CAPÍTULO XVII

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Boa leitura!

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POV CAMILA

Um mês depois …

- Mila, não acha que está se esforçando muito? - encarei Mary com um sorriso cúmplice enquanto negava com a cabeça ao deixar os pratos já feitos sobre a bancada.

- Eu estou bem - sorri para ela, acenando para os garçons - A comanda - entreguei os pedidos para eles que logo se retiraram com os pratos - Isso aqui realmente ficou muito delicioso, Mary - murmurei de boca fechada ao levar um dos camarões na boca.

- Obrigada! - agradeceu, encarando Eliza que lhe mandou uma piscadela - Agradeço pela confiança, Mila - disse, me fitando com os olhos brilhantes.

- Eu confio no potencial de vocês duas - sorri verdadeiramente, minhas palavras soando o mais sincera possível.

- Mila … hum … Lauren disse para você não se esforçar tanto e … - arqueei uma de minhas sobrancelhas ao ouvir o nome de minha noiva soar de sua boca - Sua mãe e Dona Clara ligaram no telefone principal porque você não atendia seu celular - avisou, sua voz soando sem graça ao pronunciar os dois nomes que se tornaram frequentes no meu dia a dia.

Suspirei, levando uma de minhas mãos em minha testa já imaginando o que ouviria das duas mulheres. Agradeci Mary pelo aviso, sorrindo de maneira carinhosa para ela como se estivesse tudo bem. Saí da cozinha, seguindo diretamente em direção ao meu escritório onde estava meu celular.

Passou um mês desde a minha confissão com Alex. Depois da minha conversa com Lauren, que havia ficado se sentindo culpada, o que eu realmente coloquei na cabeça dela que não era culpa de ninguém, minha noiva perguntou se eu não queria adiar a data do nosso casamento, alegando que não se importava desde que eu ficasse bem, neguei imediatamente, que a melhor opção seria contar a verdade para nossos pais e nossas amigas, era o que mais importava para mim.

Achei que contando para meus pais, seria algo totalmente diferente da minha cabeça. Minha mãe apesar de ser uma boa pessoa, ainda assim, levava um compromisso a sério e era muito religiosa, mas ao contrário de muitos cristão, sempre deixava em pauta que nossa fé deveria ser acima de qualquer religião e que a presença de Deus não era somente dentro de uma igreja.

Sinu recebeu a notícia de que eu estava grávida em uma emoção muito comovente, fez até mesmo Lauren chorar de sua felicidade estampada. Meu pai então, quase não me deixou sair de sua casa com uma preocupação fora do comum, mas claro que ele também havia ficado imensamente feliz, afinal, era seu primeiro neto. Eu havia contado tudo para eles, claro que não entrei em detalhes, apesar de saberem da minha promessa, meus pais confiaram fielmente em mim.

As palavras de minha mãe, foram quase as mesmas de Alex, e que meu bebê, era uma benção para nossas vidas. Meus pais tinham uma percepção de visão muito diferente das quais as pessoas estavam acostumadas a lidar, principalmente em um relacionamento, eles acreditam que quando encontramos o nosso amor verdadeiro, tem que cultivá-lo até que a morte os separe, sim, minha mãe principalmente, afirma que amor é um só, apesar de não concordar muito com suas objeções, ainda assim, respeito sua opinião.

Fiquei aliviada com a recepção dos meus pais, com minha irmã não havia sido muito diferente, mas ao contrário de Sinu e Alejandro, Sofia jurou que mataria a minha noiva caso ela fosse capaz de me machucar ou algo parecido. Lauren por outro lado não abaixou a cabeça, o que deixou todos surpresos, exceto por mim. Minha noiva poderia ser um doce de pessoa, mas ela deixava bem claro que somente eu, tinha esse privilégio de ver seu lado romântico. Era sim simpática com todos, mas quando o assunto era sobre o nosso relacionamento, as coisas mudavam de figura e foi o que aconteceu com minha irmã.

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