Nay percorreu o internato, maravilhada com a arquitetura é os tons claros que se contrapõem muito bem com o assoalho e móveis de madeira escura. Ela parou olhando admirando a fonte que havia no centro do pátio externo.
Além da fonte, ela pôde ver o cara da diretoria, como era mesmo o nome, Klaus? Ele parecia brigar com uma criança!
― É lindo, não é! ― Nay se virou olhando para a menina de cabelos cacheados. ― É a aluna nova? Estava lhe procurando ― Sorrindo a jovem lhe estendeu a mão. ― Alice Willian Restins. Sou oradora da turma.
― Ah, olá! Me chamo Natasha, mas pode me chamar de Nay.
Alice concordou começando a falar sobre o internato, como era dividido as aulas e os tempos estudantis, explicou como se achar nos longos corredores e como funcionava os clubes que eram obrigatórios. Nay achou impressionante como à menina conseguia falar tão rápido.
― Esses são alguns dos clubes. ― Alice entregou um panfleto parando um segundo para respirar. ― Alguns são bem divertidos e ajudam nas notas bimestrais. Faço parte do Artes Visuais, se tiver interessada. ― Ela sorriu. ― Também pode criar o seu, mas precisa de no mínimo 4 membros. ― Nay olhou os panfletos de todas as cores em sua mão e sorriu. ― Bom, foi um prazer conhecê-la. Tenho que ir ver os outros alunos novos. Até mas
Alice falou alto andando rápido demais e em poucos segundos desapareceu do seu campo de visão assim como Klaus é a menina com quem ele falava.
Cada novo cômodo que olhava se encantava mais pelo lugar. Ela admitia, não esperava muita coisa, muito menos esperava achar o lugar tão incrível. Mas sua verdadeira euforia veio quando adentrou a biblioteca no segundo andar, ainda arrastando sua mala.
As prateleiras esculpidas em magno pareciam não ter fim, indo do piso ao teto. Com escadas móveis e candelabros de luz fria deixava todo o ambiente com um toque mágico. Percorreu pelos corredores por um longo tempo folheando os livros e anotando seus nomes mentalmente para poder ler depois, parando próximo à enorme janela sentiu um frio no estômago, as luzes tremulavam. Natasha levantou a vista. Elas pareciam piscar cada vez mais rápido.
Sentindo o ar ficar denso, tentou se segurar na prateleira. Seus dedos tocaram algo quente e denso. Sangue? Pensou olhando para suas mãos com os olhos lacrimejando. A sala ficava menor à medida que o ar lhe faltava. Ela deu alguns passos trêmulos para trás, seus joelhos falharam e ela caiu quando alguém lhe tocou o ombro.
― Nay, certo? ― Ela escutou a voz distante. ― Respire fundo, estou com você, leve o tempo que for, apenas respire... Isso! ― Nay levantou o rosto encontrando os olhos azuis de Simon, ele imitava sua respiração, inspirando e expirando.
― Sim... Tem san... ― Ela encarou as mãos limpas. ― Só me assustei com as luzes. ― Puxando o ar tentando fazer as mãos parar de tremer.
― Acho que não corremos o risco de nos verem aqui! ― Ele sorriu sentando a sua frente. ― Quando estiver melhor me avisa. ― Ele apoiou as mãos no chão arqueando a coluna.
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Black Rose
Teen FictionVida escolar, romance, amizade e mistério são um bom começo, mas quanto tempo demora para o mundo perfeito ruir? Em quanto tempo a tristeza pode destruir um coração? Para que a dor corrompa as amizades e o medo te impeça de viver? Black rose não e...