capítulo 36

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LILY

Dou um beijinho em Ivar e fecho a porta, vou para meu quarto e abro meu closet e coloco minha roupas! Adeus roupas largar. Ivar já tem quase um aninho então, Damon já pode cuidar dele sem me encher o saco pra dar leite pra ele.
    Coloco meus coturnos e meu moletom, pego minha mochila, coloco minha máscara ali dentro, desço as escadas como se não estivesse fugindo de casa. Abro a saída de emergência e desço rapidamente, vou para o estacionamento, pego a moto e saio.

     Olho no relógio e vejo que está quase na hora. Vou para o farol no ponto mais escuro da cidade. Deixo a moto por ali, entro e noto que o cheiro de ferrugem continuar tóxico. Vou até o porão, abro uma estrada atrás da caixa de eletricidade, entro fecho novamente. Ligo a lanterna e finalmente.

— Olá túneis! — Digo.

    Observo que as paredes continuam intocáveis, desço um rampa, demoro um minuto pra sentir a falta de vida nesse lugar, viro a esquerda e sigo em frente, paro dentes a três fendas, uma com vendo provavelmente vai parar na enseada baixa da praia, a da esquerda provavelmente vai parar próximo da floresta então a do meio.
    Sigo pela central. Ela é mais fácil de entrar e mais alta então posso andar por ela sem problemas, levanto olhar e ouço barulhos de trilhos. Estação de trem, ótimo.   Ando mais rápido, viro a direita e mais uma vez, até seguir mais para baixo, e vida para a esquerda. Duas entrada eu eu sigo pela mais baixo, fico de quatro e entro nela.
    Cheiro de ferrugem toma meu nariz cheguei. Olho no relógio, duas horas pra chegar, sigo pela escadas subo mais um pouco e vou para cima. Subo as escadas e por fim! O parque the cove. Subo na torre de comunicação e sento na cadeira, velha e cheia de pó, observo a vista de cima, eu vinha aqui sempre. Com will, as vezes com Banks, mas sempre na maioria das vezes com a Lily, no caso eu. Tiro o laptop da mochila e abro. Ligo o sistema e coloco o código de acesso. 3.2.1!

Faz quase um ano Will...

  Nada absolutamente nada. Então vou só deixar um aviso.

* Acho bom você aparecer o quanto antes. Posso muito bem ficar louca e entrar onde está e te esfolar vivo*

Envio e quando vou fechar a programa.

* Eu tive o bebê. E eu não sei o que você acha que pode provar ficando aí. Eu adoraria que você voltasse. Preciso de você. Muito mesmo. *

Fecho o laptop e me jogo contra a cadeira, fecho os olhos e sinto a maldita vontade de abrir minha boca. Mas não posso, não posso mais ficar esperando um mostro novo todas as vezes que me sentir mal.
   Mesmo dizendo isso:

— Querem me comer? — Pergunto. — Devore meus sonhos e desejos.

    Vovó Grayson me ensinou que quando eu estivesse sozinha e não quisesse ficar sozinha eu poderia fazer um feitiço onde eu jamais ficaria sozinha, onde você atrai o que sua alma reflete. Ela deveria dizer que eu tenho almo do diabo porque só apareceu monstro em toda minha vida.

   Era só um jeito bonitinho de dizer que ser doente da cabeça é normal.

    Então aí está. É quase um realidade desejada, onde eu sei, meus olhos estão fechados, mas posso ver tudo. É demência alucinógena.  Eu sei. Eu sei que é. Mas pelo menos agora, eu posse ver cores. Todas.

— Ninguém? —  Suspiro.

     Sinto uma sombra tomar minhas pernas, isso é novo, uma sombra. Encaro ela, ela sobe pelas minhas pernas e vejo quando para no meu colo. Então entra dentro da minha barriga, a dor é horrível, nojenta e mortal. Quase real. Quase asquerosa. Mas em segundos não sinto mais nada. Na minha cabeça, dentro dela existe mais de um milhão de motivos pra fazer tudo que eu já fiz na vida.

I'm back to hellOnde histórias criam vida. Descubra agora