Capitulo 29º - Meu Lugar é no Topo

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As primeiras coisas que meus olhos viram ao abrir foram à água esverdeada do chafariz, me apoiei no beiral tossindo, a profundidade daquelas águas não eram rasas como eu imaginava. – Anotação mental: criar um planeta sóbria. – Os vampiros me encararam de olhos arregalados, e em choque. Olhei para Negam e suas vestes estavam quase transparentes, as minhas deviam estar bem piores. Deixei o chafariz e me sentei no beiral com as pernas cruzadas e os braços cobrindo meu busto.

- Viu? Eu disse que estaria segura em Ianova. – Dei um sorriso amarelo para os Volturi presentes.

- Nunca mais faça isso! – Sua voz estava levemente alterada, eu também ficaria assim se o visse morrer na minha frente e voltar a vida do nada.

- Não tenho planos de morrer novamente, my love. – Desfiz meu sorriso para não provoca-lo ainda mais com o meu cinismo, por mais divertido que seria. – Mas agora você já sabe que se eu morrer aqui, eu volto à vida, por isso não quero seus comparsas/escravos/empregados no meu lindo planeta. Incluindo a realeza Volturi.

- Mas estamos só começando. – Comentou Aro com aquele olhar ganancioso de um pirata ao ver um baú cheio de tesouros.

- E você ainda não provou que foi você que criou esse lugar. – Olhei para Caius com uma expressão neutra, mas por dentro estava louca para lançar a maldição da dor em seu corpo vampiresco. Como será que vampiros reagem? Em bruxos cortes aparece em sua pele, será que vampiros a pele racha?

- Como eu disse, eu escrevi esse lugar, usando a minha magia e minha enorme criatividade. – Apontei meu dedo indicador ao Aro e lancei um olhar serio. – Seja lá o que esta pensando eu não farei, criei uma nova espécie de vampiros já é o bastante. Se divirta com os brinquedos que já tem.

- Precisamos trocar de roupa. – Avisou Negam em nossa mente. – Não gosto de estar quase nua na frente dos nossos cunhados e um membro da nossa guarda pessoal.

- Tem razão, Negam. – Refleti por alguns segundos, precisava de ideias - Como esta o nosso castelo?

- Inacabado. – Suspirei. Céus! Sou quase uma deusa, criei um planeta, espécies e raças, não da para eu criar roupas? – E se criássemos um portal até o nosso guarda roupa em Volterra?

- Seria fácil fazer com a magia dos viajantes, mas perdemos tudo com a explosão – Sua cabeça idêntica a minha se virou para o meu amado Marcus.

- Não toda. – Nos encaramos com um sorriso cúmplice.

Foi assim que fizemos, eu peguei a magia que deixei no Marcus e fomos até o castelo da Suprema, que ficava alguns quilômetros de distancia do território de Leshura. O portal ficou na sala de espelhos, ancorado com o meu sangue e algumas runas que tinha na memória de Negam, que agora eu também compartilhava seus benefícios. Tomamos um banho rápido e nos vestimos de acordo com nossos status, princesa infernal, princesa das fadas e a suprema imperatriz de Ianova. Só faltava a coroa, mas isso eu resolveria depois.

- Não esquece os rascunhos em cima da penteadeira! – Alertei a Negam, íamos precisar deles para provar ao triunvirato que eu tinha criado um planeta.

- Já peguei. Porque vamos de salto alto para um planeta que só tem vegetação? – Indagou minha outra metade parada de frente para o portal, já com as anotações em mãos.

- Estaremos no castelo, o chão é liso, e qualquer coisa é só usar a nossa magia para pegar uma bota no nosso guarda-roupa. – Respondi. Negam balançou a cabeça em negação. Atravessamos o portal juntas.

Os vampiros nos encararam admirados, o Marcus me encarava com os olhos cheios de luxuria, como aquele homem se aguentava para não pular em cima de mim e arrancar as minhas roupas? Mil anos de luto deve ter contribuído.

UMA INTRUSA EM CREPÚSCULOOnde histórias criam vida. Descubra agora