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LISA

Arregalo meus olhos com sua frase.

— É normal. Talvez ainda esteja querendo acreditar que isso não é real, mas isso é pior. – digo enquanto levanto seu rosto para não continuar na mesma posição desconfortável

— Eu não sei o que sinto, não reconheço.  – ela diz — Eu o odiava a poucas horas.

— Rosé, o que quer dizer com isso? – levanto seu queixo, fazendo-a me olhar no fundo dos olhos.

Ela permaneceu em silêncio, e assim ficou por algum tempo.

— Senhorita, o senhor Jimin manda dizer que lhe espera em seu escritório. – diz Dahyun e se senta ao nosso lado na cama.

Rosé passa seus dedos delicados em seus olhos eliminando suas lágrimas.

Dahyun ajuda a mesma a se levantar da cama e percebo o quão fraca ela estava, além de que não deveria estar.

— Porque está tão vulnerável? – indago.

Dahyun faz expressão de desentendida e Rosé continua sem respostas, me escondia algo.

ROSÉ

Dahyun abre a porta logo me dando passagem. Adentro seu escritório vendo a figura masculina sentada na poltrona encarando meus olhos.

— Está fraca, não pode recusar completar a transformação. – ele diz

— Ainda me recuso à isso.

Foram às únicas palavras que fizeram efeito para ele começar à enlouquecer.

— Beba isso, já pensou nas consequências? Você irá morrer! – ele jogou às coisas de sua mesa diretamente no chão.

— Eu não me importo, não quero virar um monstro como vocês. – Dahyun iria interferir mas impeço.

— Saiba que eu não vou deixá-la em paz, até mesmo se morrer, farei de tudo para reencarnar sua alma, nem que seja em troca da minha.

Ele colocou um copo com o líquido vermelho na mesa, esperando qualquer tipo de reação vinda de mim.

Fraca da forma que estou, era muito fácil ceder por aquele copo e pedir por mais, porém, era isso e depois me arrepender em seguida.

Meus olhos estavam presos no líquido no copo de vidro, fechei meus olhos ao sentir o aroma doce entrar pelas minhas narinas, eu não vou fazer isso.

Sinto meu corpo amolecer e cair nos braços de dahyun, o reflexo de Jimin também fez ele chegar à tempo do meu baque no chão.

— Pegue para mim.

A partir disto, eu só escutava, mas sem fazer ideia do que eles estavam fazendo, meu consciente queria desligar.

Sinto o gosto de sangue passar pelos meus lábios e por impulso, continuo bebendo aquilo.

Os Ruídos Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora