Antes de mais nada, quero deixar claro que haverá cenas com fatos reais aqui, okay?
Boa leitura!
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POV NARRADOR
O tribunal do júri não se trata de apenas uma apresentação dos trabalhos com esforços de ambas as partes, seja para alçar uma condenação satisfatória ou a árdua absolvição.Na tribuna, os personagens são como pólos positivos e negativos, não se acertam, se repelem, divergem entre si das ideias e dos ideais. Por um lado o ímpeto da defesa no máximo do seu convencimento da comoção dos jurados, da aproximação de Deus e da natureza humana como forma errante comum e inerentes a todos. Do outro lado da tribuna, a sociedade representada pelo estado, pessoa fria, determinada e incansável em busca do direito de punir pelo erro outrora cometido. Ambos em sua máxima condição do convencimento e acirrado ímpeto no embate.
A abertura foi dada, então as portas de madeiras se abriram, entrando a Juíza, uma mulher predominante, de curvas perfeitas, usando sua toga, a vestimenta impunha austeridade e solenidade aos atos do judiciário. Os cabelos lisos e incríveis e com a popularidade altíssima. Seus olhos marcantes, frios em sua profissão e observadores. A pose inabalável e invejável. Os lábios carnudos jamais se curvam em um sorriso quando entrava para um julgamento.
Conhecida como a rainha da Antártica, Lauren Jauregui, era uma mulher que já condenou centenas de pessoas ao corredor da morte e prisões perpétuas. Uma juíza que fazia jus à sua profissão e não tinha medo de nada, muito menos se abalava com as incontáveis ameaças de morte recebidas pelos condenados e suas famílias.
- Boa tarde, senhoras e senhores - se sentou em sua poltrona, de frente aos jurados - Daremos início, neste momento, à instalação da sessão do tribunal. Do júri do tribunal do condado de Arkansas. Passo à conferência das vinte e oito cédulas para esta sessão … - encarou os papéis em suas mãos.
Jauregui conferiu as vinte e oito cédulas, assinando o termo comprobatório antes de acenar para o escrivão que procedeu com a chamada dos jurados sorteados para a sessão onde todos responderam sua presença. Comparecendo todos eles à pedido da juíza, é iniciada a sessão, dando seguimento ao processo. A Sra. Jauregui então chama pelo réu, observando os policiais apresentá-los à frente de todos.
Davis Wilson era um homem em seus cinquenta e dois anos. Usava um traje formal para a ocasião. Os olhos vermelhos, denunciando que havia chorado minutos antes de entrar no tribunal. Após cinco anos enfrentando os cinco processos, sua ex-esposa acompanhando todo o sofrimento de perto, a juíza finalmente cedeu que Davis Wilson fosse avaliado e julgado por suas mãos a pedido da Sra. Jones.
- Qual o seu nome? Sua idade? Seu advogado? - indagou o escrivão.
- Me chamo Davis Wilson, tenho cinquenta e dois anos e meu advogado, Sr. Miller - apontou para o homem sentado ao seu lado.
A gravação de sua última condenação de pena mínima foi iniciada, todos do tribunal passaram a ouvir a confissão de Davis Wilson. O homem, responsável por assassinar seus quatro filhos, descrevia como ele disciplinou seu filho de seis anos, Clark Wilson, o que levou a sua morte.
- Poderia descrever como Clark Wilson morreu? O que o senhor fez? - perguntou para o acusado que na gravação, contava tudo de forma detalhada com a voz embargada devido ao choro.
- Eu o ordenei que fosse para o quarto depois da nossa pequena discussão. Meu filho não me respondia, então eu perguntei para Lewis sobre a arma que ele havia escondido. Alguma coisa aconteceu, foi fora do comum e ele não podia me contar, não vi nenhuma parte do seu corpo perfurado, por isso não o levei para o hospital…
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Balança da Justiça
Hayran KurguDois pesos, duas medidas Doce, mas brava Fria, mas meiga Gentil, mas arrogante Bonita, mas petulante Calculista, mas sentimental Lauren Jauregui, a destemível e fria juíza de Arkansas Camila Cabello, a doce e meiga cozinheira renomada Lauren Inters...