CAPÍTULO 49

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Fico presa em um engarrafamento no meio do meu trajeto até o estúdio fotográfico e chego lá com pouco mais de uma hora de atraso, coisa que definitivamente não estava nos meus planos. Quando estou atravessando as portas giratórias do prédio gigantesco no qual o estúdio estava endereçado, digito nervosamente uma mensagem para Charles avisando que já estou subindo até o andar da nossa sessão de fotos. Eu deveria ser mais corajosa e informar diretamente para minha mãe, mas estou apreensiva; em ocasiões normais, ela já teria me ligado umas oitenta vezes perguntando o motivo de eu ainda não ter chegado, mas até agora eu não havia recebido nada além de seu silêncio – o que me deixava ansiosa e sem saber qual reação esperar.

Levo minha mão até o pingente da palheta de guitarra em meu pescoço, a inscrição das iniciais "A+Z" sob a pele dos meus dedos me trazendo um conforto que é mais do que bem vindo nesse momento. Ergo o olhar da tela do telefone para procurar pelo elevador e quase me assusto ao ver Zaden de pé ao lado das portas duplas de metal, parado enquanto checa o relógio em seu pulso. Quando estou abrindo a boca para chamá-lo, ele levanta a cabeça e seus olhos encontram os meus tão rapidamente que é quase como se fôssemos ímãs inevitavelmente atraídos um pelo outro. Apesar de estar uma pilha de nervos, o sorriso que se abre em meu rosto ao caminhar na direção dele é involuntário.

— Mas que sorrisão é esse aí? — ele perguntou, vindo ao meu encontro com os cantos da boca se erguendo para moldar seu próprio sorriso. — Por acaso tem alguma fofoca quente para me contar?

Eu ri, balançando a cabeça negativamente, ainda sorrindo quando Zaden envolveu meu rosto com as duas mãos e me cumprimentou com um beijo suave nos lábios. Fiquei um pouco chateada por ter descoberto através de Bryan e Peter que ele estava organizando um plano mirabolante para me colocar de volta na apresentação do Festival de Arte do Instituto – ainda mais depois de eu ter pedido para que não se envolvesse, – mas a verdade era que eu não tinha a força de vontade necessária para ficar brava com Zaden. Em outro momento eu conversaria com ele. Agora, no entanto, eu preferia continuar beijando-o.

— Hmmm — ele murmurou, erguendo meu queixo para que pudesse me beijar outra vez. — Eu simplesmente adoro quando você está de bom humor. Algum motivo especial para essa recepção tão calorosa? Não que eu esteja reclamando, é claro. Só não estou acostumado.

— Nenhum motivo. Só estou feliz de te ver — admiti, quando ele pegou a bolsa que eu estava segurando e estendeu a mão para que eu entrelaçasse meus dedos nos dele. Apoiei minha cabeça em seu ombro, deixando que meu corpo pendesse para o seu lado. — Você estava me esperando aqui embaixo? — pergunto, e Zaden balança a cabeça afirmativamente, esticando o braço para apertar o botão do elevador. — Desculpa por demorar tanto. Eu peguei um tremendo engarrafamento pra chegar aqui. Mamãe deve estar subindo pelas paredes por causa do meu atraso.

Ma belle, você não precisa se desculpar. Não é sua culpa que o trânsito esteja uma merda. Se eu soubesse, teria ido buscar você para que não tivesse vindo sozinha — ele disse, no instante em que as portas do elevador se abriram para que nós entrássemos. Já dentro da cabine, Zaden apertou o botão da cobertura, o andar no qual o estúdio se localizava. — E sobre a sua mãe, bem... Digamos que ela ainda não começou a subir pelas paredes, mas está bem perto disso.

Suspiros de uma garota nem um pouco interessada em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora