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JENNIE

Escutei gritos do lado de fora da casa, olhei pela janela e não enxerguei nada. E logo os gritos pararam, voltei para minha cama me deixando confortavelmente, como se nada estivesse acontecendo.

Me assustei quando mais de um grito soou pela casa, e agora não era pela parte de fora. Imaginei que com os barulhos, todas já estivessem de pé, mas falhei no pensamento.

Peguei uma lanterna na gaveta de cabeceira da minha casa, e passei pela porta carregando ela em minha frente. Fui até uma das lâmpadas para acender e percebi que à luz foi cortada.

Continuei caminhando pela casa, o chão do crredor de madeira estava rangendo um barulho estranho, chego a sala percebendo estar tudo comum.

Um suspiro de alívio preencheu o lugar, voltei até meu quarto e quando estava prestes à entrar, a porta do quarto do porão se abriu, fazendo outro som esquisito me levar aos pulos.

Eu via filmes de terror o tempo todo para saber que descer às escadas não era uma opção. Então, corri para o quarto de Rosé, e me surpreendi quando não vi ela na cama.

Meu rosto estava gelando, talvez fosse ela fazendo os estranhos barulhos, mas porque no meio dá noite? Avistei uma sombra pela janela, me aproximei e vi ela no jardim.

Estava virada de costas, olhando para o chão. Especificamente ela não parecia bem, se alguém passa-se ali na altura da noite levaria um tombo de susto.

Abri à janela e logo chamei seu nome, sem respostas. À chamei novamente e ela ignorou novamente, na terceira vez, ela se virou lentamente para mim, seu rosto estava coberto por olheiras e dentes afiados.

Eu caminhei para trás, ela veio correndo em direção à janela e logo a tranquei. Dei mais passos para trás e bati em algo, paralise no momento.

— O que está fazendo no meu quarto? – perguntou à mesma

Me virei quando reconheci à voz. Ela não parecia estar com dentes afiados e principalmente sem olheiras.

— Eu não consigo dormir, sabe porquê está sem luz? – indago

— Um fio foi cortado, já ajeitei. Vá para seu quarto pois vamos acordar cedo. – disse se deitando em sua cama

Olhei para o relógio em sua cabeceira e marcava três e meia da manhã. Corri para meu quarto e me tranquei lá mesmo.

[...]

Acordei pela manhã, o sol saiu pelas janelas atravessando à cortina. Tomei m banho colocando a farda que já estava pronta em cima de minha poltrona.

Fui para à cozinha e lá encontrei todas três, saboreando o café da manhã.

— Dormiu bem? – indaga Jisoo

Afirmo com a cabeça me juntando na mesa.

— Vocês ouviram alguns gritos pela noite? – pergunto

— Não. – disse Lisa é Jisoo em uníssono

— Bem, eu escutei, mas provavelmente foi em meus sonhos, por isso não devo ter acordado. – disse Rosé

— É claro que você acordou, chegou até à conversar comigo. – digo

— Não, Jennie. Eu dormi a noite inteira, será que você também não teve um desses sonhos? – comentou Rosé

Ignorei sua pergunta concordando mentalmente. Talvez eu realmente tivesse tido um pesadelo qualquer, era apenas mais um desses que eu ando tendo últimamente.

Eles eram estranhos, sempre eram pela parte da noite, apareciam criaturas estranhas e sempre me atormentando. Eu já estava me acostumando com isso.

[...]

Acabou mais uma de nossas aulas, o sinal tocou e saímos da sala com os demais alunos indo para o intervalo.

De preferência, nós preferimos passar o tempo do intervalo sentadas nas bancadas do grande lugar com contato ao ar onde ocorria todos os jogos da escola.

Morávamos em uma cidade ao lado de várias florestas, tudo por Shadyside era tranquilo o bastante, haviam poucos abitantes mas também nunca foram uma minoria.

O clima por toda cidade sempre foi muito bom, nós não éramos os esquecidos por sermos distantes das cidades, mas também não éramos os preferidos do governo.

Também tinha à cidade de Sunyvale, era à melhor em todos os aspectos. Lá tudo era três vezes bem mais ostentador do que aqui. Éramos considerados sem graça, por sempre Sunyvale ser à melhor.

Isso nunca afetou nós por aqui, até às escolas criarem uma rivalidade fenomenal. Os alunos brigavam feito lobos, e é claro que odiavam ter contatos com Sunyvale.

Essa rivalidade só piorou quando coisas estranhas começaram à acontecer pela cidade.

Os Ruídos Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora