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ROSÉ


Acordei pela madrugada escutando barulhos vindos do lado de fora do quarto, estranhei minhas vestis no chão mas sem demorar, às coloquei novamente em meu corpo e saí para fora do quarto.

Abracei meu corpo por conta do vento frio que estava me causando, ando pelos corredores e não percebo nenhuma presença, apenas uma janela aberta.

Vou até ela na intenção de fechá-la, mas acabo percebendo Jungkook, seguindo caminho para fora do castelo.

Me perguntava para onde ele ia, assim como nas outras noites, ele logo sumiu, é uma pena eu não saber me teletransportar para outros lugares.

Fecho à janela parando com o vento frio, porém ainda estava me arrepiando.

— O que está fazendo acordada está hora? – escuto a voz atrás de mim

Em um pulo me viro par atrás, dando-me conta de Jimin.

— Eu ainda sou uma humana. Poderia parar de dar sustos em mim. – digo passando por ele em caminho à biblioteca

— Para onde está indo? O quarto não é nesta direção. – diz vindo atrás de mim

Passo pela porta indo em direção à algum livro entre às estantes, passo meu dedo pelos livros até achar um que me chamasse à atenção.

— Acho que perdi totalmente meu sono, e preciso de uma distração. – digo indo me sentar em uma mesa

— Já é este horário deve descansar. Além do mais, é perigoso ficar acordada nesse horário.

— Eu sei, estamos no submundo, não é mesmo? Isso não convém, não precisa me fazer ficar assustada para conseguir me enfiar no quarto.

Vejo o homem irritado por insistir me levar para o quarto sair pela porta desistindo de prosseguir.

Passou-se um tempo enquanto estive aqui, já estava no meio do livro, olhei para o relógio na parede e já eram quase três dá manhã.

Fechei o livro e caminhei para à porta, até escutar barulhos enormes de gritos de dor.

Eu iria ignorar porém escutei novamente. Caminhei para mais perto, à cada passo o barulho ficava maior, passei pelas enormes estantes de livros e já nal conseguia enxergar de tão escuro que estava ficando pela falta de iluminação.

Havia uma porta, parecia estar camuflada entre às estantes. Olhei para o chão me deparando com um papel e nele escrito números.

Peguei o mesmo e minha mente gritava para insistir em tentar algo com eles.

Logo a perturbação de talvez ser os números dos livros me veio.

2009.1315

Entre todos os livros, havia um preto com os números do papel na lateral do livro.

Puxei o mesmo caindo para trás quando a porta se abriu. Eram uma trilha de escadas indo para baixo, tinham tochas nas paredes iluminando o caminho.

Segui o caminho percebendo insetos nojentos por ali, os gritos não pararam, ficaram pior.

Corri mais rápido e quando cheguei no último degrau, pudi perceber uma porta de madeira. Não parecia tão velha, e pela minha surpresa estava aberta.

Entrei no local vendo um mulher de cabelos negros presa na parede com algemas lhe segurando.

Ela estava totalmente ferrada. Sangrava bastante e tinha machucados pelo corpo inteiro. Ela me olhou com seus olhos fracos tentando dizer algo.

— Oh céus, quem fez isto com você?! – perguntei

— Seu marido, senhora. – ela disse fracamente.

Seu pulsos pareciam sangrar cada vez mais me fazendo ter ânsia de vômito.

— Porquê fez isso com você?

Ela se calou fechando seus olhos, dando gritos de sofrimento e chorando.

— Me ajude. Por favor.

Eu estava comovida com isso, porém, não sabia o que fazer. Se estava presa, tinha um motivo, eu só não sabia qual.

— O que farei para te tirar daí? Não tenho nada comigo. – digo

Escutei barulhos vindo das escadas e me surpreendi em ver uma silhueta.

— Se esconda! – ela apontou com seu rosto para à direção de um corredor.

Corri pelo corredor e entrei em uma das entradas que ele dava, assim conseguiria escutar o que falariam.


— Pode parar de gritar?! Consigo escutar de meu quarto. – jimim diz

— Não consigo, por sua culpa sinto tanta dor. – diz a mulher

Jimin jogou algo na mulher que fez ela estremecer de dor, gritando sem parar.

Aquilo me deu um arrepio até minha espinha, me fazendo soluçar por vontade de chorar, maldita hora de estar aqui.

— Antes de chegar estava conversando com alguém, quem era está pessoa. – diz

— Não tenho acesso com ninguém, o senhor mesmo sabe sobre isto.

— Minha mulher estava na biblioteca antes de começar seus berros, agora não à encontro em lugar algum. Tem certeza de que estava sozinha? – pergunta

Eu sentia muita certeza em sua fala. Puta merda, deve ter sentido meu cheiro.

Antes que ele me veja, corro pelo corredor, ele parecia não ter fim, fazendo tudo no absoluto silêncio.

Percebo uma outra porta, desta vez ela era um pouco menor. Ela era um outro corredor, mas em um quadrado que possivelmente conseguiria passar pela minha altura.

Eu era tão fina que se não coubesse ali dentro me nomearia de gorda.

Finalmente me agacho e entro dentro do corredor minúsculo. Fecho à pequena porta seguindo em diante por ali.

Conseguia ver uma luz, ela só não parecia ser tão clara. Chegando perto do fim, consigo ver gramas, flores, "estou em um jardim."

Meu pensamento vem na cabeça quando saio do buraco, me deparando  com o lado de foram do castelo.

Isso era realmente um labirinto. Entrei dentro do lugar antes que ninguém me visse.

Subi as escadas principais correndo até o quarto. Jimim ainda não estava lá, possivelmente  estaria maltratando à pobre mulher.

Me deito na cama tentando disfarçar meu nervosismo. Meu coração estava acelerando muito rápido, que coisa ridícula.

Consigo escutar vozes atrás da porta.

— Ela correu para o quarto, parecia assustada, eu diria.

— E de onde ela veio?

— Do jardim.

Após isso à porta se abriu, fechei meus olhos tentando passar impressão de que dormia.

Acalmei meu coração e nisso eu sabia disfarçar, minha respiração estava pesada e isso conserteza fez a pessoa do quarto acreditar e sair do quarto.


Os Ruídos Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora