma seringa e no mesmo momento, o homem dos olhos penetrantes adentrou o quarto sem expressão.
— Vocês não podem fazer isso. – tomou palavra
— Isso é para seu bem estar. Ela irá ficar muito melhor se fizermos desta maneira. – disse Dahyun
— O que vão fazer comigo?!
Ninguém me responde, então decido perguntar novamente e sem respostas. Senti meu rosto ficar vermelho de raiva me permitindo gritar furiosamente.
— Se vão fazer alguma coisa, me falem. – grito
Eles não se importaram em me dar uma resposta e logo o senhor puxou meu braço e mesmo me debatendo contra a cama, ele aplicou a seringa em minhas veias.
Eu senti a pior dor que alguém sentiria, me contorci pela cama enquanto tentava recuperar meu fôlego. Minha respiração já não estava mais funcionando e eu me via suplicando por algum oxigênio.
Meu desespero foi tão grande que eles tiveram que me segurar sobre a cama, eu perdia à consciência aos poucos e tentava evitar isto, pois quando isso acontecia, eu acordava sobre um mistério.
Minhas memórias passaram correndo por minha cabeça. Eu lembrava de cada momento importante para mim.
Me senti fraca depois que lembrei que seria à última vez em que lembraria de algo assim, que lembraria do amor que tenho por minhas meninas.
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Os Ruídos Da Noite
FanfictionHavia uma diferença grande em saber se controlar, e saber controlar o que tem dentro de si, e nada ficava fácil quando vontades sobrenaturais lhe tomavam por dentro e fora.