05

13 3 0
                                    

ROSÉ

— Você está bem? – indago

— Apenas um pouco da cabeça latejando, que bom que você me achou. – disse Lisa

Os sons das caixas de sons que estavam espalhadas pela escola invocaram a voz da diretora, avisando sobre os jogos, saímos correndo do banheiro até o campo.

À apresentação acabou e eu fui até às primeiras arquibancadas sentar até recuperar o fôlego que me faltava.

Eu parei de prestar atenção no jogo pois uma dor de cabeça me atacou, tapei meus ouvidos me derrubando no chão, por sorte, ninguém me viu.

Algo estava tomando conta de minha cabeça, uma voz estava tomando ela, a dor se intensificava mais ainda.

Demorou alguns minutos para poder passar, então me levantei e segui rumo à uma direção desconhecida.

— Aonde vai? Os jogos vão começar! – disse Jisoo

— Volto logo. – digo olhando em direção reta

Eu mal sabia para onde estava indo, apenas seguia à voz. E quando me dei conta, parei na mesma floresta perto de casa, por um momento minha memória falhou e me dei de esquecida por completo.

Eu não me lembrava como vim parar aqui, o que eu estava fazendo e  porquê logo nesta floresta. Sinto uma baque me derrubando fortemente no chão, eu não pude fechar meus olhos, pois a figura enorme em minha frente me assustava.

A minha visão embaçada não me permitia enxergar o rosto visivelmente, mas conseguia escutar sua voz rouca.

— Te achei, anjinho.

Ela me atacou e minha vista escureceu desta vez.

Levantei-me de um colchão macio, os edredons vermelho sangue não eram conhecidos, percebi estar acomodada em um quarto.

Olhei pela janela e vi o brilho do luar, às  cortinas também era vermelhas, o quarto tinha tons dourados e havia pouca iluminação.

Ao me deparar que teria chance de estar longe de casa, me assustei, fui até à porta correndo e falhei ao tentar abri-la. Em seguida fui até à janela, também estava trancada, porém não me impedia de ver a parte de fora.

Nada de onde estou parecia Shadyside, o céu estava um pouco laranja, às nuvens pretas e não me fazia ideia de onde estaria.

"Talvez seria um pesadelo,  ACORDE!!" Pensei comigo mesma.

E tudo ao meu redor era real, escutei o som da maçaneta da porta, me virei depressa com medo do que encararia.

O quarto não teria lugares para se esconder, então meu medo se fez presente.

A porta se abriu mostrando um mulher de cabelos negros, sua pele pálida, o batom vermelho nos lábios se destacava.

Ela abriu um sorriso ao me encarar, ela se aproximava de mim enquanto eu olhava pelos cantos do quarto e me veria fugindo do lugar.

— Não tenha medo, não lhe machucarei. – disse

Eu gritei por ajuda, e mesmo assim ninguém me escutou, a menina veio até mim correndo e me segurando forte enquanto me debatia.

— Ei, não vou lhe matar, me escute! – ela tentou

— Por favor, me deixe ir. – grito novamente

Ela me levou até à cama e me sentou lá.

— Me apresentarei, Sou Dahyun, e sei quem você é. Não vou lhe matar, moça, estou vindo ao seu encontro para lhe tranquilizar. – disse a menina com um tom doce

— O que vai fazer comigo? – pergunto

Ela me olhou com outra expressão, uma da qual eu não saberia decifrar.

— Apenas se garanta de que não irei lhe matar. – disse

— E onde estou?!

— No seu novo mundo.

Me engasgo com minha própria saliva, um arrepio sobre em minha pele, eu estava entrando em pânico.

— Talvez não adiante te colocar em detalhes agora, você não entenderia. Ainda está em pânico, depois pode se informar. – respondeu

— Eu preciso saber o que está acontecendo. – digo

— Tudo bem, mas digo de uma vez, acredite se quiser. – ela fez uma pausa — Vivemos em outro universo, do qual existem criaturas estranhas, acredito que lembre de quando corria pela floresta assustada. Você não corria de qualquer animal, corria de um demônio. Bem, um vampiro/demônio, ele era um metade. – pausa — Ele estava descontrolado e à procura de um humano, e você tinha o sangue perfeito para isso, todos nós sentíamos seu cheiro pela floresta. Um aroma doce perfeito para qualquer um sanguessuga.

— Mesmo assim tentávamos se controlar, logicamente ele não conseguiu, e te perseguiu, te atacou e mordeu-te teu pescoço. Sua sorte é por estar viva, pois ele lhe reviveu no mesmo momento, logicamente não foi à melhor opção, pois te trouxe para nós.

— Eu realmente não sei o que fez ele te dar à vida novamente, porém ele já fez, e o motivo de estar aqui é pela segurança de todos em seu outro mundo. Você é um problema, tem seu sangue metade vampiro/humano, você atacava cada um que lhe atraia, e sua parte humana fazia com que esquece-se dos momentos.  Então não poderia continuar solta por Shadyside, este é o motivo de estar aqui.

Mil perguntas invadiram minha cabeça, um mundo com criaturas híbridas não estava em um conto de fadas que eu queria.

Minha fala travou, eu queria poder fazer perguntas até me intalar novamente, porém eu não conseguia.

— Eu sei no que está pensando, quando poder ter direito de fala novamente, me pergunte, estarei obedecendo-lhe. Pedirei uma coisa em nome do senhor, não saia deste quarto ou do castelo, essas criaturas sentiram teu cheiro. – disse antes de partir

Os Ruídos Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora