Eu acordei cedo, sentindo a empunhadura da Fagulha Flamejante em minha mão. A sensação era tão real que por um momento eu quase acreditei que o sonho terrível que tive não era apenas um pesadelo. Mas eu sacudi a cabeça, tentando expulsar as imagens assustadoras de minha mente. Nós tínhamos uma missão a cumprir.
Levantei-me da cama e olhei para os outros Guardiões, ainda dormindo. Decidi deixá-los descansar um pouco mais, então saí do quarto silenciosamente e fui para fora. O ar estava fresco e agradável, e eu pude sentir o cheiro da natureza ao meu redor. Eu respirei fundo, tentando me acalmar.
Enquanto caminhava pela estrada, meus pensamentos foram para a próxima relíquia que precisávamos recuperar. Lirien havia nos informado que teríamos que ir para uma antiga fortaleza no reino de Alberon, e que o caminho seria longo e difícil. Eu sabia que teríamos que nos preparar adequadamente para a jornada que estava por vir.
De repente, algo chamou minha atenção. Eu olhei para cima e vi um céu azul claro, com nuvens brancas flutuando pacificamente. Então, eu vi algo ainda mais surpreendente: um lindo bosque de cerejeiras cor de rosa.
"Uau", eu disse para mim mesmo, sem acreditar no que estava vendo. "Isso é incrível."
Eu corri de volta para o quarto dos Guardiões para acordá-los e levá-los para ver aquela maravilha da natureza. Quando chegamos lá, ficamos sem palavras. As árvores eram tão lindas que pareciam ter saído de um conto de fadas.
"Eu nunca vi nada tão bonito em toda a minha vida", disse Nara, maravilhada.
"É como se estivéssemos em outro mundo", disse Rurik, admirado.
Lirien sorriu. "Este é o Bosque das Cerejeiras", ela disse. "As árvores de cerejeira são um símbolo de esperança e renovação. Acredita-se que aqueles que caminham por esse bosque recebem uma nova energia para enfrentar os desafios da vida."
Eu olhei para a Fagulha Flamejante em minha mão, pensando na responsabilidade que havia sido colocada em nossas mãos. Mas, olhando para aquele bosque, senti um fio de esperança se instalar em meu coração. Talvez, com a ajuda daquele lugar mágico, pudéssemos ter a força necessária para cumprir nossa missão.
Enquanto caminhávamos pelo bosque de cerejeiras, eu sentia uma sensação de paz e tranquilidade que não havia sentido desde que iniciamos a busca pelas relíquias. O cheiro das flores era doce e suave, e o sol iluminava suavemente o caminho a nossa frente. Mas eu sabia que não podíamos nos deixar levar pelo encanto do bosque, afinal, o destino do mundo estava em nossas mãos.
Nós continuamos caminhando até chegarmos a um pequeno lago cercado por árvores frondosas. A água era cristalina e refletia a beleza do bosque à sua volta. Nós paramos para descansar um pouco.
Estávamos no meio do bosque das cerejeiras, aproveitando a brisa fresca e admirando as árvores cor de rosa. Depois de todo o caos dos últimos dias, era bom ter um momento de paz e tranquilidade. Lirien nos guiava pelo caminho, mas desta vez ela estava mais relaxada e permitiu que andássemos mais devagar.
Nara pegou um punhado de flores das árvores e entregou para Aiden, que sorriu agradecido. Rurik estava contando uma piada, enquanto Lirien falava sobre a próxima relíquia. Eu estava prestando atenção em tudo, mas minha mente estava divagando. Eu estava pensando em como a vida pode ser engraçada às vezes. Há uma semana, eu era apenas um órfão sem um lugar para chamar de lar, e agora eu estava andando ao lado de guerreiros lendários em busca de relíquias mágicas.
De repente, um som agudo e assustador quebrou o silêncio do bosque. Todos olhamos em volta, tentando descobrir de onde vinha o som. Lirien foi a primeira a perceber a presença dos goblins.
