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"Presentimentos ou sentimentos"

LISA

Hoje talvez não tenha sido um dos melhores dias, às pessoas acham que temos uma traição por trás do sumiço de Roseanne, e eu realmente não sei como podem ter está visão.

Eu não me sentia bem quando pisava meus pés naquela casa, se parecia com uma energia totalmente pesada que me desestabilizava só em pensar em Rosé.

Eram como arrepios se acendendo pelo meu corpo, um mal estar e uma forte dor de cabeça, uma visão embaçada, à noite, eram pesadelos sombrios.

Sendo assim, marquei uma consulta psicológica, isso realmente me faria bem, pelo menos era o que eu pensava. Eu tive apenas duas sessões e em nenhuma delas eu conseguia me abrir para à mulher.

Tentava pensar que ainda era recente, e eu estava no início, mas isso me dava menos encorajamento à continuar sendo escutada por alguém.

— Eu estive pensando em trocarmos de moradia, entendo que foi um bom lar, mas se permanecermos, não chegaremos longe. – disse Jennie

Jisoo não respondeu, se manteve firme olhando para a televisão, ela não se comunicava direito com nós.

Vejo a expressão agoniada de Jennie querendo uma resposta, porém com medo de persistir.

— Os pais de Rosé disseram o mesmo, ficar mais longe daqui seria bom. Trocarmos de cidade ou apenas de casa, isso seria um bom avanço. – tentou novamente

A mais velha partiu para cima da morena, eu sentia os olhos ardendo de raiva, corri para separá-las antes que algo pior acontecesse.

— SE QUISER SAIR VÁ SOZINHA! – gritou tentando enforca-la

Joguei Jisoo para o outro sofá me colocando no meio das duas.

— Devem parar com isso, está ridículo! – digo

— Eu não tenho culpa, dei apenas uma sugestão, é o melhor para nós três, mas você só quer pensar em si mesma. – Jennie apontou para Jisoo

— Você não pode decidir sobre o que devemos fazer. – disse Jisoo

— E você não pode se trancar no passado. – gritou Jennie antes de sair da sala

ROSÉ

— Deve começar à se comportar, se não quiser ser castigada. – disse Dahyun

Concordei com à cabeça, mesmo não entendendo tão certo sobre o que ela falava.

— Uma pessoa quer lhe ver, e creio que, você deve ser cientizada sobre o que irão conversar. – disse a mulher

Permaneci calada, esperando ela dar continuidade ao assunto.

— Sobre todas às expedições que já recebeu nesses dias, tem que se preparar para outra, pobre menina ingênua.

Eu vi o olhar de pena nos olhos de Dahyun, infelizmente, esses olhos deveriam ser colocados assim que pus meus pés neste lugar.

— Você está noiva, Rosé. E juro que não é por qualquer pessoa, e sim por um dos homens que você deve ter respeito! Não o trate de qualquer forma, ele não suporta grosseirias, e ainda foi muito piedoso com ti. – disse me

— Eu não faço ideia do que aconteceu comigo, e por que vou ter que viver presa neste mundo, e para piorar, estou noiva, e sabe-se lá se isto é verdade. – digo duvidando de sua fala — Eu não sei o que aconteceu comigo, eu apenas me lembro da última vez em que fechei meus olhos, não sei certas coisas sobre minha vida de uma semana atrás, não sei se eu posso estar vivendo um conto de 'falhas'.

— Sei que é bem difícil resumir o que aconteceu com você, porém, se ficar convencendo sua alma de que tudo que está acontecendo é uma mentira, isto vai piorar à situação. Você foi mordida por um demônio, o que eu poderia fazer?

— Todos às pessoas que vivem por aqui não vieram parar aqui em um passe de mágica, portanto, você não é à única que passou por isso e agora está desesperada para voltar para seu mundo normal onde tem chance de voltar novamente para cá. Existe uma regra, da qual todos tem que cumprir, e para uns "infelizmente" seguiram essa regra. Quando um humano é mordido por um vampiro, demônio, atacado por outra espécie, é sua obrigação vir para este mundo, em obrigação se casar com seu par caçador. O seu caso ocorreu por um descontrole da parte de seu predador, mas mesmo assim você teria que vir para cá.

— Não tenha medo ou pense em seu preocupar, você vai se acostumar, não importa se irá demorar, o importante é que deve ficar. – completou

E quem seria meu... Noivo? – questiono

— Ele está lhe esperando, só seguir o corredor, vai ter muitas portas, mas ele estará na última.

Obedecendo suas instruções, sai do quarto ao lado havia uma entrada que era o corredor, ele era imenso e se eu fosse um  tartaruga, demoraria pelo menos três horas para atravessá-lo.

Caminhei pelo corredor até chegar em frente à porta, com uma imensa angústia, bati uma, e duas vezes na porta.

— Entre! – ordenou a voz grossa

Abri a porta adentrando o lugar com minha cabeça baixa, eu não iria levantar o olhar, de jeito algum.

— Senti seu cheiro de longe. – disse se virando para mim — principalmente, seu medo.

Suas palavras eram para me preocupar, ou tentar me deixar tranquila? Pois ele falhou no requisito 'tranquila'.

— Olhe para mim querida, sua beleza angelical deve ser apreciada.

Permaneci calada, e mesmo assim não levantei meu rosto.

— Vejo que é difícil de lidar, não tem problema, irei te concertar da minha maneira. – disse

Virei para à porta novamente com o pensamento de sair agora do lugar, mas sou impedida com o homem correndo em minha direção tão rapidamente.

— Às coisas não vão ser do seu jeito, pequena rosa.

Os Ruídos Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora