I'm back to hell

capítulo 46

DAMON

Minha garganta está fechando cada vez. Eu estou morrendo merda. Talvez seja aquelas porcarias de novo. Merda. Não quero chorar. Acorda pra vida caralho!
Dois dois socos em mim mesmo. Mas não passa. Minhas mãos estão tão trêmulas que não consigo nem sequer levantar, preciso de ar mas parece que sugaram tudo que mandaram Damon pro inferno. Merda...

Que saco, me odeio, as vezes gostaria de não ser pai, não agora.. as vezes eu talvez devesse matar com um tiro na cabeça e tentar na próxima viva. Outra eu penso que sou um filho da puta que mesmo depois de acabar com a cabeça e o sistema emocional de alguém ainda quer que ela fique comigo. Merda... Quero muito que alguém me bata.

" Damon...? " droga...

- Oi...- digo quase não conseguindo.

" está tudo bem cara? Sua voz não está boa."

- Não. Acho que não estou bem Will. - Digo escorregando até o chão. - Puta que pariu..

Um chute e minha porta está arreganhada, Will vem até mim segura meu rosto e suspira.

- Que porra? Está passando mal...- Ele tenta me por de pé.

Acho que não quero levantar, quero ficar aqui deixar meu corpo morrer. Porque a Lily não está acordando, porque não estou dormindo porque meu filho está ficando doente. Porque eu estou ficando doente.

- Ela vai morrer Will. - Digo mordendo o lábio - Ela vai acordar...

- Para com essa porra. Nem parece você. - Ele diz puto.

- Talvez seja porque eu não estou no controle. - Digo com escárnio - eu praticamente empurrei ela pra tudo isso né?

- Para com isso. Autopiedade agora? Acorda. Se acha isso deveria ficar com Lily...não se trancar no banheiro e quase morrer. - ele diz.

- Eu não quero. É sufocante. - Digo sentindo meus olhos vazaram. - Que?

- Porra...

Eu não choro, tipo há anos. Tipo muitos anos... Então se eu estou...

- não. Não...Will me tire desse hospital agora...

- Só porque está chorando?

- Não porque talvez eu faça algo horrível. - Digo lembrando. - Ou morra.

- Para com essa merda. - Ele da um tapa no meu rosto - acorda merda. Estou dizendo isso a você porque você é meu melhor amigo e está na fossa.

- Fossa é seu cu.

- Presta atenção Damon. - ele segura meu rosto - quantas vezes você já passou por coisas assim?

- Sei lá...Lily que sabe, ela conta e gosta de jogar na minha cara. - Digo.

- Quando você fez quinze anos. O que você fez?

- Enchi a cara e acordei na casa do Michael. - Digo.

- Não. você está errado. - ele me olha - você acordou no quarto da Lily. Para sua sorte ela estava viajando com a mãe.

Lembro...porra. Michael quase me socou como um saco de areia.

- Onde quer chegar? - Digo me pondo de pé.

- Você gosta dela desde de sempre né? - era isso? Só isso?

- Já disse que nossa relação...

- Você levou ela para ver a casa da árvore no aniversário de sete anos dela. - Travo no caminho como ele sabe? - Porque o pai dela esqueceu que eram dois filhos...

- como?

- Então aconteceu alguma coisa aquele dia. Você prendeu ela. - Ele diz - não realmente, mas prendeu ela.

- Não prendi ninguém. - Digo. - só dei um escape pra vida lixo dela.

- Ser uma péssima filha não foi o melhor conselho...- Lavo meu rosto. - Obcecado. Você ficou Obcecado. Não foi pela Winter, foi pelo efeito que ela tinha já Lily. Levou a Winter na casa da árvore porque queria ver se ela realmente era doida.

Encaro meu reflexo no espelho. Sim eu fiz isso. Eu chamei a Winter, eu briguei com a Lily, fiz ela sentir raiva queria que ela subisse lá e surtasse. Mas a Lily não é assim. Então ela fez pior, ela acabou com todos os adultos ali e mandou o mundo a merda. Acho que foi depois desse dia que não nos falamos mais. Depois ela só me ajudava mas de algum jeito ela sempre parecia pronta pra me ajudar. Mas me odiava.

- Onde quer chegar Will?

- O que você quer dela. De verdade? - Ele se aproxima - você está com dois tipos de olhares esses dias. Arrependimento e medo. O que te faz tremer D?

- Ela morrer. - Digo. Não vou mentir - me deixar sozinho.

-- Só isso? Não quer ficar sozinho?

- O que você quer que eu diga Will?

- A verdade. Você está com ela escrita na testa mas quero ouvir de você. O que te assusta tanto a ponto de tremer D?

Fecho as mãos em punho e soco o espelho com meu reflexo, minhas mãos estão tremendo mas a dor nem me afeta. Vamos ser sinceros. Eu estou surtando as três da manhã porque sinto falta dela... preciso da Lily.

- Quando eu era criança, fui ver os recém nascidos. Lily, Trevor e Rika. - digo - minha mãe tinha dito que eu não poderia nunca pegar uma da meninas...

" Então quando os adultos estavam na sala de estar com Rika e Trevor, eu fui dar um passeio pelo corredor. Achei uma porta aberta e tinha cheiro de bebê e barulho de bebês. Assim que entrei senti um pouco de pena do bebê. Me aproximei abri a janela e menina me encarava como se eu fosse um Deus. Eu gostei. Mas gostei mais de quando ela segurou meus dedos e não tirou os olhos de mim por um segundo. Se minha mãe tinha dito para eu não pegar os bebês na sala. Eu poderia pegar ela. Afinal...ela era uma criança descartada.

Depois disso eu sempre ia nos Crist com minha mãe. Dizia que queria fazer amizade com Michael mas...eu ia para o quarto da Lily, eu era Obcecado em ver que tipo de careta ela ficaria com medo. O problema começou quando eu comecei a não ligar se minha mãe ficava brava com eu ter pego ela no colo ou ela vidrar em mim. Eu fazia tanto que me bater não adiantava. Desde de então eu sempre fui Obcecado em estar perto da Lily, não sei Apartir de que momento ser odiado por ela era mais importante do que simplesmente ignorar ela. Se eu fosse odiado ela sempre estaria comeu rosto na cabeça. Levei a Winter lá de raiva. Como ela pode ficar sorrindo para minha mãe. Até então Lily era um anjo. Depois de tudo ela ficou totalmente fora de controle. E eu adorava ver ela com raiva. Eu seria mandado pro inferno por milhões de vezes só pra ver ela com raiva todos o dias. Eu comecei a sentir raiva quando ela começou a ficar bonita. Quando vira latas se aproximavam com ratos. Amassei todos de tanto bater. Tinha raiva de como ela aceitava que um merdinha a chamasse pra sair. Odiei Will por ser proximo a ela..."

- Você é maluco. - ele refuta.

- Eu sou obcecado por ela. Não com ela. Por ela. - fazia tudo por atenção.

- Você é apaixonado por ela desde que ela era um bebê. É bizarro. Viveram um inferno porque você não sabe demonstrar amor.

- Esquece. - digo - tenho que ir pra casa. Ver meu filho doente e descansar.

Spoiler do próximo cap....

Treta pesada... Briga e caos!