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LISA

Meu relógio tocou informando ser seis da manhã.

Eu não queria levantar da cama pois o sol ainda nem havia raiado entre às cortinas como todos os dias.

Com dificuldades para enxergar, Sentei-me na cama procurando meu celular para fazer aquele barulho parar.

Eu não o achava em lugar algum.

— Procura isto? – a voz falou

Pisquei meus olhos fazendo minha visão voltar, parecia à mesma pessoa da noite passada.

— O que faz no meu quarto? – digo

Miro meu travesseiro nele atingindo seu rosto.

Ele tocou na tela fazendo parar o barulho.

— Saia daqui agora e devolva meu celular. – apontou para à porta

— Tenha calma, não vou lhe matar. –ele riu — Eu só quero conversar.

— Pois eu não quero. – digo

Ele parecia pensativo.

— Talvez se conversar comigo lhe dou informações de sua amiga, Rosé né? – ele fez expressão de interrogativo

— Não toque nesse assunto. – digo

— Deve estar sendo difícil para você, não poder saber onde ela está.

— Por favor, pare de falar nela. E em relação à isso, espero que ela esteja em um bom lugar, saia daqui agora. – digo mais alto

— Bem, ela está. Agora, em um bom lugar eu não prevejo muito. – disse rindo mais uma vez

Eu me perguntava do que ele estava falando, ela está morta.

— Você deve estar confusa, quer saber muita coisa, e eu também quero, só que de você. – ele apontou para mim — Se me disser coisas sobre você, posso revelar algumas coisas sobre sua amiga, e qual é o estado dela nesse momento.

— Impossível. Ela está morta! Pare de brincadeiras e saia daqui. – gritei loucamente

Jisoo apareceu no quarto e no mesmo momento o homem desapareceu.

— Porquê está gritando?! – Indaga

— Não é nada. Já vou me arrumar. – digo e ela se retira do quarto

(...)

O sinal tocou, era o intervalo. Eu passei à aula inteira pensando no ocorrido, seria bem difícil voltar à me concentrar em algo.

Peguei minha mochila e juntei meus materiais enfiando tudo de uma só vez ali, sai da sala como todos os alunos mas desta vez, indo embora.

Percebi Jennie correr atrás de mim querendo tirar uma informação.

— Para onde está indo? – perguntou

— Para casa, dá onde nunca deveria ter saído.

Sai da escola sem que nenhum professor ou diretor veja, seria meu fim se isso acontecesse.

Fui parar na diretoria três vezes esse mês, na próxima era transferência.

Começamos à ficar invisível na escola, saímos das líderes de torcida e agora não precisamos se importar com frescos de meninas.

Ao chegar em casa, joguei a mochila em qualquer lugar da casa e fui até me quarto. Sentei-me no cantinho do cômodo e desabei em lágrimas.

Os Ruídos Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora