Os Ruídos Da Noite

17

ROSÉ

Abri meus olhos vagarosamente e uma luz clara invadia o pano fino da cortina. Olho para meu lado da cama e percebo Jimin dormir, havia um pano branco sobre sua cabeça e ele soava bastante.

Talvez estivesse doente. Pensei comigo mesma, ele abriu seus olhos lentamente me fitando acordada.

— Preciso que assuma minhas responsabilidades, não estou em um bom dia. – disse com sua voz fraca. Eu iria rebater, aliás, eu não faço à mínima ideia de quais responsabilidades ele tem pois nunca parei para perceber. Mas decidi ficar quieta, antes que ele se estressase e acabasse pior.

— Tudo bem. – disse indo em direção ao banheiro.

Tranco a porta e logo tiro meu vestido branco, encho à banheira e fico algum tempo nela antes de sair e fazer às higienes que me faltava.

Troco minha camisola branca por um vestido longo azul marinho. Ele tinha uma curva no peitoral que faziam meus seios quererem pular para fora, era acentuado na cintura e haviam mangas longas nos braços mas um pouco aberta sendo larga.

Vou até o outro lado do banheiro aonde havia um armário grande de tiaras que deveriam ser usadas por mim. Escolho uma da cor de meu vestido com detalhes dourados.

As pessoas costumavam ter um pouco do estilo medieval, era esbelto. Eu gostava, já que sempre quis saber um pouco mais sobre à época.

Saio do banheiro antes que Jimin me parasse para falar algo. Quando fecho à porta do quarto, percebo duas belas garotas que diante da minha presença, se curvaram com um sorriso.

— Estamos aqui para ajudar à senhora com seus compromissos. – diz um delas. Apenas sorrio como forma de agradecimento e enquanto ia até à sala que Jimin passava a metade do dia preso, elas me seguiam.

(...)

Confesso que hoje não foi tão bom quanto esperava, ter que assumir suas responsabilidades me fez querer largar aquela bendita caneta pois minha mão já doía de tanto escrever assinaturas.

— Por hoje foi só, Senhorita. Deve descansar. – avisou uma das damas que me acompanhava. Me levanto com sua ajuda e caminho para fora da sala.

Entro no quarto e caminho até Jimin, ele estava quase parando de soar e já parecia estar com uma temperatura boa.

— Como se sente? – indago me sentando na cama. Ele abriu os olhos e me encarou com um sorriso, não parecia um dos melhores mas parecia estranho se esforçando para isso.

— Acho que já estou ficando bem. Imagino que tenha conseguido controlar às coisas. – diz. Me levanto da cama e pego o pano que estava em sua testa e molho novamente em uma bacia pequena de água. Torço o pano e dobro ele e coloco em sua testa mais uma vez.

— Estaria longe de pensar em ver você cuidando de mim. – diz em um tom sarcástico. — Apenas não quero ficar viúva antes de passar alguns meses casada. – rebato.