Aemond estava cansado. Não aguentava mais ver seus irmãos sofrendo. Halaena estava se perdendo da realidade, Daeron estava crescendo em um lar sem afeto e Aegon Iria ser forçado a assumir o trono. Não, ele precisava dar um fim a tudo aquilo. Então c...
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Rhaenyra mandou que eles fossem para seus aposentos, e Jace não se considerava um suicida a ponto de desobedecer as ordens de sua mãe.
Mas sua mente estava distraída, ele lembrava da pele suave de seu tio sobre sua mão e seu cheiro que o deixava tonto ao ponto de fazê-lo perder completamente o foco do que deveria fazer.
Estava tão avoado que nem reparou quando Lucerys deixou de caminhar ao seu lado no corredor.
Ele continua a caminhar mesmo depois de perceber o sumiço de seu irmão, enquanto seu olfato concentrava-se inconscientemente em procurar o cheiro de uvas.
Muitos minutos depois ele o encontra, mas não da maneira que imaginava.
Bom. Verdade seja dita ele pensava em Aegon durante muitas horas, talvez cada segundo fosse sobre Aegon e talvez cada pensamento importante de sua mente girasse em torno de Aegon.
As vezes ele se preocupava com o poder que o omega tinha sobre sua mente, mesmo a distância. Talvez fosse bom ele conseguir alguma distração.
Mas naquele momento, como em muitos outros ele estava focado em seu tio.
Aegon estava deitado no chão do pátio interno, os olhos lilases estavam voltados para o céu estrelado e em sua mão esquerda havia uma garrafa de vinho quase vazia.
Jacaerys se apressa em se aproximar do omega, ele dobra seus joelhos e apoia seus cotovelos ali enquanto observa a expressão do platinado.
— Aegon — o alfa o chama.
O omega nem se esforça para olhá-lo. Agora mais perto o castanho percebe alguns detalhes, seus cabelos estavam bagunçados, como se tivessem sido puxados e seu nariz vermelho, como se estivesse chorando.
— São lindas, não são? — ele pergunta sem desgrudar seus olhos das estrelas.
— É sim — ele concorda — é lindo — ele não se preocupa em usar o plural para disfarçar, sabe que seu tio não está prestando atenção. Então não vai perder a oportunidade de dizer que ele é lindo.
— Oi — Aegon finalmente o olha.
— Oi — Jace sorri genuinamente para ele — você pode ficar resfriado se ficar aqui por muito tempo — diz em tom de aviso.
— Mas o chão está tão confortável — o omega faz bico e seu sobrinho percebe o quão bêbado ele está.
O omega se prepara para dar outro gole, mas a mão de seu sobrinho puxa a garrafa e a coloca atrás de seu corpo.
— Já chega por hoje — ele diz em um tom leve, não queria aborrecer seu tio, mas aquilo não iria fazê-lo bem.
— Você não manda em mim — Aegon aponta o dedo para ele.
— Mando — Jacaerys diz simplesmente — por que no momento eu estou sóbrio e você não. Então eu vou tomar as decisões por aqui, quando você voltar a ficar consciente vai poder tomar suas decisões novamente — explica seu ponto.
