Os Guardiões do Destino

Capítulo 9 - Fagulha Flamejante

Havia espada presa em um pedestal de pedra, cercada por uma aura de chamas.

"Aquela é a relíquia!" diz Lirien "Mas não podemos passar daqui, a temperatura vai nos cozinhar vivos".

Olho para os outros, e vejo que a temperatura está afetando bem mais eles do que eu. Ainda sentia esquentar, mas eu poderia continuar.

"Deixa comigo, eu consigo ir até ela." Digo.

"Tome cuidado, Arin!" Responde Lirien, limpando suor do rosto.

Eu me aproximo da espada, sentindo o poder mágico pulsando em meu interior. A temperatura aumenta conforme eu me aproximo, mas ainda estava suportável. Coloco minha mão na empunhadura e sinto a lâmina vibrar em resposta, como se estivesse esperando por mim.

De repente, um som estranho ecoa pelo ar. Retiro a espada do pedestal e seguro com firmeza, sentindo as chamas ao meu redor se intensificarem. Olho para meus amigos, vendo o medo em seus olhos, e percebo que algo estranho está acontecendo comigo.
Uma explosão de chamas atinge meu corpo, lançando-me para trás. Sinto uma sensação estranha em meu corpo, como se a espada estivesse se conectando comigo. Me levanto, sentindo uma força incrível correndo por minhas veias. Sinto a temperatura do lugar voltar ao normal, e percebo que meus olhos estão brilhando com um poder mágico intenso.

"Eu posso sentir o poder da espada fluindo em mim", digo a eles. "Eu sou o portador da Relíquia." E percebo que de repente sei tudo sobre ela, como se a espada tivesse passado as informações.

Os poderes da Fagulha Flamejante são impressionantes. Quando empunhada por seu portador, a espada pode conjurar poderosas chamas destrutivas, capazes de incinerar exércitos inteiros. Além disso, ela também pode ser usada para criar escudos de fogo para proteger seus aliados e para aumentar a força e resistência de quem a empunha. Com a espada em minhas mãos, me sinto invencível.
Depois de pegar Fagulha Flamejante, saímos da caverna e o vento frio bateu em nossos rostos. Lirien nos disse que a próxima relíquia estava na antiga fortaleza de Alberon, que ficava a alguns dias de viagem. Eu sabia que seria uma jornada difícil, mas estávamos determinados a continuar.

"Vamos precisar nos preparar bem para essa jornada", disse Aiden. "Precisamos de suprimentos suficientes para durar alguns dias."

"Sim, e também precisamos ter cuidado com possíveis inimigos pelo caminho", acrescentou Rurik.

"Não se preocupe, meus amigos", disse Lirien. "Eu conheço bem o caminho e sei como evitar problemas."

Seguimos em frente, caminhando, sabíamos que teríamos que acampar para a noite. Encontramos um local seguro e montamos nossa barraca, acendendo uma fogueira para nos aquecermos.
Enquanto comíamos nossa refeição, Lirien nos mostrou um mapa detalhado da rota para a fortaleza de Alberon. Discutimos o plano para o dia seguinte e todos concordamos que precisávamos sair cedo para cobrir o máximo de terreno possível.
Eu estava animado por ter a Fagulha Flamejante em minhas mãos e senti um senso de responsabilidade em ser o portador dessa relíquia tão poderosa. Eu sabia que tinha uma grande responsabilidade em protegê-la e usá-la com sabedoria.

"Estou ansioso para ver o que mais essa jornada nos reserva", disse Nara, sorrindo para todos nós.

"Sim, e estou ansioso para ver do que a Fagulha Flamejante é capaz", acrescentei, olhando para a espada ao meu lado.

Então eu apago, e quando abro os olhos estou em um lugar escuro, sentindo a terra tremer sob meus pés. Ouço um rugido distante, mas cada vez mais forte, e sinto um medo intenso tomando conta de mim. De repente, uma figura escura se aproxima de mim. Seu rosto está escondido nas sombras, mas eu sinto sua presença sinistra.

Ele fala com uma voz cavernosa, que ressoa na minha cabeça. "Você é o Guardião do Destino, o escolhido para impedir minha ascensão ao poder. Mas você é fraco, assim como todos os outros que vieram antes de você. Eu irei destruí-lo e tomar posse das Relíquias para sempre."

Eu tento atacá-lo com a Fagulha Flamejante, mas a espada não responde. Ele ri, como se estivesse se divertindo com minha fraqueza. "Você não é nada, apenas um brinquedo nas minhas mãos."

De repente, tudo começa a desmoronar ao meu redor, e eu sou sugado por um vórtice de energia negra. Eu sinto que estou caindo em um abismo sem fim, enquanto ele ri de mim. Eu tento lutar, mas meu corpo está pesado e sem forças. A escuridão dominava tudo ao meu redor. Não havia luz, nem vida. Eu estava sozinho em meio a um vácuo escuro e vazio. Mas então, eu ouvi uma risada sinistra ecoando pelo ar, como se viesse de todas as direções ao mesmo tempo. E então, a escuridão se dissipou, e eu me encontrei em um campo de batalha.
Meus amigos estavam lá, lutando contra um inimigo terrível. Mas eles pareciam cansados, feridos e sem forças. Eu corri para ajudá-los, empunhando a Fagulha Flamejante, mas o vilão era forte demais. Ele nos atacava com uma força avassaladora, e eu via meus amigos caindo um a um, sem conseguir resistir.
Eu gritava seus nomes, pedindo para eles se levantarem, para não desistirem. Mas era tarde demais. Ele ria enquanto pisava nos corpos de meus amigos, como se estivesse se divertindo com nossa dor e sofrimento.
Eu sentia uma raiva crescente dentro de mim, mas também uma grande tristeza. Como poderíamos ter falhado? Como poderíamos ter deixado isso acontecer?
Na minha frente, vejo algo que me enche de terror. É um portal mágico, rodeado por uma aura negra e sinistra. Eu sinto que é a chave para a vitória do nosso inimigo, mas não sei como detê-lo.
Abro os olhos em pânico, ofegante e com o coração acelerado. Olho ao redor, procurando por qualquer sinal de perigo, mas está tudo calmo e silencioso. Percebo que estou suando frio e tremendo, como se estivesse lutando em um pesadelo.
Tento me acalmar, respirando fundo e me lembrando de que tudo não passou de um sonho. Mas, mesmo assim, sinto meu coração apertado de medo e tristeza.
Vejo a imagem vívida dos meus amigos, derrotados e sem vida, aos pés do vilão. Sinto uma onda de culpa invadir meu peito, como se eu tivesse falhado em protegê-los. Mas sei que não posso me permitir cair em desespero, não agora.
Ergo-me, olhando para as estrelas no céu noturno. Respiro fundo novamente, tentando clarear minha mente e pensar em uma solução.
Eu sei que ainda há muito trabalho a ser feito, muitos desafios a serem superados e relíquias a serem encontradas. Não posso deixar o medo e a culpa me impedirem de continuar lutando.
Prometo a mim mesmo que farei tudo o que estiver em meu poder para proteger meus amigos.