Quando derrotamos os elfos, a caverna estava livre para entrarmos. Senti meu coração se acelerar quando a adrenalina passou, eu estava com medo, mas não podia desistir.
Entrar na caverna foi uma sensação aterrorizante. A escuridão parecia que engolia todo o som e o silêncio era ensurdecedor. Todos nós nos mantivemos alerta enquanto caminhávamos, nossas armas empunhadas e prontas para atacar."Não sei se quero ir mais longe", disse Aiden, sua voz um sussurro em meio ao silêncio. "Este lugar é assustador demais."
"Acalme-se, Aiden", respondeu Lirien com uma voz calma e tranquilizadora. "Estamos aqui para completar nossa missão. Não podemos desistir agora."
"Talvez devêssemos iluminar o caminho", sugeriu Nara. "Tenho certeza de que temos alguma tocha por aqui em algum lugar."
"Ótima ideia", concordei. "Vou pegar uma."
Andei cautelosamente para uma pilha de suprimentos que tínhamos trazido, procurando uma tocha. A escuridão parecia que me engolia, e por um momento senti como se algo estivesse me observando.
"Arin, está tudo bem?", perguntou Aiden em um sussurro preocupado.
"Sim, sim, está tudo bem", respondi rapidamente, pegando uma tocha e acendendo-a.
A luz da tocha revelou o caminho à nossa frente, mas ainda assim, o medo permanecia. Continuamos avançando com cautela, olhando para cada canto e escutando cada som.
"Não parece que alguém esteve aqui por um tempo", comentou Nara.
"Mas algo aconteceu aqui", disse Lirien, analisando o chão. "Olhem para essas marcas no chão. São de algo arrastando um objeto pesado."
"Provavelmente a relíquia que estamos procurando", supus.
"Andem com cuidado", alertou Aiden. "Não sabemos o que podemos encontrar aqui."
Concordei com ele, andando com cuidado e atenção, verificando cada canto e escuta. A tensão era palpável, e todos estávamos em alerta máximo.
Estávamos todos parados na escuridão total, com apenas a luz das tochas para guiar o caminho. Eu estava completamente tenso, me perguntando o que poderia estar escondido nas sombras da caverna. De repente, minha tocha se apaga, e eu grito em choque.“Minha tocha se apagou!”, eu grito para os outros.
“Acenda-a novamente, Arin”, Lirien responde, com sua voz firme.
Mas antes que eu possa reacender minha tocha, a caverna começa a brilhar com uma luz misteriosa. Olho ao me redor, a procura dos guardiões. Não vejo ninguém, pra onde eles podem ter ido? Eu penso, mas não posso acha-los. Continuo a procurar, mas quando me viro de costas, começo a ver Madame Clarice em minha frente, me dizendo as palavras mais terríveis que eu já ouvi em toda a minha vida.
“Você sempre foi um fardo para todos ao seu redor, Arin. Ninguém nunca te amou de verdade, e você sempre esteve sozinho”, disse Madame Clarice, com sua voz sinistra.
Eu começo a entrar em pânico. Como ela sabia todas essas coisas sobre mim? Eu não consigo me mover, como se estivesse preso no lugar.
“Não é verdade”, eu murmuro, tentando lutar contra as palavras dela. “Eu tenho amigos, pessoas que se importam comigo.”
Mas as palavras dela continuam me machucando, penetrando em meu coração como uma faca. Eu começo a tremer, sentindo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.
“Você é fraco, Arin. Sempre foi. Você nunca será capaz de salvar ninguém”, ela continua, como se fosse uma voz dentro da minha cabeça.
Eu começo a gritar em desespero, tentando lutar contra as palavras dela. Mas, de repente, a luz da minha tocha se acende novamente, e a figura de Madame Clarice desaparece. E eu volto a conseguir ver os outros, ainda tremendo de medo.
“O que aconteceu com você, Arin?” Lirien pergunta, com uma expressão preocupada em seu rosto.
Eu olho para eles, ainda sentindo a dor das palavras de Madame Clarice. “Foi uma alucinação”, eu digo, minha voz vacilante. “A caverna deve estar nos afetando de alguma forma.”
Lirien balança a cabeça, parecendo tão assustada quanto eu me sentia. “Devemos ter cuidado a partir de agora. Não sabemos o que mais essa caverna pode nos fazer ver”, ela diz, sua voz ainda firme apesar de sua preocupação.
Nós continuamos a caminhar pela caverna, com muito mais cautela do que antes. Eu tento colocar as palavras de Madame Clarice fora de minha mente, mas elas continuam a assombrar-me, como se fossem verdadeiras.
Eu ainda estava tentando entender o que havia acontecido comigo, quando ouvi um grito de pânico. Olhei ao meu redor e vi que Aiden estava caído no chão, chorando e gritando. Corri até ele e tentei ajudar."Aiden, o que está acontecendo? O que você está vendo?", perguntei, desesperado.
Ele balançou a cabeça, tentando se livrar daquela visão terrível. "Eu...eu não sei. Eu não posso...não posso aguentar isso", ele respondeu, as lágrimas ainda escorrendo pelo seu rosto.
Eu não sabia o que fazer, mas sabia que precisava ajudá-lo a sair daquela alucinação. Tentei puxá-lo para cima, mas ele resistiu, como se algo o estivesse puxando para baixo.
"Você precisa lutar contra isso, Aiden. Isso não é real, é apenas uma ilusão da caverna", eu disse, tentando acalmá-lo.
Ele finalmente pareceu se concentrar em mim e conseguiu se levantar. Ofegante, ele me olhou nos olhos e disse: "Obrigado, Arin. Obrigado por estar aqui comigo". Ele me abraça, bem forte. Tão forte que sinto seu coração bater, com muita velocidade. Mas abraço-o de volta. Senti um alívio enorme ao vê-lo voltar ao normal.
Nós saímos daquele momento de horror e confusão, e começamos a tentar nos acalmar e nos concentrar novamente em nossa missão. Depois de alguns minutos, Aiden e eu conseguimos explicar para os outros o que havia acontecido conosco na caverna, e eles ficaram preocupados com o que poderia estar por vir."O que podemos esperar pela frente?", perguntou Nara, sua voz um pouco trêmula.
"Não sabemos ao certo", respondeu Lirien, a voz firme e determinada. "Mas devemos continuar avançando e procurar pela Relíquia".
Continuamos andando, sentindo a temperatura da caverna aumentar absurdamente. Eu estava começando a transpirar, e respirar estava se tornando mais difícil conforme nos aproximavamos. Mas seguimos em frente, até que finalmente encontramos a sala onde a Relíquia estava guardada
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Os Guardiões do Destino
Fantasy| História Concluída A profecia foi lançada e a jornada começou. Arin, um jovem garoto órfão, descobre que é um dos cinco guardiões destinados a proteger o reino de Eldrid. Juntos, eles precisam encontrar as relíquias mágicas que mantêm o equilíbri...