Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 6

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Natasha se sente uma idiota traidora, acabara de destruir provavelmente a única confiança que Klaus tinha nela

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Natasha se sente uma idiota traidora, acabara de destruir provavelmente a única confiança que Klaus tinha nela. Imóvel de frente ao seu próprio quarto com medo de entrar, não sabia o que dizer ou como agir.

Passando as mãos nos cabelos, respirou fundo contando as batidas do seu próprio coração.

Pensa Natasha, é só pedir desculpas. Bem, a culpa não foi sua, foi de Jade! Erga essa cabeça entre lá e fale com ele, afinal o quarto também é seu. Natasha soltou o ar mordendo a ponta do dedo. Ou seria melhor dormir do lado de fora hoje?

Respirando fundo pela terceira vez, reuniu a coragem que precisava para entrar no cômodo pequeno. Afinal ela era uma mulher segura e confiante de dezessete anos com as mãos tremendo. Dando tapas na própria bochecha, abriu a porta.

O frio a atingiu como um soco, fazendo seu rosto doer e sua respiração mudar. Primeiro olhou para janela e depois para o ar-condicionado. Ignorando aquela sensação ruim no estômago que a mandava dar meia volta é dormir no corredor, se forçou a andar até a mesa de estudo onde Klaus estava sentado com uma falsa confiança brilhando em seus olhos.

― Posso falar com você?

― O que quer? ― Perguntou sem levantar o rosto.

― Me desculpar.

― Não se dê ao trabalho, vá tomar banho, está imunda.

― Sei que fiz mal em contar sobre sua sexualidade. Só que Jade ficou me pressionando é... Sou uma tola, mas não quero perder sua amizade!

― Não se pode perder algo que não tem.

Não queria admitir, mas o tom ríspido é sem importância em sua voz a deixava triste. Ela olhou para seus cabelos úmidos molhando, sua pele parecia acinzentada enquanto fitava o chão. Nay queria poder saber o que se passava em sua mente, o que ele pensava.

― Ok... ― Disse por fim, transparecendo mais frustração do que queria mostrar, pegou seu pijama e foi para o banho. Ao terminar, penteou o cabelo e olhou para Klaus, que permanecia sentado com a mesma expressão confusa. ― Sinto muito. Mesmo! ― Ela falou ao deitar na cama. ― Boa noite! ― Ela falou pela oitava vez sem receber nenhuma resposta como todas as outras vezes que o fez ao longo da semana.

***

Natasha acordou com o som pesado de sua própria respiração. De olhos ainda fechados, sentia cheiro de sabonete e álcool, uma mistura nada comum. Abriu os olhos devagar, primeiro ficando confusa, piscou algumas vezes para os olhos se acostumarem com a escuridão e logo os arregalou, permanecendo imóvel. Klaus estava em sua cama... KLAUS ESTAVA NA SUA CAMA!

Porque estava dormindo na sua cama, ao seu lado, com a cabeça em seu travesseiro? Seus rostos tão próximos que seus narizes se tocavam, ela sentia a respiração dele quente em seu rosto, seu braço apoiado em baixo de seus seios. Assustada com a mente dando voltas, tentou se desvencilhar de seu corpo, se afastar das cobertas e descer da cama, mas com o primeiro movimento, ele gemeu se movendo para mais perto. Nay percebeu que ele estava sem blusa.

Black RoseOnde histórias criam vida. Descubra agora