capítulo 31

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Cada vez que Lily se recusa a sofre, ela se tranca, volta mais fria e mais sistemática, então cada vez mais ela perde a sensação de sentimentos. Ela ficou três dias debaixo da terra chorando. Então quando voltou não ia mais sofrer por mais um trauma.

    Existe uma likyzinha dentro de Lily, que é inseguro, chorão e indefeso. Ela sempre acalma essa pequena Lily. Cuida como sempre cuidou. A pega no colo e a faz pensar que o mundo e dela. E todas as vezes que a Lily entrega tudo a pequena lily ela fica mais fria com o mundo que a fez sofrer. Por isso ela está assim. Por isso Damon parece desolado. Por isso que ela nunca vai deixar mais se auto sabotar.

— Não vai ter uma cesariana. — Damon diz.

— É seguro.

— É mortal! — Ele diz e Lily o encara — Você pode morrer se cometerem um erro.

— Então seria minha vingança contra você. — Ela diz e Damon quase quer gritar com ela.

— Qual é o problema? Está com raiva porque ele está chutando você?

— Eu estou com ódio. — ela diz em uma entonação séria. — Odeio você, odeio essa cidade, odeio que você tenha me engravidado e ido atrás de mim. Odeio que você me trate bem mas você não está sendo sincero. Odeio tudo isso. Então sim. Eu estou com Ódio.

— Mas ele não tem culpa. Antecipar o parto pode fazer mal-

— Já se perguntou o que realmente me faz mal? — lily diz sorrindo — Eu não estou bem, eu sou uma mulher que odiou desde que entendeu que mulheres são desprezadas depois de terem filhos, se forem filhos que o marido não quer pior ainda. Cresci, vendo minha mãe me colocar de lado porque meu pai me dava atenção era de Lua.

— Mas eu não sou seu pai.

— E eu não sou minha mãe, não sou sua mãe. — ela diz — Porque eu não vou ser mãe.

— Onde estava?

— Pensando.

— Onde?

— Debaixo da terra.

— Por que?

— Por que é lá que pessoas mortas ficam. — Isso o matou.

— Você não parece bem. — Damon se aproximou.

— Eu estou bem. Apenas de não dormir, de carregar seu filho e não ser amada ou notada a vida toda, eu estou bem. — Ela não estava bem.

  LILY não fala muito, não fala sobre si mesma. Então ela perdeu algo pior do que a Lily.

— Vamos Sentar. — Lily o encarou. — Eu estou preocupado com você lily.

— Está preocupado com seu filho. Se eu não estivesse com ele, você estaria me humilhando ela milionésima vez.

— Eu estou preocupado com você. — ele repetiu.

   LILY mordeu o lábio e foi até ele, ele a levou até o sofá, os dois sentaram e ali seria a última chance, a última conversa deles. Porque não era sobre ódio, era sobre confusão, porque Damon estava em dúvida se era por seu filho ou por ela. E lily em dívida se era ela que estava falando ou a mãe do bebê.

— Por que sumiu.

— Vai começar assim?

— Ok, vamos começar com o importante. — Ele diz encarando ela — por que está brava.

— Por que...— Ela olha pra barriga — porque eu disse que odiava esse bebê, eu disse que ele não deveria estar ali. Mas não consigo mais não me sentir culpada por isso. Estou brava porque você me fez me importar com ele, porque ele é só um bebê que eu fui e se eu for embora, vou ser como meu pai.

— E você não quer ser como ele...— Damon diz pra si mesmo. — Está brava porque se importa com ele.

— Estou brava de verdade porque você mobilizou equipes de busca por mim sendo que eu estava bem. Que você age como se importasse mas quando eu volto você me chama de puta. Me chamou de mostro na última vez. E só vai decaindo. — Ela parece não se importar mas as mãos estão tremendo.

Os olhos nunca mentem. Se você é feliz, eles brilham. Se você está triste, eles se apagam. Se você está com raiva, eles ficam sombrios. Se você está apaixonado, eles se encantam.
   Damon sabia disso porque nesse momento os olhos de estavam apagados, sem vida ou sentido.

— Sinto muito por mais cedo. — Ele diz.

— Não adianta. Se você quebra uma janela de vidro ou você troca ou você fica com ela quebrada. — LILY não está olhando pra ele.

   Se olhar, vai querer perdoar, vai querer ficar bem com ele. Porque ela precisa de uma âncora. Mas não pode ser Damon.

— Vamos dizer tudo então, porque está tão magoada a ponto de chorar na minha frente? Por que não quer ter o bebê e porque devemos sempre viver assim?

    LILY suspira, não quer contar, mas vai, porque talvez assim ela se sinta livre de novo. Por que agora ela está devastada.

— Eu não posso desfazer isso. Nada disso.

— O que?

— Eu não posso concerta você, não posso concertar a morte da Winter. — Ela diz desesperada — não posso concertar as coisas que eu disse a você e não posso salvar o Will. Não posso concertar nada que eu fiz. Nenhuma das minhas ações cega por ódio!

— Lily...

— Eu...não posso me concertar mais Damon, não dá mais. Eu já dei tudo a pequena Lily. Já cuidei dela até o último, não consigo mais. Se não consigo fazer isso como pode me pedir pra ficar aqui? Como pode me pedir pra ser a mãe que a sua mãe não foi? Que a minha não foi? Somos erros!

— Não somos pelo amor de Deus, você só tem que acreditar em mim.

— Estou cansada disso. — ela diz olhando pra ele — Eu tenho vinte e três anos e vou parir um bebê seu. Seu! Sabe o que isso fez com a minha cabeça. Você me deixou cega, me deixou sozinha.

    Ele puxou lily de um jeito atrevido e colocou ela no colo dele. Ele já viu isso, vezes e vezes a fim. Por que ele já passou por isso, a diferença entre os dois. É que Lily era uma garotinha marrenta que não cresceu do jeito certo. E Damon era um péssimo adulto que cresceu rápido demais.

— Vai ficar tudo bem. Se quiser vai ficar tudo bem. Vai poder explodir todos meus carros vai poder explodir a cidade. Mas não chore mais na minha frente, me faz parece um monstro pior que eu já sou.

— Vai me deixar explodir seu Mustang? — ele fechou os olhos dela.

— Vou.

— Nossa. Quem é você e o que fez com Damon Torrance?

— Ele se perdeu. Uns dias atrás quando a mãe do filho dele foi dá um passeio e não voltou. — Ele diz sentindo o peso da responsabilidade que acabou de tomar.

— Que mulherzinha mais desgraçada!.
   

I'm back to hellOnde histórias criam vida. Descubra agora