Pʀᴏ́ʟᴏɢᴏ

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"𝙴𝚜𝚜𝚎 𝚎́ 𝚞𝚖 𝚋𝚘𝚖 𝚍𝚒𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚖𝚘𝚛𝚛𝚎𝚛" Natacha lembrou de ter escutado essa frase em algum filme que Castiel a fez assistir no Drive-in, a luz piscou novamente. Ela sentiu o coração desacelerar uma batida quando a faca pressionou com mais força sua garganta. Porém, ela não sentia medo, não sentia nada. Apenas olhava o pôr do sol pela parede de vidro suja de sangue, os gritos estavam abafados em sua mente, o homem a arrastou com mais força para o elevador, seus sapatos sujos com o sangue de sua mãe, deixava pegadas no piso branco. As portas se fecharam em sua frente, a faca começava a cortar sua pele enquanto a mão do homem tremia, ela tentou falar, porém, sua voz não saía, só conseguia ver as luzes dos andares se acendendo conforme se aproximava do térreo. As luzes continuavam a tremular. Natacha desviou os olhos das luzes uma única vez encarando o reflexo do homem no espelho fazendo o pânico a invadir, ele parecia deformado com os olhos em um tom enjoativo de amarelo, seu rosto se desfazia enquanto ele tremia os lábios falando sozinho. Ele não estava assim antes, pensou, enquanto uma gota fina de sangue escorreu de sua garganta.

Quando as portas se abriram, homens armados gritavam. Nay sentiu o sangue quente atingir seu rosto quando o homem levou um tiro na testa, caindo a levando com ele. No momento em que suas costas acertaram o chão as luzes se apagaram completamente, quando voltaram surgir estava claro demais fazendo seus olhos doerem, a deixando tonta, seu pai apareceu em sua frente a abraçando enquanto pedia desculpas, trajado de preto com um olhar abatido afirmando que foi sua culpa.

No mês seguinte seu pai passou a mantê-la quase em um cárcere privado com medo de perdê-la como perdeu sua mãe, não podia ter amigos, ou sair de casa sozinha, sua vida se tornou um inferno de regras e restrições, ao completar 17 anos, seu pai afirmou que ele precisaria viajar por alguns meses a negócio é a deixaria na velha escola de sua mãe, um internato de prestígio em West Virgínia, vigiado 24 horas. Não era muito diferente do cárcere que vivia, mas pelo menos lá, poderia se afastar dos olhares de pena, das lembranças dolorosas de sua mãe. Lá poderia se permitir sonhar novamente, ter amigos é ser mais que a menina sobrevivente da chacina do prédio 97, ela precisava apenas viver de verdade.


𝙾𝚕𝚊́, 𝚏𝚒𝚌𝚘 𝚏𝚎𝚕𝚒𝚣 𝚚𝚞𝚎 𝚌𝚑𝚎𝚐𝚘𝚞 𝚊𝚝𝚎́ 𝚊𝚚𝚞𝚒

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𝙾𝚕𝚊́, 𝚏𝚒𝚌𝚘 𝚏𝚎𝚕𝚒𝚣 𝚚𝚞𝚎 𝚌𝚑𝚎𝚐𝚘𝚞 𝚊𝚝𝚎́ 𝚊𝚚𝚞𝚒. 𝙴𝚜𝚙𝚎𝚛𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚝𝚎𝚗𝚑𝚊 𝚐𝚘𝚜𝚝𝚊𝚍𝚘.

𝙾 𝚌𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚍𝚎𝚟𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚝𝚎𝚛 𝚜𝚒𝚍𝚘 𝚙𝚘𝚜𝚝𝚊𝚍𝚘 𝚗𝚊 𝚚𝚞𝚊𝚛𝚝𝚊-𝚏𝚎𝚒𝚛𝚊, 𝚖𝚊𝚜 𝚝𝚒𝚟𝚎 𝚞𝚖 𝚌𝚘𝚗𝚝𝚛𝚊𝚝𝚎𝚖𝚙𝚘 𝚌𝚘𝚖 𝚊 𝚒𝚗𝚝𝚎𝚛𝚗𝚎𝚝. 𝙳𝚎𝚜𝚌𝚞𝚕𝚙𝚎 𝚙𝚎𝚕𝚘 𝚊𝚝𝚛𝚊𝚜𝚘.

Black RoseOnde histórias criam vida. Descubra agora