capítulo 21

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LILY

Por mais odioso que seja admitir eu não me sinto tão mal em dizer certas coisas em voz alta como tudo. E ele sabe tanto quanto eu que não somos pessoas boazinhas. Somos maus, machucamos pessoas e isso é horrível. Mas não ha nada que possamos fazer. Estamos aqui graças a isso.

— Saia de cima de mim. — Digo tentando manter minha dignidade intacta.

— se ouvirem vão achar que eu estou forçando você a ficar nisso. — ele diz como se fosse o vencedor por aqui.

— Não está? — Digo me forçando muito.

— Não. Eu quero saber como seu sistema funciona. Uma hora você me odeia que prefere cair da escada e na outra invade minha casa na noite mais bem vigiada e me salva. Detalhe! Você ficou. E posso chutar com toda certeza que foi no meu closet e achou o que estava procurando próximo a meus moletons e blusas de inverno. 

Não vou responder a isso. Ele é um idiota deveria só ter me dado isso. Não deveria ter pegado, não deveria ter roubado minha máscara. Me viro pra trás, já que não tem mais uma agulha dentro de mim vou embora, me levanto e ele me agarra, o que ele quer? Já disse que não quero mais brincar de nada.

— O que você quer de verdade Damon? — Me viro, não aguento.

— Não sei, você parece saber. — ele diz sorrindo.

— Claro. Você quer que eu peça desculpas, quer que eu fique aqui, quer eu ajude vocês, porque você sabe mais do que ninguém que não consegue. Não sem mim. — Vejo sua expressão endurecer e ele me olhar como se fosse me comer.

— Idai? — ele nem nega mais. — O que vai fazer agora que sabe disso. Vai deixa seu irmão e sua amiga se foderem por causa desse ódio por mim?

— Banks foi criada por você. Eu por Michael, existe uma única diferença aqui Damon. — digo e ele espera — Eu não amo você e não sou amiga dos cavaleiros.

— Você tem cérebro ainda depois da queda? — ele pergunta — Não percebeu? Você está tão trancada nessa cabeça maldosa que não percebeu?

— Percebi? — Agora estou confusa.

— É você que está me agarrando. — Olho pra minha mão, está no braço dele. Que porra? — estava me agarrando na minha casa, estava me agarrando quando me jogou pela janela. O que foi Lily?

— O que foi o que? — estou um pouco confusa.

— Qual é sua maior necessidade Lily? — me nego a pensar, não preciso de nada. — Afeto.

     Sinto uma leve ânsia de vômito, não preciso de afeto, preciso de peça, pelo menos isso meu pai me ensinou bem.

— Não preciso disso. — digo soltando minha mão.

— Não? Se não precisa de afeto, procura rancor. Tenho uma teoria, você se enche do que não tem. — Encontro seu olhar, o que ele quer?

    Eu vivi assim até hoje, eu levei a merda de uma vida lixo por isso. Eu não preciso que uma pessoa pior que eu me diga isso.

— O que eu não tenho Damon. Estou completamente curiosa agora?

— Vamos começar com o senso? — Solto um riso. Esse imbecil. — Mas estou falando sério Lúcifer. Se tivesse senso não chamaria atenção, não me procuraria e não me odiaria porque saberia que não vale a pena.

I'm back to hellOnde histórias criam vida. Descubra agora