Vida escolar, romance, amizade e mistério são um bom começo, mas quanto tempo demora para o mundo perfeito ruir?
Em quanto tempo a tristeza pode destruir um coração? Para que a dor corrompa as amizades e o medo te impeça de viver?
Black rose não e...
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Jack odiava seu pai, seus irmãos. Odiava aquele maldito colégio, onde as pessoas o temiam ou se aproximavam por conta de seu sobrenome.
Quando a ligação foi direcionada para a caixa postal pela quarta vez, arremessou o celular sentindo os olhos arderem. Para que precisava de um celular se sua própria mãe não o atendia. Se é que lhe poderia chamar de mãe. Ele ao menos lembrava quando foi a última vez que a viu.
Seu rosto ainda ardia com o tapa.
Merda! A sala inteira estava lá. Os caras do futebol e a garota por quem tinha uma leve queda... Merda... Merda!
Respirando fundo, subiu na mureta olhando para baixo. Mesmo estando no terraço de um prédio de seis andares, não sentia medo, na verdade, era o único lugar onde podia respirar. O vento não estava forte, mas podia senti-lo batendo em seu rosto.
― Jack? Desce daí, não faça nada estupido! ― Sem conhecer a voz olhou por cima do ombro. Então reconheceu os cabelos ruivos e os olhos doces da menina que quase o matou na escada. Ela ainda estava com a roupa de física assim como ele.
― Perseguindo-me? Sei que sou irresistível, mas não posso te dar atenção agora!
― Por favor, desce daí! Sei que o que seu pai fez não foi certo. Te bater na frente de todos, mas suicídio não é a solução.
― Suici... Espera, tu pensa que vou... ― Jack não pode conter o riso. ― Apenas gosto do vento aqui de cima. Fica tranquila. ― Ele se virou de lado olhando com um sorriso zombeteiro, então caminhou lentamente. ― Sou bonito demais para morrer!
― Está me deixando nervosa, desce logo!
― Tens medo de altura?
― Um pouco!
― Isso não é peri... ― Ele parou de falar se desequilibrando.
Nay gritou quando o viu cair, sentiu o ar deixar seus pulmões e seu peito gelar. O medo a mandava ficar parada onde estava, mas à preocupação a fez ir até à beirada. Se assustando pela segunda vez, quando ele levantou gritando de uma parte sobressalente que ela era incapaz de ver de onde estava antes.
― O que... ― Nay gaguejou ainda confusa, sentindo lágrimas encherem seus olhos.
― Essa expressão. ― Jack riu pulando ao seu lado. ― E o grito, hilário.
― Qual é o seu problema? ― Nay gritou. ― O que você ganha com isso? ― Ele percebeu o medo no tom de sua voz, ela falava alto demais parecendo realmente brava.
― Foi apenas uma brincadeirinha, não precisa de todo esse drama!
― Drama? Achei que tinha morrido! ― Nay gritou com lágrimas escorrendo por sua bochecha, olhou para trás lembrando finalmente da altura.
― E porque isso importaria, se nem me conhece? ― Jack resmungou confuso. ― Pare de agir feito louca. ― Ela não o respondeu, apenas continuou chorando com as mãos cobrindo o rosto. ― Hei?