"Preparem-se!" ela gritou, sacando sua espada.
Cinco goblins surgiram do meio das árvores, armados com lanças e machados. Eles eram baixinhos e verdes, com olhos vermelhos e dentes pontiagudos. Rurik e Aiden se posicionaram na frente, prontos para lutar. Nara ficou ao meu lado, segurando seu arco. Eu não sabia o que fazer. Nunca havia lutado contra nada antes."Arin, não fique aí parado!" gritou Rurik, atacando um dos goblins.
Eu acordei para a realidade e sacudi a cabeça. Eu precisava ajudar meus amigos. Meus dedos formigavam e eu sabia o que fazer. Eu precisava usar Fagulha Flamejante. Eu podia sentir que usando ela, minha magia estava aumentando, e ao mesmo tempo sendo canalizada. Eu sabia que a exaustão não seria mais um problema. Fechei os olhos e me concentrei, sentindo o calor se espalhar pelas minhas mãos.Quando abri os olhos, uma bola de fogo saiu das minhas mãos e atingiu um dos goblins em cheio. Ele gritou de dor e caiu no chão, em chamas. Eu nunca tinha sentido tanta adrenalina antes. Era assustador e empolgante ao mesmo tempo.
Os outros goblins avançaram, mas nossos amigos estavam lidando bem com eles. Rurik acertou um com seu machado, enquanto Aiden desviava dos ataques com sua espada. Nara estava mirando cuidadosamente seus tiros de arco.
"Vamos acabar com isso!" gritou Lirien, avançando para ajudar Rurik.
Eu acenei para Nara, indicando que ficaria perto dela. Eu estava assustado, mas sabia que não podia desistir. Fiquei atento aos goblins, procurando a chance de atacar novamente. Quando um deles se aproximou demais, eu usei Fagulha Flamejante novamente, atingindo-o em cheio. Ele caiu no chão, em chamas, como o primeiro.Finalmente, os outros goblins começaram a recuar, percebendo que não seriam páreo para nós. Eu abaixei minha espada, respirando com dificuldade, sentindo a adrenalina correndo em meu corpo. Nós havíamos vencido, mas eu sabia que precisávamos nos manter alerta, já que não sabíamos se mais inimigos estavam por vir.
Nós nos agrupamos novamente, verificando se todos estavam bem. Lirien curou algumas feridas com suas habilidades de curandeira, enquanto Aiden e Rurik verificavam a área para garantir que não havia mais inimigos. Nara estava quieta ao meu lado, segurando seu arco com firmeza. Eu sabia que ela também estava assustada, mas ela era corajosa e nunca deixaria isso transparecer.
Depois de alguns minutos, Rurik nos chamou. Ele havia encontrado uma trilha que levava à próxima relíquia. Lirien concordou que era o caminho certo, então começamos a seguir a trilha.
Enquanto caminhávamos, Lirien começou a cantar uma música baixinho, como se quisesse acalmar os nossos corações. Aiden se juntou a ela, tocando uma música no seu alaúde. Eu sorri, admirando a beleza da cena. Até mesmo Nara parecia relaxada, caminhando com um leve sorriso no rosto.
Rurik andava à frente, liderando o caminho. Ele estava sempre alerta, observando o caminho à frente. Acho que ele nunca se permitia relaxar completamente, sempre pronto para o próximo desafio.
Eu andava ao lado de Lirien, admirando a sua coragem. Ela tinha uma luz dentro dela que iluminava tudo ao seu redor. Era incrível ver como ela nunca deixava o medo dominá-la. Eu sentia que ela me ensinava algo novo todos os dias.
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Os Guardiões do Destino
Fantasy| História Concluída A profecia foi lançada e a jornada começou. Arin, um jovem garoto órfão, descobre que é um dos cinco guardiões destinados a proteger o reino de Eldrid. Juntos, eles precisam encontrar as relíquias mágicas que mantêm o equilíbri...