13

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eu AMO o número 13. amo.
e, se gostarem desse capítulo, recomendo que leiam minha nova história: (Des)Encontro, já disponível no meu perfil!
🌻


- Pra você é fácil falar. Não passou por nada disso que eu passei! - Soraya deu risada em meio ao seu vômito de palavras.

- Escute, porque você não começa pelo que é mais fácil: pedindo desculpas. - A terapeuta sugeriu.

- Depois de tanta coisa ruim ? -

- Você precisa começar de algum lugar. O que você quer, Soraya ? -

- Eu só quero me livrar desse peso. Eu não quero mais causar mal a ninguém. -

- As suas atitudes respingam nos outros. Comece com BOAS atitudes, então. O que acha ? - A terapeuta indicou, já esperando que o paciente correto voltase para a sessão que Soraya invadiu.

- Certo. Certo. Ok. - Soraya fechou a porta assim que o homem entrou. Esperando por alguns instantes do lado de fora da sala, pensando. Não sabia por onde começar, a sentir, a falar, a pensar.

Conseguiu chegar em casa no modo automático. Percebendo aonde estava somente quando notou o próprio carro na garagem.

Gael deu um berro de alegria ao escutar a chave virando, abandonando os blocos de madeira para correr até a mãe. "Demorou."

- Verdade, eu estava preocupada. - Mari respondeu, a cumprimentando.

- Me desculpem. - A ironia, de que a primeira coisa que ela disse, foi um pedido de desculpas.

- Eu não sabia o que dizer pra Simone também, ela ligou perguntando. -

Uma lâmpada se acendeu na mente de Soraya, que lembrou que o embrulho do presente que ela havia lhe dado, estava no banco do passageiro do carro. Antes de entrar devidamente em casa, retornou para buscá-lo.

- Pode ir, Mari. Obrigada. - Ao dispensar a babá, restavam só ela e Gael na casa. Que hoje, parecia duplamente maior do que quando ela saiu durante a manhã.

"Montei casa." Gael mostrou uma casinha com os blocos. "Da mamã." Ele indicou vários blocos, que formavam um prédio assimétrico.

- Vamos ligar e mostrar pra ela ? - Soraya perguntou, sentada ao lado dele no tapete da sala. Ao escutar aquilo, ele se alegrou, apoiando-se nela para ver a tela do telefone.

"Abriu o presente ?" Simone perguntou, com as feições que Soraya já até sabia o que significava.

"Seu filho tá na linha, olha a boca." Ela sorriu ao ver a expressão feliz, e igual, dos dois ao se encontrarem na chamada. Gael segurou com força o telefone na mão, para não derrubar o aparelho enquanto mostrava suas construções de madeira. Explicou aonde ficava cada coisa, e Simone escutou atentamente enquanto o filho falava.

Enquanto conversavam, Soraya deixou os dois e foi até a cozinha, percebendo o pratinho de plástico já limpo no escorredor, sinal que Mari havia alimentado Gael. Dessa forma, ele poderia ficar mais tempo conversando com a mãe enquanto a outra jantava.

Soraya notou pelo pouco que escutou da chamada, o quão abatida estava Simone após o baque naquele dia. Ela sabia o quanto o cargo da presidência significava para ela, e a forma como ele foi tirado dela, foi covarde. Fato esse que só aumenta o grau de dificuldade da situação toda. Cogitou pegar o telefone e perguntar se ela precisaria de algo. Mas, o que ela teria a oferecer, de qualquer forma ?
Aguardou o "boa noite" afetuoso dos dois, e tomou a subir com Gael para que fossem dormir. Ele, recarregado e feliz, recitando os assuntos do telefonema.

Diga que me odeia [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora